tag:blogger.com,1999:blog-4793550788169217942024-03-14T04:04:09.061-03:00Filmes HistóricosPor que somos o que somos? Como chegamos até aqui...lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.comBlogger129125tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-85109625368927914532023-08-10T07:29:00.004-03:002023-08-21T20:10:57.138-03:00Mahabharata<p style="text-align: justify;">Esse filme e peça teatral do diretor inglês <b>Peter Brook</b>, de 1990, traz a história ancestral contada no poema épico hindu <b>Mahabharata</b>, que possui mais de 100 mil versos em sânscrito e que trata de sentimentos e verdades universais, apresentando as fragilidades e as mais altas aspirações humanas, envolvendo romance, intrigas políticas e artes marciais, onde participam deuses, demônios, sábios, reis e heróis, dentro do plano cósmico de <b>Krisha</b>, o ser supremo.</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcd88XY4_iqgrRO80bZAxftJ_XZlFEH3UG2qUoHWbjdWFVn8FWJprM-6e0TL4waLNoW0cufkmiaPI4abDKzYr2L5hUER8yOSY2frCYtTbCnzv3pfL1WxnEi1W-GWejbYMlCJopChTfr_ByAaIBvLeIFsgG7udG1SbgHqfoivbt05ND7xSnANS-I6koe8uU/s607/mahabharata%202%20(estreita).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="607" data-original-width="426" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcd88XY4_iqgrRO80bZAxftJ_XZlFEH3UG2qUoHWbjdWFVn8FWJprM-6e0TL4waLNoW0cufkmiaPI4abDKzYr2L5hUER8yOSY2frCYtTbCnzv3pfL1WxnEi1W-GWejbYMlCJopChTfr_ByAaIBvLeIFsgG7udG1SbgHqfoivbt05ND7xSnANS-I6koe8uU/s320/mahabharata%202%20(estreita).jpg" width="225" /></a></div><br /><p>A história narra o conflito entre os clãs de primos <b>Pândavas</b>, de origem divida e filhos do rei <b>Pandu</b>, e <b>Káuravas</b>, ou <b>Kurus</b>, filhos do rei cego <b>Dritarastra</b>, irmão de Pandu, que ocorre no reino de <b>Hastinapura</b>.</p><p>Traz a dualidade entre o egoísmo, engano, desonra e ateísmo contra virtudes como o altruísmo, honra, verdade e fé.</p><p>Faz parte desse épico o famoso livro "<i class="bbc-h1y5j7 eih42320" style="background-color: #f6f6f6; box-sizing: inherit; color: #141414; font-size: 16px;">Bhagavad Gita".</i></p><p><i class="bbc-h1y5j7 eih42320" style="background-color: #f6f6f6; box-sizing: inherit; color: #141414; font-size: 16px;"><br /></i></p><h3 style="text-align: left;">1. Adi Parva - O Livro do Início</h3><div><br /></div><h4 style="text-align: left;">Anukramani Parva</h4><div>Nesse sub-capítulo Ugrasrava Sauti, após uma longa viagem, chega em um local onde moravam alguns Munis, sábios de votos rígidos, na floresta de Naimisha. Depois de se recompor, descansar e se alimentar, os sábios quiseram ouvir as extraordinárias histórias que o hóspede tinha para contar. Sauti então começa a narrar a história composta por Krishna-Dwaipayana Vyasa, o Mahabharata.</div><div> </div><div><br /></div><h3 style="text-align: left;">2. Sabha Parva - O Livro da Sala de Reunião</h3><h3><br />3. Vana Parva - O Livro da Floresta</h3><h3><br />4. Virata Parva - O Livro de Virata</h3><h3><br />5. Udyoga Parva - O Livro do Esforço</h3><h3><br />6. Bishma Parva - O Livro de Bishma</h3><h3><br />7. Drona Parva - O Livro de Drona</h3><h3><br />8. Karna Parva - O Livro de Karna</h3><h3><br />9. Shalya Parva - O Livro de Shalya</h3><h3><br />10. Sauptika Parva - O Livro dos Guerreiros Adormecidos</h3><h3><br />11. Stri Parva - O Livro da Mulher</h3><h3><br />12. Shanti Parva - O Livro da Paz</h3><h3><br />13. Anushasana Parva - O Livro das Instruções</h3><h3><br />14. Ashvamedhika Parva - O Livro do Sacrifício do Cavalo</h3><h3><br />15. Ashramavasika Parva - O Livro do Eremitério</h3><h3><br />16. Mausala Parva - O Livro dos Clubes</h3><h3><br />17. Mahaprasthanika Parva - O Livro da Grande Jornada</h3><h3><br />18. Svargarohana Parva - O Livro da Subida ao Paraíso</h3><h3><br />Harivamsa Parva - O Livro a Genealogia de Hari</h3><p><i class="bbc-h1y5j7 eih42320" style="background-color: #f6f6f6; box-sizing: inherit; color: #141414; font-size: 16px;"><br /></i></p><p><i class="bbc-h1y5j7 eih42320" style="background-color: #f6f6f6; box-sizing: inherit; color: #141414; font-size: 16px;"><br /></i></p><p><br /></p><p><br /></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-23959307232183048352023-08-05T13:54:00.005-03:002023-08-05T14:00:40.586-03:00Freud, Além da Alma<p> </p><p><span style="font-family: inherit;">Filme de 1962, do diretor americano <b>John Huston</b>, com participação no roteiro de <b>Jean-Paul Sartre</b>, traz o ator <b>Montgomery Clift</b> no papel do neurologista e psiquiatra austríaco, precursor da psicanálise, <b>Sigmund Freud</b> (856 - 1939 - 83 anos).</span></p><p><span style="font-family: inherit;"><br /></span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBX6riPP207O7JuhjeLb3jBl5oPZd1DiyrWogvNyhVGTtkA6qNrlclSN8GIctKVq4rAdy5cVpCjt8C0oPStYMXrKTXJYiWgeLA96dWMMx9y3wnln_dUBUw_44lRa4YixEJ3Dv11Vg047_MQJB6nVXzMkH2u83YI2bB4vIDd8DjMoSLq-rg477uPk4jXLYF/s1500/Freud,%20Al%C3%A9m%20Da%20Alma(capa%20larga).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1015" data-original-width="1500" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBX6riPP207O7JuhjeLb3jBl5oPZd1DiyrWogvNyhVGTtkA6qNrlclSN8GIctKVq4rAdy5cVpCjt8C0oPStYMXrKTXJYiWgeLA96dWMMx9y3wnln_dUBUw_44lRa4YixEJ3Dv11Vg047_MQJB6nVXzMkH2u83YI2bB4vIDd8DjMoSLq-rg477uPk4jXLYF/s320/Freud,%20Al%C3%A9m%20Da%20Alma(capa%20larga).jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p><p><span style="font-family: inherit;">A história se passa em Viena, na Áustria, entre os anos de 1885 e 1890, quando o jovem Freud de 29 anos, está começando sua vida como médico neurologista recém formado.</span></p><p><span style="font-family: inherit;">Apaixonado por sua noiva </span><b>Martha Bernays</b><span style="font-family: inherit;">, logo vem a se casar para constituir com ela uma família, podendo ter pela frente um futuro promissor.</span></p><p><span style="font-family: inherit;">Porém, ao iniciar os trabalhos ao lado de outros médicos re<span style="background-color: white;">nomados, como <b>Theodor Hermann Meynert</b>, seu professor, nota que alguns casos são desprezados por ele e por outros médicos. Em suas visitas aos pacientes, Meynert rejeitava o tratamento aos casos de<b> histeria feminina</b>, que na época eram considerados encenações de mulheres sedutoras e dissimuladas ou ainda algum tipo de possessão.</span></span></p><p><span style="font-family: inherit;">Freud no entanto tomou a corajosa decisão de contrariar seus mestres e as convenções estabelecidas, e decidiu investigar mais a fundo tais casos de histeria, valendo-se inicialmente de técnicas de <span style="background-color: white; color: #050505;"><b>sugestão hipnótica</b>, também desenvolvida na época pelo médico</span><span style="background-color: white;"> francês </span><span style="background-color: white;"><b>Jean-Martin Charco</b>t.</span></span></p><p><span style="font-family: inherit;">Ao lado de seu grande amigo e mentor, o fisiologista <b>Josef Breuer</b>, começou a aceitar os casos de histeria e juntos desenvolveram o <b>Método Catártico</b>, ou seja, o tratamento pela Catárse para superação de traumas.</span></p><p><span style="font-family: inherit;">Breuer tratava especificamente uma paciente que recebeu o codinome de <b>Anna O</b>. No filme ela está representada pela bela e jovem personagem <span style="background-color: white; color: #202122;"><b>Cecily Koertner</b>, vivida pela atriz inglesa </span><span style="background-color: white;"><b>Susannah York</b>. </span></span></p><p><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">O médico avançou com a paciente até certo ponto em seu tratamento, mas devido ao ciúmes que sua esposa Matilde tinha das investidas da transtornada paciente para com seu marido, Breuer preferiu passar o caso exclusivamente para Freud, que evoluiu ainda mais no método, explorando mais a fundo as origens mais remotas dos traumas que impediam que Cecily levasse uma vida normal.</span></span></p><p>Porém, as descobertas de Freud eram perturbadoras demais para serem aceitas pelos cientistas da época. Tendo encontrado a fonte dos traumas em sentimentos reprimidos, principalmente no campo da libido e da sexualidade.</p><p>Freud defendia que tais emoções iniciavam na mente inconsciente desde o nascimento ou na mais tenra infância, o que chocou os outros médicos e nem mesmo Breuer pôde ficar a seu lado na defesa dessa tese.</p><p><span style="font-family: inherit;">O filme mostra como a teoria de Freud está entre as maiores descobertas que revolucionaram o conhecimento do homem sobre a ciência:</span></p><p><span style="font-family: inherit;">- o <b>Heliocentrismo</b>, de <b>Nicolau Copérnico</b>, que tirou a Terra do centro do Universo e mostrou que ela é mais um dos planetas que giram em torno do Sol, em meio a outros infindáveis sistemas,</span></p><p><span style="font-family: inherit;">- o <b>Evolucionismo</b>, de <b>Charles Darwin</b>, que coloca o homem no reino Animal,</span></p><p><span style="font-family: inherit;">- e a <b>Psicanálise</b>, de <b>Sigmund Freud</b>, que divide a mente entre o Consciente e o Inconsciente.</span></p><p><br /></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-63426266566911135422023-07-30T09:49:00.003-03:002023-08-06T10:26:36.549-03:00Mito Olímpico da Criação e Sucessão<p>De acordo com o poema <b>Teogonia</b>, de autoria do aedo ou poeta grego <b>Hesíodo</b>, que teria vivido aproximadamente em 700 a. C., no início havia apenas o <b>Caos</b> e dele surgiu <b>Gaia, a Mãe Terra</b>. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj5gb8d94ifHPVodJ05ItvFMJpiUMtCDWiUJyNvYRkoIqHparfgGHD97E44y9qfqXgmlUe512x00S9lXOTdRE2uaLDy7dWW_0V8DsE4urHcXMXpJR4soY_VY0MGw3lzh7uP3NbQYY9QXWJ55mDRvUZIvTT3AZcSNgLw_3SHFa76aiYH6v6sfPqtPSfL8kU/s543/teogonia.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="543" data-original-width="363" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj5gb8d94ifHPVodJ05ItvFMJpiUMtCDWiUJyNvYRkoIqHparfgGHD97E44y9qfqXgmlUe512x00S9lXOTdRE2uaLDy7dWW_0V8DsE4urHcXMXpJR4soY_VY0MGw3lzh7uP3NbQYY9QXWJ55mDRvUZIvTT3AZcSNgLw_3SHFa76aiYH6v6sfPqtPSfL8kU/s320/teogonia.jpeg" width="214" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcCesIxYgRcqnEeCoFCa743b1Za9TprUCt_EBrdHgZcAwsKhif67_sKl1h_k37vihyyy5CG4trQtZ20LcNwg7gcNC1cOQAn2P5-qfisD8B3CYuEve7FwMTD4f7-aOC0dqDwFO1qZSiFRutBfan_EzqjI1to5jhsOU6jY9jas5IlvJXrS3jRfHMUxe_W6UN/s535/gaia.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="321" data-original-width="535" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcCesIxYgRcqnEeCoFCa743b1Za9TprUCt_EBrdHgZcAwsKhif67_sKl1h_k37vihyyy5CG4trQtZ20LcNwg7gcNC1cOQAn2P5-qfisD8B3CYuEve7FwMTD4f7-aOC0dqDwFO1qZSiFRutBfan_EzqjI1to5jhsOU6jY9jas5IlvJXrS3jRfHMUxe_W6UN/s320/gaia.jpeg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Gaia</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;">Outros seres primordiais também surgiram do Caos: </span></div><p></p><p>- o <b>Tártaro</b>, nas profundezas da Terra</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKnId-UdWGBECxpT_fVjH4_Ue0PfpKhykvunvrs1JjoOcJaNcgLvMcXXkB8pap883GX1MwQkyXUavlipOO0SaM8mfQ-ObRb65ldm7cmISGKPwjpEDuDdV5Kiadiv0l4P-3ZKitkK9JWADTvmjJcru0kMSFp4rn33aiOAdMuMPXD4w05qx2rGiUqDiowtua/s545/t%C3%A1rtaro.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="327" data-original-width="545" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKnId-UdWGBECxpT_fVjH4_Ue0PfpKhykvunvrs1JjoOcJaNcgLvMcXXkB8pap883GX1MwQkyXUavlipOO0SaM8mfQ-ObRb65ldm7cmISGKPwjpEDuDdV5Kiadiv0l4P-3ZKitkK9JWADTvmjJcru0kMSFp4rn33aiOAdMuMPXD4w05qx2rGiUqDiowtua/s320/t%C3%A1rtaro.jpeg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Tártaro</b></div><br /><p>- <b>Eros</b>, o Amor e o mais belo dos imortais,</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhRWoigJIy9-i-BMcY74ex-JfSY8ZcUnSHRoNB0JHKQ5-ZaryT6aOUp7VvVtbAB0JiL7Eu2lWjJDQb6CL7aWqS8qxLk7IF88jpKcGoZhFVQsddkFZHwa_7pNRGchi7v4Il8RwmvozoW4FtCK1JXq1lhH4CTo_Mld1YFKqlTG4BPZqFAjhl28EJQGwsicLu/s548/eros.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="331" data-original-width="548" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhRWoigJIy9-i-BMcY74ex-JfSY8ZcUnSHRoNB0JHKQ5-ZaryT6aOUp7VvVtbAB0JiL7Eu2lWjJDQb6CL7aWqS8qxLk7IF88jpKcGoZhFVQsddkFZHwa_7pNRGchi7v4Il8RwmvozoW4FtCK1JXq1lhH4CTo_Mld1YFKqlTG4BPZqFAjhl28EJQGwsicLu/s320/eros.jpeg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Eros</b></div><p>- <b>Érebo</b>, a mais profunda Escuridão,</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqxFM712LOdefs9zoWli7BtL2qu8J_XMPQV3NAoc9BK5gQgjl3ZhqSmaJqFYfENEHtinvwjOPRhL7XYL2e0L6DupbKUtUk9Q-VtSv10J-0Lk3TjOKm1bHXe-lluwz1neO_BuME1KU6O4qwIidq6zZd7xIwceCZfLWCrMkLvQaFg_peGAgACg10onbVILAR/s529/%C3%A9rebo.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="529" data-original-width="342" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqxFM712LOdefs9zoWli7BtL2qu8J_XMPQV3NAoc9BK5gQgjl3ZhqSmaJqFYfENEHtinvwjOPRhL7XYL2e0L6DupbKUtUk9Q-VtSv10J-0Lk3TjOKm1bHXe-lluwz1neO_BuME1KU6O4qwIidq6zZd7xIwceCZfLWCrMkLvQaFg_peGAgACg10onbVILAR/s320/%C3%A9rebo.jpeg" width="207" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Érebo</b></div><br /><p>- e <b>Nix</b>, a Noite, que vai se unir a Érebo e gerar vários outros seres.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUk0uZup61AqQWaKobu7Ass9AnMy3LP3qFSa7wGnyW06JBCr5m1lhuoolKJskk3jWq1UzjMjbVj-6mCBjjhQ3a0fXdiFFZQGCMYcDuwle8gsOS7GtTTJT1XExZW5PRVh9C4wQTfIdbrbOfw0lqi-FSjqYCLCX_bJzev5xk5h9GzcuSYVqRCxG35-gLIofD/s497/nix.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="497" data-original-width="444" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUk0uZup61AqQWaKobu7Ass9AnMy3LP3qFSa7wGnyW06JBCr5m1lhuoolKJskk3jWq1UzjMjbVj-6mCBjjhQ3a0fXdiFFZQGCMYcDuwle8gsOS7GtTTJT1XExZW5PRVh9C4wQTfIdbrbOfw0lqi-FSjqYCLCX_bJzev5xk5h9GzcuSYVqRCxG35-gLIofD/s320/nix.jpeg" width="286" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Nix</b></div><br /><p>Gaia gerou <b>Urano</b>, o Firmamento, a quem se uniu para produzir filhos, seres ainda primitivos e brutais como:</p><p>- os três inomináveis <b>Hecatônquiros</b> Giges, Briareu e Coto, </p><p>- os três <b>Ciclopes</b> de um só olho Brontes, Estérope e Argés, </p><p>- os seis <b>Titãs</b>, Oceano, Crio, Hiperion, Jápeto, Ceos e Cronos</p><p>- e a seis <b>Titânides</b> Réia, Téia, Tétis, Têmis, Mnemosine e Febe.</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje4chFk4IhZ9d2h3xnFKmeE3u3P046we2eWQXcXFDbKjaaqORSFZj5tXyngK5McrbiZJ1OPk6MRbmEc_2SNciQroD4VqEZv1sPRsLwxLGSIgU_wzpXKyCRoTWXNXWpme24HtIHTcDHWZcuwRV8Ru3Oi00j_QpbtYOJHbPt1TvH-zDsw4uC8Tr3JPJNdjwb/s1001/urano.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="597" data-original-width="1001" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje4chFk4IhZ9d2h3xnFKmeE3u3P046we2eWQXcXFDbKjaaqORSFZj5tXyngK5McrbiZJ1OPk6MRbmEc_2SNciQroD4VqEZv1sPRsLwxLGSIgU_wzpXKyCRoTWXNXWpme24HtIHTcDHWZcuwRV8Ru3Oi00j_QpbtYOJHbPt1TvH-zDsw4uC8Tr3JPJNdjwb/s320/urano.jpeg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Urano</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><br /></b></div><h3 style="clear: both; text-align: justify;">O Destronamento de Urano</h3><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Conforme os filhos de Gaia iam nascendo, Urano os empurrava de volta para o ventre da mãe, ou seja, para as entranhas da Terra, e, por receio de ser vencido para seres tão fortes e violentos, não deixava que as criaturas viessem para a luz do dia.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Gaia, desconfortável com aquela situação, com todos aqueles filhos em seu ventre, forjou uma foice, um podão de metal, e perguntou qual de seus filhos teria coragem de enfrentar o poderoso Urano. Cronos, o mais jovem, se apresentou. Ela o colocou de tocaia, e quando seu pai Urano veio a procura de Gaia, o titã decepou seu membro e o jogou a esmo para trás.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Das gotículas de sangue que salpicaram a terra surgiram as poderosas Erínias e os enormes Gigantes, além das ninfas chamada Melíades.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O pênis de Urano caiu sobre o agitado Pontos, o mar, e o poderoso esperma que saiu dele uniu-se com a espuma das ondas e dessa espuma nasceu Afrodite, a deusa mais bela e sensual. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Dessa forma Urano foi destronado e todas aquelas criaturas finalmente vieram ao mundo, representadas pelas violentas forças da natureza que vigoravam sobre a Terra no início dos tempos: tempestades, furacões, terremotos... agora sob o domínio de Cronos.</div><br /><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-25286509241917217852022-01-25T05:26:00.007-03:002022-01-30T08:26:22.000-03:00Der Fliegende Holländer - O Holandês Voador<p style="text-align: justify;">O "Holandês Voador" ou "Holandês Errante" (Der Fliegende Holländer) foi a primeira ópera com música e libreto escritos pelo compositor alemão <b>Richard Wagner</b> pertencente ao <b>Canon de Bayreuth</b>, um catálogo formado pelas dez óperas compostas na "fase madura" artista.</p><p style="text-align: justify;">Traz como tema principal a <b>redenção através do amor</b>, além de elementos constantes na obra wagneriana como maldição e anseio de redenção. Estreou em <b>1843</b> na cidade alemã de <b>Dresde</b>.</p><p>A história se passa na costa da Noruega, onde o <b>Capitão</b> <b>Daland</b> e a tripulação de seu barco estão quase chegando ao seu destino, retornando à terra natal, quando enfrentam fortes ventos que os tiram de sua rota, afastando-os por sete milhas da segurança do porto. </p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEizigCQ2SbeOEeEju6dTqFzSaZzLV5fItN2gdhfb-Cdh3MI2RqilFHz2whSGOU4CmClwsHRmhLETYs-0uWsRq-6Rw8UPB4BlOUn2oMKTWxCddrTiaq9G-S4G1EUkI1G4DvNmor733lYmRCDu5nJhRNNVNY2qPshtv-3OsJTtKp5gNkGB-rQuh-_w-dmUw=s1200" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="848" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEizigCQ2SbeOEeEju6dTqFzSaZzLV5fItN2gdhfb-Cdh3MI2RqilFHz2whSGOU4CmClwsHRmhLETYs-0uWsRq-6Rw8UPB4BlOUn2oMKTWxCddrTiaq9G-S4G1EUkI1G4DvNmor733lYmRCDu5nJhRNNVNY2qPshtv-3OsJTtKp5gNkGB-rQuh-_w-dmUw=s320" width="226" /></a></div><br /></div><p></p><h4 style="text-align: justify;">Primeiro Ato</h4><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: left;">Os marinheiros jogam a âncora próximo a um rochedo para que o capitão possa ir à terra firme e indentificar a localização exata, enquanto a embarcação fica sob cuidados do timoneiro. Daland vê ao longe a <b>baia de Sandwike</b>, onde fica sua casa, em que mora com sua filha, a jovem bela e romântica Senta e seus empregados.</span></div></div><p style="text-align: justify;">Como já estiveram alertas por bastante tempo, o capitão recomenda que todos descansem até que a tormenta, que já está mais amena, acabe de vez e eles possam então seguir viagem. Todos vão dormir e o timoneiro fica de vigia mas acaba adormecendo também.</p><p style="text-align: justify;">Nesse momento um outro barco se aproxima silenciosamente, com suas velas vermelhas. Trata-se do mitológico navio <b>"Holandês Voador"</b> ou <b>"Holandês Errante"</b>.</p><p style="text-align: justify;">Segundo a lenda, há mais de cem anos, em 1680, o capitão <b>Hendrick van der Decken</b>, também conhecido como "O Holandês", estava voltando para a sua terra natal com seus marinheiros com seu barco carregado de especiarias, trazidas das colônias nas Índias Holandesas. Quando estavam passando pelo Cabo da Boa Esperança (ou Cabo das Tormentas) na África do Sul, enfrentaram uma forte tormenta. A tripulação achou melhor esperar por melhores condições de navegação, mas o capitão estava ansioso por regressar à casa e decidiu enfrentar o mar violento, mesmo com a revolta dos marinheiros, dizendo que atravessaria o cabo nem que fosse até o dia do juízo final.</p><p style="text-align: justify;">Sua blasfêmia foi atendida por forças sobrenaturais e tanto o capitão como a tripulação foram condenados a navegar pela enternidade, sem poder atracar em terra firme. Apenas uma única concessão foi dada ao amaldiçoado navio, e conseguida através da intervenção de um anjo de Deus: a cada sete anos ele poderia parar em um porto e só o amor e a fidelidade de uma mulher poderia redimir o capitão de seu terrível destino. O malígno ser aceitou conceder essa chance, já que não acreditava mesmo na fidelidade feminina.</p><p style="text-align: justify;">"seu navio sem âncora e seu coração sem esperança"</p><p style="text-align: justify;">Era chegado o tempo, ao fim de sete anos e seu barco poderia finalmente atracar seu barco cheio de tesouros, que foi retirando das profundezas dos oceanos por todos esses anos. </p><p style="text-align: justify;">O capitão Daland acorda e se espanta ao ver aquele navio ao lado do seu. Dá uma bronca no timoneiro que não continuava dormindo. Os dois então tentam fazer contato com o capitão do barco misterioso e van der Decken se apresenta dizendo que vem de muito longe, está exilado de sua terra natal e solicita hospitalidade na casa de Daland em troca de um generoso pagamento com parte do incontável tesouro de que dispõe em seu barco. O ambicioso capitão Daland de imediato concorda e recebê-lo em sua propriedade. </p><p style="text-align: justify;">O holandês lamenta que de nada lhe serve o tesouro, já que não tem nem esposa nem filho e que jamais terá um lar. Daland lhe conta que tem uma bela filha e van der Decken a pede logo em casamento em troca de mais joias. Eles combinam de partir para a casa de Daland assim que o vento sul for favorável e o holandês pede a Daland que vá na frente e que em breve irá alcançá-lo.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><h4 style="text-align: justify;">Segundo Ato - 00:46:00</h4><p style="text-align: justify;">Na casa de Daland, equanto as mulheres trabalham no tear e esperam por seus companheiros, que partiram no navio para o sul em busca de fortunas, a jovem Senta observa pensativa um velho retrato de um certo capitão, da época de sua avó, e que vem a ser justamente Hendrick van der Decken. Aquela imagem a deixa muito impressionada. Sua governanta Mary havia lhe contado a história daquela pobre alma, daquele homem pálido, por quem Senta tinha grande compaixão.</p><p style="text-align: justify;">As outras mulheres riem de Senta, por estar apaixonada pelo fantasma do retrato, e dizem que isso poderia desagradar a Erik, o caçador com quem Senta tem um namorico sem importância, mas que é apaixonado por ela. Senta pede que Mary cante para as outra mulheres a Balada do Holandês Errante, ao que Mary se recusa e decide ela mesma contar a história.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Após os relatos de Senta, as outras mulheres se compadecm com a desgraçada história do Holandês e clamam para que o anjo de Deus lhe mostre essa valorosa mulher para que ele possa encontrar sua redenção. Motivada por essa forte emoção, Senta assume o propósito de ser essa mulher se um dia tiver a oportunidade de encontrar o pálido capitão.</p><p style="text-align: justify;">Chega então Erik, o caçador, dizendo que o navio de seu pai está se aproximando e todas as mulheres se apressam para preparar um banquete para receber os marinheiros, cozinhando e arrumando a casa cheias de entusiasmo.</p><p style="text-align: justify;">Erik então pede autorização a Senta para pedir a seu pai a sua mão em casamento, propondo-lhe uma vida confortável e estável, além de seu amor. Mas Senta está dividida, na realidade já está decidida a esperar pelo Holandês. O caçador já reconhece nela os sinais de que está enfeitiçada pela imagem daquele quadro e pela desafortunada sina daquela pobre alma. Ele já havia tido um sonho premonitório, no qual o pálido marinheiro chegava ao lado do pai de Senta e ela partia com ele a vagar pelos mares. Muito triste, Erik parte, deixando Senta aflita e pensativa.</p><p style="text-align: justify;">Quando, de repente, vê na porta de entrada de sua sala, aquela figura em pessoa. Assim como no sonho de Erik, o holandês van der Decken chega do mar com seu pai. Ela fica estática, paralisada diante daquele homem misterioso, por quem se sentiu atraída durante toda a sua vida.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><span face="Roboto, Arial, sans-serif" style="background-color: #f9f9f9; color: #030303; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;"> </span></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-27672016091948926832021-03-17T21:16:00.001-03:002021-03-17T21:16:18.487-03:00Dido e Eneas (Ópera)<p> Ópera do compositor barroco Hery Purcell (1659-1695), composta em 1689, é baseada no Livro IV do poema épico A Eneida, do poeta romano Virgílio.</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5qgOmJXyGLPjT2M_-ys7EZFjHz1jLt_KK9qJwZ8ZmXuf8sz8Af1HDl74RiDz6bPnm3HewPTWL13pfxo2kQ95_2K1xxCmp_3q9-a0YBLXB6KjNOHH2wUJ3_9IAfXIZSUhPB8KwPiSC5cCk/s500/Dido+e+Eneas+capa+larga.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="343" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5qgOmJXyGLPjT2M_-ys7EZFjHz1jLt_KK9qJwZ8ZmXuf8sz8Af1HDl74RiDz6bPnm3HewPTWL13pfxo2kQ95_2K1xxCmp_3q9-a0YBLXB6KjNOHH2wUJ3_9IAfXIZSUhPB8KwPiSC5cCk/s320/Dido+e+Eneas+capa+larga.jpg" /></a></div><br /><p><b>Primeiro Ato</b></p><p>A rainha Dido, fundadora da jovem cidade de Cartago, lamenta-se por ter um sergredo que não pode ser revelado e diz que não consegue ter paz.</p><p>Sua serva Belinda lhe fala sobre o heroi troiano e diz que se se unirem poderão fazer Troia reviver. Trata-se de Eneas, filho de Anquises (primo do rei Priamo, de Troia) e da deusa Afrodite ou Vênus para os romanos. Dido fala que ele tem o valor de Anquises e o encanto de Vênus, e se sente muito preocupada e angustiada.</p><p>Os empregados falam para ela não se preocupar pois ele a ama como ela, pois o cupido, que apanha flores nos Campos Elíseos*, o teria flechado.</p><p>* Os Campos Elíseos na mitologia grega, seriam semelhantes ao jardim do Éden, ou seja, o paraíso do mundo dos mortos governado por Hades, e oposto ao Tártaro, similar ao inferno.</p><p>Enéas chega e dá demonstrações de amor que a princípio são recusadas por Dido, que tenta se proteger de seu destino, mas ela acaba cedendo.</p><p><br /></p><p><b>Segundo Ato</b></p><p>Uma feiticeira que deseja o mal da rainha Dido e quer ver a destruição da cidade de Cartago, trama junto a outros seres malignos para enganar Eneas. O heroi grego tinha um destino traçado pelos deuses, que era o de chegar a solo italiano (mais especificamente o Lácio, região histórica central da Itália) e fundar uma nova cidade.</p><p>Eneas e Dido saem juntos para uma caçada e a maldosa feiticeira envia um elfo que toma a forma do deus romano Mercurio (Hermes na mitologia grega), para parecer que foi enviado por Júpiter (Zeus).</p><p>Antes de começarem devem conjurar uma tempestade para arruinar a caçada. Os servos da feiticeira dizem que vão preparar o feitiço no escuro de suas celas pois ele é terrível demais para ser preparado ao ar livre.</p><p><br /></p><p>Em uma tenda num lindo bosque, Eneas e Dido se entregam ao amor antes que ele parta para a caçada. Dido se banha em uma fonte onde Actéon* teria encontrado seu destino.</p><p>* Acteon foi transformado em um cervo (um veado) pela deusa Diana (Artemis) enquanto caçava, como castigo por ele tê-la observado se banhando naquela fonte, e foi perseguido pelos seus próprios cães.</p><p>Chega então a tempestade e a rainha volta às pressas para o palácio com sua comitiva. Eneas vê o elfo disfarçado de Mercúrio, que diz vir a mando de Júpiter, com a mensagem de que ele deve partir imediatamente para as costas latinas (Itália) e restaurar Tróia.</p><p>Ele diz que vai obedecer mas se revolta, e não sabe como dar a notícia à rainha. Chama seus companheiros para se prepararem para a partida naquela mesma noite.</p><p>A feiticeira e suas servas celebram a ruína de Elissa (Dido). </p><p>Eneas vai dar a notícia sobre o decreto dos deuses à Dido mas ela não acredita em sua palavra, achando que ele está atribuindo aos deuses uma decisão dele mesmo. Ele diz que irá desobedecer às ordens de Júpiter e que ficará com ela, mas ela já não o quer mais dessa maneira.</p><p>Eneas parte durante mais uma tempestade provocada pela feiticeira e Dido tira sua própria vida.</p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-62031408685404715662021-03-08T10:26:00.004-03:002021-03-08T10:31:57.546-03:00Sociedade dos Poetas Mortos<p style="text-align: justify;">Difícil encontrar quem não tenha se inspirado com a expressão "Carpe Diem", proferida professor John Keating interpretado pelo falecido ator Robin Williams no filme <b>"Sociedade dos Poetas Mortos"</b>, de 1989, dirigido pelo australiano Peter Weir, ambientado no ano de 1958.</p><p style="text-align: justify;">Tudo bem que depois de uma certa vivência a gente desenvolve um olhar mais desconfiado para esse chamado a "aproveitar o momento" e a "viver o agora", mas ainda assim o tema não deixa de render ótimos debates.</p><p style="text-align: justify;">E é esse o filme escolhido para ilustrar o texto abaixo, de <b>Vitor Grané Diniz</b> da página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram), sobre o riquíssimo cinema dos anos 80.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtT4YYsG6CMPqsIHnHH20oFccyVc91mZu8N5kS-nInxmLJZofTli5g3TKEZUCCxt8dZL2t_-A9_z9fuspIAIC_oxGAeQqEn3dVRZNUnxavtX4Ie8t_ao4B3vY4WC2juoVEVnxtSnzeEnf1/s365/Sociedade+dos+poetas+mortos+capa+estreita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="365" data-original-width="260" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtT4YYsG6CMPqsIHnHH20oFccyVc91mZu8N5kS-nInxmLJZofTli5g3TKEZUCCxt8dZL2t_-A9_z9fuspIAIC_oxGAeQqEn3dVRZNUnxavtX4Ie8t_ao4B3vY4WC2juoVEVnxtSnzeEnf1/s320/Sociedade+dos+poetas+mortos+capa+estreita.jpg" /></a></div><br /><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><b>Anos 80</b><b> </b> <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O cinema dos anos 80 resgatou gêneros clássicos como o musical em produções como <i>All that jazz –
o show deve continuar </i>(1979), <i>Flashdance – em ritmo do embalo </i>(1983),
<i>Footloose – ritmo louco</i> (1984) e <i>Dirty Dancing – ritmo quente </i>(1987);
consagrou astros e filmes de ação como Harrison Ford com a franquia Indiana
Jones, Arnold Schwaznegger com <i>O exterminador do futuro </i>(1984), Mel
Gibson com as franquias de sucesso <i>Mad Max </i>e <i>Máquina mortífera</i>,
Sylvester Stallone com seus icônicos <i>Rocky</i> e <i>Rambo</i>, e Bruce
Willis com a série <i>Duro de matar</i>; produziu comédias de grande sucesso
como em <i>Apertem os cintos, o piloto sumiu </i>(1980), <i>Tootsie </i>(1982),
<i>Clube dos cinco </i>(1985), <i>Curtindo a vida adoidado </i>(1986), <i>Antes
só do que mal acompanhado</i> e <i>Harry e Sally – feitos um para o outro </i>(1989);
lançou superproduções como <i>E.T. – o extraterrestre </i>(1982), <i>De volta
para o futuro </i>(1985), <i>Top Gun – ases indomáveis </i>(1986), <i>Nascido
em 4 de Julho</i> e <i>Batman</i> (ambos de 1989)<i>. </i>Além, é claro, de
filmes atemporais que se tornariam verdadeiros clássicos, como <i>Touro
indomável</i> (1980), <i>Carruagens de fogo </i>(1981), <i>Scarface </i>(1983),
<i>A cor púrpura </i>(1985), <i>Platoon </i>(1986), <i>Veludo azul </i>(1986), <i>Rain
man </i>(1988), <i>Sociedade dos poetas mortos </i>(1989), dentre tantos e
tantos outros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Em 1980, surge no cinema uma nova e inusitada
“premiação”, a Framboesa de Ouro, criada a partir da imaginação fértil do
publicitário John Wilson, que após a cerimônia do Oscar de 1980, parou para
refletir sobre quais haviam sido os piores filmes do ano, lhe chamava a atenção
a baixíssima qualidade dos recém lançados <i>Xanadu</i> e <i>O cantor de jazz </i>(o
remake). Como uma brincadeira informal entre amigos, Wilson se reuniu com
demais convidados e realizaram a primeira edição da Framboesa de Ouro, o
resultado agradou tanto os votantes, que eles resolveram divulgar o que tinham
feito na imprensa, e desde então a “premiação” é realizada anualmente. </span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-themecolor: text1;">Contrariando
a sofisticação e glamour do Oscar, a Framboesa de Ouro se pauta pelo escracho,
que inclui até mesmo o prêmio físico, uma framboesa de plástico pintada com
spray dourado sobre uma base também de plástico. As categorias variam do básico
(pior filme, pior diretor, pior ator, atriz, coadjuvante e roteiro) a
exclusividades criativas, como pior sequência, pior refilmagem e pior dupla, e
mais: </span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">um ator homem pode ser indicado a pior atriz
caso ele esteja vestido de mulher, e vice-e-versa, o prêmio de pior dupla pode
ser aplicado ao “ator e seu bigode” ou a “atriz e seu par de seios” ou ao “ator
e qualquer colega de cena”, e por aí vai.<o:p></o:p></span></p><div><br /></div><div>T<b>exto de Vitor Grané Diniz, página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram)</b></div><b>.....................................................................................................................................................</b><p></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-79044318515666730162021-03-03T19:23:00.003-03:002021-03-04T20:42:11.084-03:00A Flauta Mágica (Ópera)<p> "Die Zauberflöte", um ópera composta pelo genial músico austríaco <b>Wolfgang Amadeus Mozar</b>t (1756 - 1791), lançada em 1791. </p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgPWszx9wHqizBrGxdr83cuQJ0kCH9Hhi0TMj7vAj6smuX9iUQvyTaXJfpD9bRAxiMNlfAHwVHlVvqGkYdE6JhK7b-j1Ib_LLXAjx11UQqmvremXfGzeobDKEo3zUC7pCvzoPs_xS7WvDc/s347/A+flauta+m%25C3%25A1gica+%25C3%25B3pera.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="347" data-original-width="234" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgPWszx9wHqizBrGxdr83cuQJ0kCH9Hhi0TMj7vAj6smuX9iUQvyTaXJfpD9bRAxiMNlfAHwVHlVvqGkYdE6JhK7b-j1Ib_LLXAjx11UQqmvremXfGzeobDKEo3zUC7pCvzoPs_xS7WvDc/s320/A+flauta+m%25C3%25A1gica+%25C3%25B3pera.jpg" /></a></div><br /><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtm1H6rIiY26urFGdARppM0U2kS27n9TJ6wUbZZo96pPOErbOOntpF7tEEi8YRFVNS5JGTmuSN98b65zBH2zmLQ5BazKUQ78Ia10MvyoT2ejVy_l_YwmfARGAntHE4qFQbiaWUa9cQq5Rk/s1600/mozart.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1050" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtm1H6rIiY26urFGdARppM0U2kS27n9TJ6wUbZZo96pPOErbOOntpF7tEEi8YRFVNS5JGTmuSN98b65zBH2zmLQ5BazKUQ78Ia10MvyoT2ejVy_l_YwmfARGAntHE4qFQbiaWUa9cQq5Rk/s320/mozart.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Mozart</b></div><br /><p><span style="text-align: justify;"><b>Parte 1</b></span></p><p style="text-align: justify;">O jovem príncipe <b>Tamino</b> é perseguido por uma serpente gigante, quase um dragão, e grita por socorro. Três damas chegam e matam a cobra com o seu poder e coragem. </p><p style="text-align: justify;">O príncipe desmaia <i>(morte simbólica para entrar em uma nova vida)</i> e as três mulheres se encantam com sua beleza. Decidem avisar a <b>Rainha da Noite</b> sobre o ocorrido mas as três disputam para ficar de vigia enquanto as outras vão até a rainha. Nenhuma quer deixar o rapaz então vão as três juntas.</p><p style="text-align: justify;">0:14:00</p><p style="text-align: justify;">O jovem desperta. Aparece o romântico passarinheiro Papagueno para caçar uma ave muito esperta com sua flauta. Chega o jovem rapaz dizendo ser um príncipe de um lugar do outro lado das montanhas. O passarinheiro diz que vende aves para a Rainha das Estrelas Flamejantes, ou a Rainha da Noite, e suas filhas.</p><p style="text-align: justify;">Chegam as três moças e dão ao jovem um retrato da filha da rainha, Pamina, e ele se apaixona por ela. Mas a moça precisa ser resgatada, pois foi sequestrada pelo demônio Sarastro, sacerdote de Ísis e Osíris.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3yjs54UMfD1OxVrJ1CnTBQWOOuZVdJNsW69CMtXcZDjzY42kWoHX1FD9cCUU7gp8HnFFwgtB6MdcpzBDaolRSxPWm0qMcm1ecnPmAXtSQPacIe9mFbwM9zNYxPgUsk6dwJpbXGXBZ6Kwj/s1920/Foto+1.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3yjs54UMfD1OxVrJ1CnTBQWOOuZVdJNsW69CMtXcZDjzY42kWoHX1FD9cCUU7gp8HnFFwgtB6MdcpzBDaolRSxPWm0qMcm1ecnPmAXtSQPacIe9mFbwM9zNYxPgUsk6dwJpbXGXBZ6Kwj/w400-h225/Foto+1.jpeg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Royal Opera House - 2003 (Londres)</b></div><br /><p style="text-align: justify;">Os arautos anunciam a chegada da rainha e ela pede que ele resgate sua filha, mas demonstra ter outras intenções. Ela manda de presente a ele uma flauta encantada que tem o poder de mudar o coração dos homens.</p><p style="text-align: justify;">A rainha pede também que Papagueno acompanhe o príncipe e oferece como pagamento um baú com sininhos. Além disso, três meninos puros e sensatos (anjos) irão guiá-los em seus caminhos até o castelo de Sarastro.</p><p style="text-align: justify;">A princesa está prisioneira e vigiada por Monostatos e seus guardas. Papagueno chega para resgatá-la mas ela desconfia de sua palavra. Os dois fogem.</p><p style="text-align: justify;">O príncipe Tamino chega com os três meninos guia e no palácio, eles dizem que para alcaçar seu objetivo ele precisará ser <b>firme, sábio e paciente</b>. Ele também encontra três portas: uma para o Templo da Natureza (Natur), outra para o Templo da Razão (Vernunft) e outra para o Templo da Sabedoria (Weisheit) . </p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Ele consegue entrar no Templo da Sabedoria (Weisheit) onde está um sábio professor que defende Sarastro e recomenda que Tamino entre para uma irmandade.</p><p style="text-align: justify;">Ele procura por Pamina na floresta tocando sua flauta, que é ouvida e correspondida por Papagueno, mas Monostatos os encontram antes.</p><p style="text-align: justify;">Sarastro chega e Tamino e Papagueno seguem para os rituais de iniciação.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><b>Parte 2</b></p><p style="text-align: justify;">A Rainha da Noite pede que Pamina mate Sarastro para ficar com o poder que seu marido tirou dela quando se uniu à irmandade masculina, o poder dos sete sóis. O marido da rainha e pai de Pamina, um mestre maçom, antes de morrer deixou o "círculo da sabedoria solar" não à sua mulher e sim a Sarastro. </p><p style="text-align: justify;">O grande objetivo da rainha é obter de volta esse poder, e ela dá à filha um punhal o ordena que ela mate Sarastro, ao interpretar uma das árias mais famosas e poderosas da peça, a Ária da Rainha da Noite (Der Hölle Rache).</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA-dmMGfMP0ihIN5KAgd0VvZjFKtiACNpxijRWIAZbWbuf4LOQQXFXByanJhGvDOpkLGXci9xvlbKiZbTXABhEg4S2ebkbkAjQk9dzFMcGB8xjOjfrpxjPIDYpuK66mfl6YcZk2Bkh_zLJ/s600/rainha+da+noite+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="525" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA-dmMGfMP0ihIN5KAgd0VvZjFKtiACNpxijRWIAZbWbuf4LOQQXFXByanJhGvDOpkLGXci9xvlbKiZbTXABhEg4S2ebkbkAjQk9dzFMcGB8xjOjfrpxjPIDYpuK66mfl6YcZk2Bkh_zLJ/s320/rainha+da+noite+2.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisZLyqbiUue77ANyWawk1m4QllR6uCZdd2KUmBiKiN9hpr0AKqrK1Air1kQC_y-WYkgHeYRRz2GuQy4Z95BumeGfLRfCVCe69Fgo4dF6SW7CcuK5Zh4DXXiTkX57xpuRuArJsg9kHWc2fs/s720/rainha+da+noite.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisZLyqbiUue77ANyWawk1m4QllR6uCZdd2KUmBiKiN9hpr0AKqrK1Air1kQC_y-WYkgHeYRRz2GuQy4Z95BumeGfLRfCVCe69Fgo4dF6SW7CcuK5Zh4DXXiTkX57xpuRuArJsg9kHWc2fs/s320/rainha+da+noite.jpg" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Monostato escuta a conversa e faz chantagem com Pamina, mas Sarastro chega também e protege a moça.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-25005569632506534822021-03-01T12:37:00.007-03:002021-03-01T12:37:57.133-03:00Cidadão Kane<p> Um grande marco do cinema, esse filme de 1941 dirido por <b>Orson Welles</b> está comentado no texto abaixo, de <b>Vitor Grané Diniz</b>, da página <b>"Noites de Cinema"</b> (Facebook e Instagram).</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWFMwTJkGvbhscRdD8TGyoYaWm-py9hYcoIeUhcv7vGj866yEN8FKTrI5zb80qq4u2s4rTmuUhBWg-xzXOC6ym2M-SA-E8_egajASoNxRrXWCI0tPINo1ef_4vM6k7rrJugSQNpAEXNVQi/s387/cidad%25C3%25A3o+kane+capa+estreita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="387" data-original-width="290" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWFMwTJkGvbhscRdD8TGyoYaWm-py9hYcoIeUhcv7vGj866yEN8FKTrI5zb80qq4u2s4rTmuUhBWg-xzXOC6ym2M-SA-E8_egajASoNxRrXWCI0tPINo1ef_4vM6k7rrJugSQNpAEXNVQi/s320/cidad%25C3%25A3o+kane+capa+estreita.jpg" /></a></div><br /><p class="MsoNormal"><b>Orson Welles e Cidadão Kane</b><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">Para iniciarmos, eu gostaria de trazer uma reflexão que eu repito sempre: não existe uma obra ou movimento artístico que não carregue
influências de obras que a precedam; nada se cria do nada, e isso vale
principalmente para </span><i style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">Cidadão Kane</i><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">, que é uma das mais prestigiadas,
estudadas e analisadas obras cinematográficas de todos os tempos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">
Na época da produção desse filme, o ator, diretor e roteirista Orson
Welles era muito jovem, ele tinha cerca de 25 anos; porém já trazia muita
experiência de seu trabalho no teatro e no rádio. E toda essa bagagem foi
trazida por Orson Welles ao cinema e incorporada ao filme <i>Cidadão Kane</i>;
o que fez com que ele se tornasse um filme revolucionário em para a linguagem
cinematográfica, e também questões estéticas, técnicas e narrativas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">
Outra coisa muito importante para termos em mente: <i>Cidadão Kane</i> é
um filme de indústria, foi concebido como tal, produzido para ser distribuído
em massa e vender ingressos. Não se enganem, apesar de cultuado, ele nunca foi
um filme de arte, tampouco uma obra erudita.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">
Mas se tornou importante, também pelo fato de ser o único filme 100 por
cento autoral, que é o resultado de absoluta liberdade criativa por parte de
Orson Welles. Isso poque a divulgação de Cidadão Kane foi muito dificultada e
boicotada pelos meios de comunicação, principalmente os comandados por William
Randolph Hearst, um poderoso magnata de imprensa da época que serviu de
inspiração para o personagem Charles Foster Kane.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> Observem este cartaz original da
época, o que chama a atenção são os elementos de “força” que a publicidade
tenta colar ao filme. A cor vermelha ao fundo representa a força, o poder e a
gana do protagonista. Note-se também que a figura de Charles Foster Kane é
grande e ocupa boa parte do cartaz, deixando todos os outros elementos ao seu
redor demasiadamente pequenos. Contornando a figura do homem, há uma branquidão
que emana dele como uma luz, um raio.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> Como bem definiu o crítico Roger
Ebert em seu livro A magia do cinema, Cidadão Kane cobre o nascimento dos
jornais populares (tendo como modelo Joseph Pulitzer), a guerra
hispano-americana promovida por Hearst, o nascimento do rádio, o poder das
máquinas políticas, o surgimento do fascismo e o crescimento do jornalismo de
celebridades.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;">
Devido ao desconforto de William Randolph Hearts para com <i>Cidadão
Kane</i>, nenhum outro estúdio voltaria a dar plena liberdade criativa e
autoral para Orson Welles. Todos os seus filmes seguintes sofreram interferência
dos produtores na trama e na montagem final.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></p><p><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">T<b>exto de Vitor Grané Diniz, página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram)</b></span></p><p>
<span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><b>................................................................................................................................................................</b></span></p><p><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjucxGamUuttx0UdG1h-bxPffQe4SaP8K2M3v8abTvXwejYE6Kws0yRpNDDiiW8-lVo7-R1X1WwQVahPQMluV9u0ZRkKKSZtqkAj4ZKznnGm0eBbjrZHySPypmDf22QNDIzm-TUbprYB9UK/s1280/miniatura+cidad%25C3%25A3o+kane.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjucxGamUuttx0UdG1h-bxPffQe4SaP8K2M3v8abTvXwejYE6Kws0yRpNDDiiW8-lVo7-R1X1WwQVahPQMluV9u0ZRkKKSZtqkAj4ZKznnGm0eBbjrZHySPypmDf22QNDIzm-TUbprYB9UK/s320/miniatura+cidad%25C3%25A3o+kane.jpg" width="320" /></a></div><p style="text-align: center;"><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><b><a href="https://youtu.be/WNc1yIeU6N8">Vídeo do YouTube no canal "Lizandra Soave"</a></b></span></p><p style="text-align: center;"><b style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 14.6667px; text-align: left;"><a href="https://youtu.be/WNc1yIeU6N8">https://youtu.be/WNc1yIeU6N8</a></b></p><p><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span style="font-size: 14.6667px;"><b><br /></b></span></span></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-15792533505895132562021-02-28T08:33:00.002-03:002021-02-28T08:38:03.357-03:00Nabucco (Ópera)<p><br /></p><p>Ópera escrita em 1842 pelo compositor italiano Giuseppe Verdi, então com 29 anos de idade. </p><p>Inspirada nas passagens bíblicas que relatam a situação do povo hebreu durante o cativeiro na Babilônia, após a queda de Jerusalém, em 587 a. C., sob o jugo do rei Nabucodonosor II.</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2E4kX7Oup7X3qgL1NvdSAdtS3SKiwja9R_vvAIb-D5qXhBGk7X52UZpdN49H3Nk0L3pMt-pmjcL4htfIReCWUhFbqfwPMhuYO8BWRFAwqzk9P84Zk42Ymw2MCvAuXxG9bcJpuHJ0QO6pS/s475/Nabucco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="475" data-original-width="352" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2E4kX7Oup7X3qgL1NvdSAdtS3SKiwja9R_vvAIb-D5qXhBGk7X52UZpdN49H3Nk0L3pMt-pmjcL4htfIReCWUhFbqfwPMhuYO8BWRFAwqzk9P84Zk42Ymw2MCvAuXxG9bcJpuHJ0QO6pS/s320/Nabucco.jpg" /></a></div><br /><p>Em meio a fatos históricos e bíblicos, ocorre também uma história de amor fictícia. </p><p>Composta por quatro partes, conta com os seguintes personagens principais:</p><p><b>Nabucodonosor</b> - rei da Babilônia</p><p><b>Abigail</b> - suposta filha do rei, mas na verdade não era filha legítima e sim de um escravo</p><p><b>Fenena </b>- filha legítima do rei</p><p><b>Zacarias</b> - Sacerdote dos hebreus</p><p><b>Ismael</b> - embaixador dos hebreus na Babilônia (Abigail e Fenena são apaixonadas por ele mas ele gosta apenas de Fenena)</p><p>Coro de levitas e virgens judaicas</p><p>Coro de magos da Babilônia</p><p>Na terceira parte a canção "Vá Pensiero" inspirou o povo italiano a lutar por sua independência, despertando um espírito de patriotismo e nacionalismo.</p><p><br /></p><p>Assim disse o Senhor: "Eis que eu dou esta cidade nas mãos do rei da Babilônia; ele a queimará com fogo." Jeremias 32, 28</p><h3 style="text-align: left;">Parte 1 - Jerusalém</h3><p>No interior do Templo de Salomão estão os judeus, levitas e virgens judaicas.</p><p>Zacarias, Fenena e Ana entram. Zacarias entra portando o tumim e urim.</p><p>Pedem que confiem em Deus e desata a corda que prende as mãos de Fenena.</p><p>Ismael, embaixador de Judá na Babilônia, chega e conta que o Rei Nabuco está chegando. Zacarias está confiante que Deus os ajudará.</p><p>Todos saem e ficam Ismael e Fenena, que se amam. Ela o libertou das garras de sua irmã Abigail. Ambas são filhas de Nabucodonor II.</p><p>Abigail, seguida pelos guerreiros babilônicos camuflados em roupas hebraicas entram com espadas na mão.</p><p>O hebreus no templo comandados pelo sacerdote Zacarias, ficam sabendo que Nabucodonosor, rei da Babilônia, está vindo com seus soldados para destruir a cidade. </p><p>Chegam suas duas filhas Abigail e Fenena. Fenena está com as mãos amarradas, ela chega como prisioneira. As duas são apaixonadas por Ismael, embaixador de Israel na Babilônia. Mas ele ama Fenena. Abigail fica enciumada.</p><p>Nabucodonor chega com seus soldados trazendo ameaça e destruição.</p><p><br /></p><p>0:46:00</p><h3 style="text-align: left;">Parte 2 - O Blasfemo (O Ímpio)</h3><p>No palácio de Nabucodonosor, Abigail encontra uma carta deixada pelo rei dizendo que ela não era sua filha legítima, e sim de um escravo. Ela se revolta.</p><p>O sumo-sacerdote entra e diz que Fenena está libertando os hebreus e que eles precisam que ela assuma o trono. Eles já inventaram que o rei foi morto em batalha.</p><p>1:00:00 </p><p>Em outra sala estão Zacarias e um levita que carrega as tábuas da lei.</p><p>Levitas e Ismael entram nos aposentos de Fenena. Eles foram convocados por Ismael mas estão com raiva dele.</p><p>Fenena, Ana, Zacarias e o levita com as tábuas da lei. Abigail chega se autoproclamando rainha.</p><p>Nabucodonosor volta querendo sua coroa de volta. Revolta-se contra os seus próprios sacerdotes que o traíram. Ele diz que não é mais um rei e sim um deus.</p><p>Um raio cai ao lado de Nabucodonosor enlouquecido. Abigail se torna rainha.</p><p><br /></p><p>1:20:00</p><h3 style="text-align: left;">Parte 3 - A Profecia</h3><p>Nos jardins suspensos Abigail reina ao lados dos magos, dos sacerdotes junto a uma estátua de Baal.</p><p>Nabucodonosor chega com os cabelos desalinhados e maltrapilho. Tenta recuperar sua coroa mas é impedido por Abigail.</p><p>Às margens do rio Eufrates os hebreus cantam <b>"Va Pensiero"</b></p><p><br /></p><p>1:50:00</p><h3 style="text-align: left;">Parte 4 - O Ídolo Destruído</h3><p>Nabucodosor dorme e tem um sonho. </p><p>Acorda acreditando que o período que passou na selva como um animal tenha sido apenas um sonho também. </p><p>Vê ao longe Fenena acorrentada, prestes a ser executada, juntamente com os hebreus, e se descobre também um prisioneiro e recobra sua sanidade.</p><p>Pede perdão aos Deus dos hebreus. Ele tem o exército a seu lado e seu general o ajuda. </p><p>Ele procura Fenena e os hebreus e se converte. Manda derrubar o ídolo mas ele tomba e se quebra por si só.</p><p>Abigail acaba se arrependendo também.</p><p>Zacarias o abençoa como rei por ter se convertido.</p><p><br /></p><h3 style="text-align: left;">História Bíblica:</h3><p><b>Ana e Fenena</b> - Em <i>Samuel 1</i>, Ana e Fenena eram esposas de Elcana. Fenena tinha filhos e filhas, já Ana era estéril, mas muito amada por Elcana. Ana suplicou a Deus que se tivesse um filho varão, o consagraria ao Senhor. Assim, em 1056 a. C., nasceu Samuel, que foi o último dos Juízes e o primeiro profeta depois de Moisés. Ungiu os reis Saul e Davi.</p><p><b>Abigail </b>- <i>Samuel I</i>, era a segunda esposa do rei Davi, viúva do rico Nabal.</p><p><b>Ismael</b> - <i>Gênesis</i> - Filho de Abraão com a escrava Agar.</p><p><b>Zacarias </b>- <i>Zacarias</i> - Profeta do exílio e pós-exílio. Participou da reconstrução de Jerusalém.</p><p><b>Nabucodonosor II</b> - <i>Daniel </i>- Rei da Babilônia responsável pela queda de Jerusalém. Como castigo pela sua soberba, sofreu por um distúrbio mental o que fez passar "sete períodos de tempo" vivendo com um animal. Depois recobrou sua sanidade mental e passou a glorificar a Deus.</p><p>A libertação dos hebreus do cativeiro foi realizada pelo rei da Persia, Ciro, quando conquistou a Babilônia, em 538 a. C.</p><p><br /></p><p><b>Sequência de eventos bíblicos:</b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1E0fZ4c2OeNxR2vTgIQpIE8x6YUe7MsZOSqnM5r75YCSOPqWBcdcwRb6ULbRWLMNAC2kyoHKDJ2c9DN0gUDIp-TYxm6L92v9aHftEUMY-fKBORDO8rRQn0eyfT9jbSHDigHHYXYkBprpc/s951/linha+do+tempo+B%25C3%25ADblia.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="951" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1E0fZ4c2OeNxR2vTgIQpIE8x6YUe7MsZOSqnM5r75YCSOPqWBcdcwRb6ULbRWLMNAC2kyoHKDJ2c9DN0gUDIp-TYxm6L92v9aHftEUMY-fKBORDO8rRQn0eyfT9jbSHDigHHYXYkBprpc/w610-h202/linha+do+tempo+B%25C3%25ADblia.png" width="610" /></a></div><br /><p><br /></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-78082773240642087762021-02-25T13:03:00.003-03:002021-02-25T13:03:58.815-03:00Doze Homens e Uma Sentença<p> Filme de 1957, do diretor <b>Sidney Lume</b>t, ilustra o texto abaixo sobre o surgimento na indústria do cinema de um movimento muito marcante que ficou conhecido como "Nova Hollywood". </p><p>Um texto escrito por <b>Vitor Grané Diniz</b>, da página <b>"Noites de Cinema"</b> (Facebook e Instagram).</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSZWG5FhxQ4iSaw3nhz6NYe_A47c4Xay11kSe9Z4ZMJ4010eKAmoYXFHOT6xW3Ry_4TmsD2hy8Id1hTGFkte64J2iPnMajU4U5ZPctdUJtprYpui7FaBxQp8f-z2KgZ3pqvi6emDK6gyPM/s406/doze+homens+e+uma+senten%25C3%25A7a+capa+estreita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="406" data-original-width="300" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSZWG5FhxQ4iSaw3nhz6NYe_A47c4Xay11kSe9Z4ZMJ4010eKAmoYXFHOT6xW3Ry_4TmsD2hy8Id1hTGFkte64J2iPnMajU4U5ZPctdUJtprYpui7FaBxQp8f-z2KgZ3pqvi6emDK6gyPM/s320/doze+homens+e+uma+senten%25C3%25A7a+capa+estreita.jpg" /></a></div><div><br /></div><div><br /></div><h2 style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><span> </span><span> </span><span> </span>Nova
Hollywood</span></h2>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Em 1966, o cinema americano passava
por uma transformação; a essa altura, chegava com força o movimento que ficou
conhecido como Nova Hollywood, uma revolução cinematográfica que chegou para
abordar temas polêmicos e desafiar tabus.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Como se vê</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">, a temática da segregação racial já começava a ser
explorada no cinema norte-americano, destaquemos também alguns exemplos como Em
<i>Doze homens e uma Sentença</i>
(1957), primeiro filme de Sidney Lumet,
doze jurados discutem o destino de um homem negro acusado de matar o pai; em <i>Acorretandos</i> (1958), dois prisioneiros
fugitivos, um negro (Sidney Poitier) e um branco (Tony Curtis) se vêm obrigados
a passar toda a fuga juntos, uma vez que estão acorrentados pelo pulso; em <i>Anatomia de um crime</i> (1959), o advogado
interpretado por James Stewart tem a função de defender um tenente do exército
branco acusado de matar um homem negro que, supostamente, teria violentado sua
esposa. Uma das obras mais notáveis da época, <i>O sol é para todos</i> (1963) apresenta Gregory Peck como um advogado
que defendia um negro acusado de estupro em uma cidade do Sul dos Estados
Unidos. Porém foi em 1967, um ano após o lançamento de <i>Caçada humana</i>, que o tema racismo deixaria uma real marca no cinema
norte-americano, e isso se deve ao lançamento de três filmes em específico: <i>Ao mestre com carinho</i>, <i>Adivinhe quem vem para jantar</i> e <i>No calor da noite </i>(1967), todos estrelados por Sidney
Poitier, um dos primeiros atores negros a gozar de certa popularidade em
Hollywood.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">De acordo com o autor Mark Harris em seu livro <i>Cenas de uma revolução: o nascimento da nova
Hollywood,</i> “mais de uma década depois de a lista negra do senador McCarthy
terem feito com que boa parte da produção cinematográfica se afastasse das
questões políticas, o movimento pelos direitos civis vinha se tornando a
oportunidade ideal para que muita gente em Hollywood radquirisse o direito de
se manifestar nesse sentido”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Vale destacar que grandes nomes do cinema adotaram o
ativismo político paralelamente à sua profissão: Marlon Brando, Paul Newman,
Gregory Peck, Robert Wise, Jane Fonda e Barbra Streisand. Newman, por exemplo,
chegou a marchar ao lado de Brando na capital Washington, em agosto de 1963, em
um famoso ato pelos direitos civis. “A marcha pelos direitos civis de agosto de
1963, em Washington, foi um momento de renascimento da politização em
Hollywood, que segundo o colunista do <i>The
New York times</i> Murray Schumach: ‘decidiu reunificar o país depois de quase
dezesseis anos de secessão espitirual’”, explica Mark Harris. Como ator e
ativista, Gregory Peck rejeitava o status de “benfeitor”, no entanto não
escondia suas posições político-sociais a ponto d’elas inteferirem em seu
trabalho como ator, o que ocorreu no filme <i>O sol é para todos</i>, <span style="background: white;">"Não sou um benfeitor. Me envergonharia ser
classificado como humanitário. Eu simplesmente participo de atividades em que
acredito", afirma Peck.</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><a name="_Hlk34067640"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Os anos 70 vem chegando para reescrever a
história do cinema, nessa fatídica década, seriam produzidos filmes incríveis,
uma nova geração formidável de cineastas que incluía Martin Scorsese, Woody
Allen, Steven Spielberg, George Luccas, Michael Cimino, Brian de Palma, Peter
Bogdanovich, Paul Schrader, Paul Mazursky, John Milius, John Carpenter, William
Friedkin e Francis Ford Coppola começaria a ganhar notoriedade. Uma nova leva
de atores brilhantes com Al Pacino, De Niro, Gene Hackman, Robert Duvall, Diane
Keaton, Dustin Hoffman, Jack Nicholson, Robert Redford, Jane Fonda, Barbra
Streisand, Elliott Gould, Richard Dreyfuss e Meryl Streep também surgiria. </span></a><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Em 1967, Luis Buñuel lança <i>A bela da tarde</i>, que
narra a história de uma dona de casa casada que decide adentrar o mundo da
prostituição. Na Itáia, dois importantes diretores, Luchino Visconti e Pier
Paolo Pasolini lançam filmes escandalosos que abordam a liberdade sexual,
piadas escatológicas, nudismos e símbolos fálicos. Em 1974, chega aos cinemas <i>Emmanuelle</i>, de Just Jaeckin, que conta a
história de uma mulher casada que explora as várias possibilidades do sexo; um
ano depois Pier Paolo Pasolini lança <i>Saló</i>,
que aborta temas como nazismo e estupro. Já em 1976, é produzido na Dinamarca <i>O império dos sentidos</i>, história de amor
de uma ex-prostituta. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Era o cinema europeu se desvinculando do conservadorismo,
embora na mesma época o cinema norte-americano já apresentava indícios de que
iria produzir, em breve, obras que abordassem temáticas polêmicas como
sexualidade, drogas e violência explícita, nesse contexto, destaca-se dois
poderosos e importantes filmes da época: <i>Laranja mecânica</i> (1971), de
Stanley Kubrick e <i>Taxi driver</i> (1976), de Martin Scorsese. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Os anos 60 estão chegando ao fim, e ficaram pelo caminho
seus grandes símbolos: Marilyn Monroe, Montgomery Clift, Martin Luther King,
Robert Kennedy, Sharon Tate, dentre outros. Marlon Brando, para o bem ou para o
mal, ainda era um dos poucos símbolos dos anos 50 e 60 que estava na ativa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">E juntamente com tudo isso, os anos 60 levava consigo uma
década extremamente atípica para o cinema, o grande sucesso <i>Se meu apartamento falasse</i> (1960)
abordou temas polêmicos como adultério, <i>Adivinha
quem vem para jantar </i>(1967) tocou
na delicada questão racial, <i>Perdidos na
noite </i>(1969) aborta o tema
da prostituição masculina; outro filme decisivo foi o clássico de Mike Nichols,
<i>A primeira noite de um homem </i>(1967), estrelado por Dustin Hoffman
e Anne Bancroft, “se a maior parte do cinema americano fora até então
convencional, esse filme de Nichols conecta o velho mundo com o novo apontando
para o cinema mais experimental que viria na década de 70”, conclui a escritora
e editora Carol King. O cineasta Michelangelo Antonioni lança <i>Blow-up </i>(1966), com cenas explicitas de sexo e consumo de drogas, já o
surrealista Luis Buñuel chocou a todos ao contar a história de uma tímida dona
de casa que, por livre iniciativa, adentra o mundo da prostituição em <i>A bela da tarde </i>(1967). John Cassavetes introduziu o cinema independente em
plena Hollywood; alguns diretores de sucesso da televisão como Arthur Penn,
Norman Jewison, Mike Nichols e Sidney Pollack migraram para o cinema; diretores
americanos de sucesso como Stanley Kubrick e Richard Lester optaram por se
estabelecer na Grã-Betanha, por outro lado cineastas estrangeiros como John
Schlesinger, John Boorman e Roman Polanski partem para Hollywood; níveis nunca
vistos antes de violência são mostrados explicitamente em <i>Os doze condenados </i>e
<i>Bonnie e Clyde </i>(ambos de 1967), e <i>Meu ódio será tua herança </i>(1969); o <i>western</i>, gênero
tipicamente americano, começa a ser produzido na Itália – um movimento que
ficou conhecido como <i>Spaghetti Western</i> – revelando três grandes nomes do
cinema, o ator Clint Eastwood, o diretor Sergio Leone e o compositor Ennio
Morricone. <a name="_Hlk34067613">“A história dos filmes de Hollywood da década
de 60 também pode ser considerada pelo viés da mudança dos padrões de censura e
das atitudes político-sociais. Aquela foi uma época de transição entre o Rat
Pack e Woodstock, entre a camelot idealista de John Kennedy e as mobilizações
fervorosas a favor dos direitos civis e contra a Guerra do Vietnã”, analisa o
romancista, crítico e locutor Kim Newman.<o:p></o:p></a></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Sem contar que os anos 60 foram dominados por grandes
filmes de espionagem, como os da série <i>James Bond</i>; revolucionárias
ficções científicas como <i>O planeta dos macacos</i> e <i>2001: uma odisseia
no espaço </i>(ambos de 1968); além de novos terrores como <i>A aldeia
amaldiçoada </i>(1960), <i>A noite dos mortos vivos </i>e<i> O bebê de Rosemary
</i>(ambos de 1968). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Vale destacar também que a Hollywood dos anos 60 recebeu
influência direta da <i>Nouvelle vague</i> francesa, movimento cinematográfico
liderado por Jean Luc-Godard e Françoise Truffaut, o diferencial desse novo
movimento é que os filmes apresentariam uma abordagem mais ambiciosa, pessoal e
liberal do ponto de vista formal narrativo do que o restante dos filmes
comerciais produzidos pelos grandes estúdios na época, e portanto surgiram
novos atores, diretores, gêneros e subgêneros de filmes influenciados diretamente
pela vanguarda e contracultura da <i>Nouvelle vague</i>, enquanto outros tipos
de filmes ficaram ultrapassados. Todo o movimento cinematográfico dos anos 60 –
principalmente o da segunda metade da década – ficou conhecido como a “nova
Hollywood”. A essa altura, cineastas como William Wyler, Billy Wilder e Elia
Kazan representavam o que havia de mais antiquado. Nas palavras de Sidney
Pollack, a velha Hollywood simbolizava “as mesmas pessoas fazendo as mesmas
coisas que vêm fazendo nos últimos 25 anos”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Nessa época e nesse contexto, estava surgindo uma nova
tendência em Hollywood: a das superproduções Hollywoodianas, os produtores
criando obras que pretendiam seguir a popularidade de produções recentes e de
considerável sucesso como <i>Aeroporto </i>(1970), <i>O destino de poseidon</i> (1972), <i>O
inferno na torre </i>(1974), <i>Tubarão </i>(1975), <i>Guerra nas
estrelas </i>e <i>Contatos imediatos do terceiro grau </i>(ambos de 1977). “A superprodução
talvez possa ser mais bem definida como um filme que usa um estreito conjunto
de parâmetros – ficção científica, terror, comédia, fantasia, catástrofe ou
ação – para atrair o maior público possível”, explica o crítico e redator Tom
Huddleson, mais a frente em seu artigo ele ainda reflete que “a superprodução
valoriza o drama com efeitos especiais e sonoros maiores ou melhores. Para o
público eles acentuam a sensação de terror ou de encantamento quando o Bem
triunfa sobre o Mal ou quando a humanidade sobrevive a todas as dificuldades”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Desde o surgimento desta nova onda, os maiores campeões
de bilheteria haviam sido direcionados a plateias mais jovens, essa mudança
representou um aumento significativo nos lucros, não contanto apenas com o
valor das bilheterias, mas também de brinquedos, vídeos e DVDs, que por vezes
geram mais receita que os próprios lançamentos no cinema. Senão vejamos, <i>O
exorcista</i> (1973) ultrapassou a marca de 200 milhões de dólares de receita,
um feito inédito para o cinema até então. <i>Tubarão</i> (1975) ultrapassou a
marca de <i>O exorcista</i> em mais de 60 milhões. Dois anos depois, o primeiro
filme da saga <i>Star wars</i> (1977) desbancou os sucessos anteriores com um
impressionante lucro de mais de 500 milhões de dólares. Nunca números tão altos
haviam sido vistos no cinema até então.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><br /></span></p><p><br /></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-35818931316479131222021-02-22T14:23:00.005-03:002021-02-22T14:23:47.507-03:00Rebelião em Alto Mar<p> Filme de 1984, do diretor neozelandês <b>Roger Donaldson</b>, ilustra o texto abaixo, de <b>Vitor Grané Diniz</b> da página <b>"Noites de Cinema" - </b>, a respeito do motim a bordo do navio HMS Bounty, uma história real ocorrida em 1787.</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRQM0rolHVOF-v8CbhBS9E0FrJuuVujFtVT4tLwM1obvMUoyMAyQGctES4U2dkyHoNmWARLcrBri-ryCXfuuO8xuv2MQFG8eNGR2-a3-Bfpd8ILbZfqg4j7NCPUqqUHs0RIVZDXf554INT/s350/rebeli%25C3%25A3o+em+alto+mar+capa+estreita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="247" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRQM0rolHVOF-v8CbhBS9E0FrJuuVujFtVT4tLwM1obvMUoyMAyQGctES4U2dkyHoNmWARLcrBri-ryCXfuuO8xuv2MQFG8eNGR2-a3-Bfpd8ILbZfqg4j7NCPUqqUHs0RIVZDXf554INT/s320/rebeli%25C3%25A3o+em+alto+mar+capa+estreita.jpg" /></a></div><div><br /></div><div><br /></div><div><h4 style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Filmes sobre o Bounty</span></h4></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Até hoje já foram realizados alguns filmes sobre a
revolta do Bounty, os principais foram: <i>O
grande motim</i> (1935), <i>O grande motim</i>
(1962) e <i>Rebelião em alto mar</i> (1984).
O primeiro foi um enorme sucesso e é considerado o melhor, com um forte elenco
encabeçado por Charles Laughton, Franchot Tone e Clark Gable. Gable fez o papel
de Fletcher Cristian, o astro apresenta o personagem de forma viril e heroica,
que lidera o motim com pulso firme e convicção, bem diferente do que faria
Marlon Brando anos depois. Nesse sentido, a versão de Fletcher Cristian
interpretada por Mel Gibson no filme de 1984 está muito mais próxima à versão
de Brando do que de Gable. Tanto no filme de 1962 quanto no de 1984, Fletcher
Cristian se vê em um beco sem saída, tomado pelo desespero e por um sentimento
de revolta, ele toma a posse do navio sem creditá-lo com um ato heroico. Aliás,
a versão de 1984 é amplamente considerada por críticos e especialistas como a
mais fiel aos fatos, pois nesse filme não há heróis ou vilões, mas sim excessos
e exageros de ambos os lados, o capitão Bligh, interpretado por Anthony Hopkins
é mais “humanizado” do que nas versões de Charles Laughton e Trevor Howard. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Dentre as três versões, pode-se dizer com certeza, que a
de 1962 é a que mais se distancia dos fatos reais, basta comparar os finais dos
três filmes, o único em que Fletcher Cristian morre é na versão com Marlon
Brando, ele falece na praia em meio à sua esposa e amigos, uma morte muito
poética com diálogos existencialistas e humanistas, onde ele expõe sua
generosidade, dignidade e amor. Porém ainda assim, a morte retratada no filme é
bem diferente da vida real, a versão oficial conta que Fletcher Christian
morreu assassinato por outros habitantes da ilha em 1793. No filme, Fletcher
morre após tentar recuperar alguns objetos do Bounty, que estava sendo
destruído pelo fogo. Já nas duas outras versões, é o próprio Fletcher Cristian
que ateia fogo no navio. Nunca se soube o verdadeiro destino do amotinado, por
isso ele não é especificado nos filmes de 1935 e de 1984, apenas na versão de
1962.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br /></p><p><b>Texto de Vitor Grané Diniz, página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram)</b></p><p><b>............................................................................................................................................................</b></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-60768383229878486152021-02-19T10:00:00.033-03:002021-02-19T19:13:45.419-03:00007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro<p>Filme de número nove na franquia, de 1974, traz de volta <b>Roger Moore</b> no papel principal e também e a direção continua com <b>Guy Hamilton</b>. O filme é<b> </b><span style="text-align: justify;">baseado no décimo terceiro livro de Ian Fleming, de 1965.</span></p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7aYLhUtuU3FZmBBp7q3s3tzxLIyZ0qwGflfCXMT8Q5VwPdmRskDi5DfxZusd4KdrMhKVsXnvolf4YOIdP-YKAij7cly5JgOErEiIjS_e-R8xHh9kjE1s3cg91wwZIcZQwHJULrL96IaLu/s1440/tmwtgg+capa+estreita.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1440" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7aYLhUtuU3FZmBBp7q3s3tzxLIyZ0qwGflfCXMT8Q5VwPdmRskDi5DfxZusd4KdrMhKVsXnvolf4YOIdP-YKAij7cly5JgOErEiIjS_e-R8xHh9kjE1s3cg91wwZIcZQwHJULrL96IaLu/s320/tmwtgg+capa+estreita.jpg" /></a></div><br /><p><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O contexto é a crise do petróleo, de 1973, quando os membros da OPEP, os países produtores, fiz</span>eram um embargo petrolífero contra alguns países que apoiaram Israel na guerra do Yom Kippur e aumentaram o preço do insumo em quatro vezes.</p><p style="text-align: justify;">O excentrico assassino profissional Francisco Scaramanga, interpretado pelo ator britânico Christopher Lee, cobra um milhão de dólares para realizar seu serviço, e utiliza uma pistola de ouro de 4,2mm com capacidade para um único tiro, montada com três peças: uma caneta, uma cigarreira e um isqueiro.</p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkL5qRyID4zXO6CvX2J2QJ_NVCi0mqeWZ5_pK6U5K9-i_fNrLVln0whF1NnnqkRu6hqaP6yANmPEl1-aEn0DukooIB6KoryZGeQIqwbfp0a4rErmGYib9eP5LNQWkzaClXrzjfHbE5L1Um/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="344" data-original-width="472" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkL5qRyID4zXO6CvX2J2QJ_NVCi0mqeWZ5_pK6U5K9-i_fNrLVln0whF1NnnqkRu6hqaP6yANmPEl1-aEn0DukooIB6KoryZGeQIqwbfp0a4rErmGYib9eP5LNQWkzaClXrzjfHbE5L1Um/" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Christopher Lee como Scaramanga</b></div><br /><p>Filho de pai cubano dono de circo e mãe inglesa encantadora de cobras, Scaramanga nasceu no circo e cresceu nesse universo. Nas primeiras cenas, em sua ilhal particular em território chinês, deixa à mostra a anomalia genética que o destaca ainsa mais, um terceiro mamilo. E na casa da ilha ele utiliza uma sala decorada e adaptada com uma bizarra temática circence para eliminar um comparsa da máf<span style="font-family: inherit;">ia <span style="background-color: white; color: #202122;"><b>Spangled Mob</b> (Diamonds are Forever).</span></span></p><p><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #202122;"><span style="color: black; text-align: justify;">*O ator Christopher Lee era primo de Ian Fleming e tinha sido congitado para fazer o papel de Dr. No, primeiro filme da franquia.</span></span></span></p><p><span style="font-family: inherit;">Seu assistente <b>Nick Nack</b> é interpretado pelo ato<span style="font-family: inherit;">r francês </span><span style="background-color: white; color: #202122;"><span style="font-family: inherit;"><b>Hervé Villechaize</b>, então com 30 anos, que viria a se tornar também muito conhecido pelo personagem Tatoo na série de TV "Ilha da Fantasia" (1977-1984)</span><span style="font-size: 14px;">.</span></span></span></p><p><span style="font-family: inherit;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHrg7cbXMvHSighKA25wXY8MEftfqeb5985x0f1qCod6reom9PhfNV8Bnmyz2ElbxASllntj_NKwE8nFrxWP1PhyI4tYapZZqvDm2O26E05t_e3RxTLbbU2NcWDov-mPs8BbgvJgI1hgv0/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHrg7cbXMvHSighKA25wXY8MEftfqeb5985x0f1qCod6reom9PhfNV8Bnmyz2ElbxASllntj_NKwE8nFrxWP1PhyI4tYapZZqvDm2O26E05t_e3RxTLbbU2NcWDov-mPs8BbgvJgI1hgv0/" width="320" /></a></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIcy1ZUPDvMRLUZuFJO-j-NqOp3XEhyTBWOfVYPIOyp9Cx9GSZLxIVgPixjhnZjJ2L70OMg71uNf2UDKrlTMQg9dAlLy-tssfWy6jMScXuQMUp1tAmllDC1VNhQ0_3BWinLfyGsWEXWz6Q/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="451" data-original-width="338" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIcy1ZUPDvMRLUZuFJO-j-NqOp3XEhyTBWOfVYPIOyp9Cx9GSZLxIVgPixjhnZjJ2L70OMg71uNf2UDKrlTMQg9dAlLy-tssfWy6jMScXuQMUp1tAmllDC1VNhQ0_3BWinLfyGsWEXWz6Q/w240-h320/image.png" width="240" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /><br /></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit;">A ilha que serviu de locação para a casa e o quartel general de </span></span><span style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Scaramanga </span><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">é a Ilha <b>Khao Phing Kan</b>, que fica no sul da Tailândia, mais conhecida hoje em dia como ilha James Bond.</span></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihxwzNlPaUbWIT_hAjPhyphenhyphennNgRhJ5LxOwDUa_2tRtlPmAi0x6YIZzxGdMHLPomD4L-dr4swYPOECjzPOl9luq2n8t5fMx5TjC82cLUNAIrSGxmrM1RBdf0iZK-hS4E6AmXeN4tvTnJObVB8/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="720" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihxwzNlPaUbWIT_hAjPhyphenhyphennNgRhJ5LxOwDUa_2tRtlPmAi0x6YIZzxGdMHLPomD4L-dr4swYPOECjzPOl9luq2n8t5fMx5TjC82cLUNAIrSGxmrM1RBdf0iZK-hS4E6AmXeN4tvTnJObVB8/" width="320" /></a></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcCHbGAwus1xTNDcbirflKpJnoxkKltdU1A8qsJ1IpNwT3qoU3wrzcKEapVZeyWAiIjvW_jJJJz2xzR5i-3qNmMzQTehXzRIl98r-T3vXzw3umX-3-r0QLY3BTwRRwODE19zUymOVXxNmb/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="420" data-original-width="560" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcCHbGAwus1xTNDcbirflKpJnoxkKltdU1A8qsJ1IpNwT3qoU3wrzcKEapVZeyWAiIjvW_jJJJz2xzR5i-3qNmMzQTehXzRIl98r-T3vXzw3umX-3-r0QLY3BTwRRwODE19zUymOVXxNmb/" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;"><br /><p><span style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit;">O filme também traz de volta o impagável personagem <b>Xerife J. W. Pepper,</b> de "Live and Let Die". Ele está com a esposa fazendo turimso em Macau e acaba se envolvendo em uma das perseguições ao lado de James Bond.</span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkvo8MBlHCjWqq78rEvexggEBtQBzJOfeAGbgrk_5JrkMWADmKbGdeFznzp28SgQXG7wxTpHhTO77kz_s0SqMRoIJf1I-o0YopLEXGYq09hVHJPH1G143-u2w-cD9AqouX470tUWP086h7/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="225" data-original-width="400" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkvo8MBlHCjWqq78rEvexggEBtQBzJOfeAGbgrk_5JrkMWADmKbGdeFznzp28SgQXG7wxTpHhTO77kz_s0SqMRoIJf1I-o0YopLEXGYq09hVHJPH1G143-u2w-cD9AqouX470tUWP086h7/" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2AGs3iL19DVg6bCJO4ng_Hx9bFtLtZX-sY0CE3m8H2wciWFJwEpBKy4VOVmwX9qm3XcRkZGhoy7vk-D6VB6FbzrAvgkyhK_VVJ7AqdbTqreRoYfqpGjvmKuL2cNnqBNZwYsHJ2msOV3Bs/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="480" data-original-width="848" height="181" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2AGs3iL19DVg6bCJO4ng_Hx9bFtLtZX-sY0CE3m8H2wciWFJwEpBKy4VOVmwX9qm3XcRkZGhoy7vk-D6VB6FbzrAvgkyhK_VVJ7AqdbTqreRoYfqpGjvmKuL2cNnqBNZwYsHJ2msOV3Bs/" width="320" /></a></div><br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiowsySSmdlHfth-EGP2n-tUnsD7jM9d7JTM8J60QjxmD4QA4xOFAF202rKly38Iyue5OWTwwNrLxkKGWv26v_km174fpbOvPRNOlUDhpxHH2f72mkKsQCGSif9Srkxx4RwwsejsQid_4Ot/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="300" data-original-width="660" height="145" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiowsySSmdlHfth-EGP2n-tUnsD7jM9d7JTM8J60QjxmD4QA4xOFAF202rKly38Iyue5OWTwwNrLxkKGWv26v_km174fpbOvPRNOlUDhpxHH2f72mkKsQCGSif9Srkxx4RwwsejsQid_4Ot/" width="320" /></a></div><br /><br /><p><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">Em uma manobra acrobática com o carro, Bond lembra o lendário piloto Evel Knievel (filme "</span></span><span style="font-family: inherit;">Evel Knievel - Desafio em Duas Rodas").</span></p></span><span style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit;"><p><span style="background-color: white; color: #050505; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></p></span></span><p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgesji0rHVktrSMscbAaHKHZpjU0EfZnFn14JSXWlzFGH68zrLfIRWPO2Fot1Rfd6n5LuQh3-nfNtKpOPYye4aGDvXTC3BA5EpziWrY6A2Gf8yp5cBDiU9nkIrw2ScYM8QEL-ckpj-RsBrw/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="947" data-original-width="696" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgesji0rHVktrSMscbAaHKHZpjU0EfZnFn14JSXWlzFGH68zrLfIRWPO2Fot1Rfd6n5LuQh3-nfNtKpOPYye4aGDvXTC3BA5EpziWrY6A2Gf8yp5cBDiU9nkIrw2ScYM8QEL-ckpj-RsBrw/" width="176" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">O piloto Evel Knievel</div><br /><h3 style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Prólogo</div></h3><p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Scaramanga e sua companheira tomam sol à beira da praia em sua ilha e o seu mordomo e comparsa Nick Nack traz champagne e um petisco que parece ser ostras. Ele esquece de levar a pimenta Tabasco.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Do outro lado da ilha chega então um mafioso da Spangled Mob para pegar a primeira parcela do pagamento de um serviço para o qual será contratado. Mas na verdade ele será uma vítima para que Scaramanga possa treinar suas habilidades de exímio atirador em sua sala dos horrores.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E nessa sala, além de uma decoração circense, estão também diversos aparatos acionados a partir de uma sala de controle comandada por Nick Nack, com jogos de luzes e espelhos, além de bonecos de cera de personagens como o mafioso Al Capone e seus capangas e também James Bond.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesse treinamento, Nick Nack é quem estipula os desafios, e seu objetivo é fazer com que Scaramanga também seja morto para ficar com a herança. Aparentemente esse é um acordo entre os dois.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLzywlDtq238DVj6gHTAghHsbkIcPv5aZYvLAogyd0-1k0lOOwimzcsVLF8VsljJ6R8uGWTMpklgyihC1HlEDtjMlxb5xSm_wO4JS0CYSS6SiZQKcXThkUo3b_ieoam-wS538uT_PN08iX/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="552" data-original-width="1025" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLzywlDtq238DVj6gHTAghHsbkIcPv5aZYvLAogyd0-1k0lOOwimzcsVLF8VsljJ6R8uGWTMpklgyihC1HlEDtjMlxb5xSm_wO4JS0CYSS6SiZQKcXThkUo3b_ieoam-wS538uT_PN08iX/" width="320" /></a></div><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;">Primeira parte</h3><div style="text-align: justify;">No escritório de M em Londres, James Bond é questionado sobre o nome Scaramanga e ele dá então a ficha completa do bandido: o homem da pistola de ouro, filho de pai cubano dono de circo e mãe inglesa encantadora de cobras, foi mágico até os 10 anos de idade e pistoleiro no Rio de Janeiro aos 15 anos. Recrutado pela KGB na Europa, onde se tornou um assassino mal pago. Depois tornou-se independente e cobra 1 milhão de dólares por serviço. E ninguém tem uma foto dele.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"M" mostra a Bond uma bala de ouro com seu número, 007, entalhado, juntamente com um bilhete, levando o MI6 a pensar que James Bond é a próxima vítima. E para preservar Bond, "M" libera o agente de sua atual missão, que está associada à crise energética pela qual o mundo está passando naquele momento, e uma nova tecnologia envolvendo energia solar. Sua missão é encontrar um tal Gibson e uma célula solar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas Bond conclui que precisa encontrar Scaramanga primeiro, antes que ele o encontre. Ele se lembra que o agente 002, Bill Fairbanks, foi assassinado também com uma bala de ouro,em Beirute em 1969, num cabaré com uma dançarina chamada Saida, e Bond começa por aí a sua investigação.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ457aSMozsH1HWBT8WJ12WF2StF3Ve3C2du5Wuvv2oZP3Hlru_OopzndHu52SjJhCyjJ8kLtdmCxrp6pltQtOTvdO-vWtyfYSlbyvzDri4ZxJZnGKO_AEwKeT4uK0VJID-LtY-useELnT/s331/saida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="331" data-original-width="322" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ457aSMozsH1HWBT8WJ12WF2StF3Ve3C2du5Wuvv2oZP3Hlru_OopzndHu52SjJhCyjJ8kLtdmCxrp6pltQtOTvdO-vWtyfYSlbyvzDri4ZxJZnGKO_AEwKeT4uK0VJID-LtY-useELnT/s320/saida.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Atriz inglesa Carmem du Satoy como Saida</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">0:15:00</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em Beirute Bond vai à procura de Saida, que usa a bala de ouro como adorno em seu umbigo durante uma apresentação de dança do ventre. Mas sua presença chama a atenção dos mafiosos locais e numa luta com esses capangas Bond acaba engolindo a bala sem querer.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">0:19:58</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De volta a Londres, no laboratório de "Q", especialistas analisam a bala e concluem, pelas suas características, que ela tenha sido produzida por um artesão português chamado Lazar, que mora em Macau.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">* Macau era uma colônia portuguesa na China até 1974. Nesse ano, após a Revolução dos Cravos em Portugal, e início da liberação das colônias portuguesas ao redor do mundo, Macau passou a ser um território chinês com administração portuguesa e em 1999 foi transferida definitivamente para a China.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">0:21:30</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em Macau Bond se encontra com Lazar, e o pressiona para tirar dele as informações sobre a última remessa de balas de ouro. Ele cede e diz que a próxima entrega será feita como de costume, no cassino da cidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No cassino, Bond vigia a mulher que coleta as balas, a companheira de Scaramanga. Ele a segue no barco que faz o tranporte até Hong Kong, e o piloto do barco mostra aos passageiros os restos do famoso navio inglês Queen Elizabeth, que encalhou na China em 1971.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">* O navio Queen Elizabeth, depois de ter seu uso oficial "aposentado", passou por diversas vendas até ser comprado por um empresário chinês que pretendia fazer dele uma universidade flutuante. Mas durante as reformas ele pegou fogo e virou na baia chinesa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7JDpiZYZnB3bYxGulie35pbOgyHU07PcsiPg6xCLUhaOCZB_V7xrlRvjE3TVIC6zPSDBom638nudRe4br1Dy0IusyitouJ199nM3TlFYvhfzqxCvKbl2qXgxIQi5kO-GLUFAsa-RU8ZQM/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="788" data-original-width="1050" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7JDpiZYZnB3bYxGulie35pbOgyHU07PcsiPg6xCLUhaOCZB_V7xrlRvjE3TVIC6zPSDBom638nudRe4br1Dy0IusyitouJ199nM3TlFYvhfzqxCvKbl2qXgxIQi5kO-GLUFAsa-RU8ZQM/" width="320" /></a></div><br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8fw58fvQ1kyj47Ajs7PSQiRsnpxt8HOeF5YkQ9sbs-FDd8vs87IR0NkvSEKKiqj2gPh8cgoTrnp5BhJ8AGuwXMOmur7cVLDDHYAmSPyUqfRIblwNvm_n4pFzeBQJXJy_CFqw43PvX5x4t/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="171" data-original-width="320" height="171" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8fw58fvQ1kyj47Ajs7PSQiRsnpxt8HOeF5YkQ9sbs-FDd8vs87IR0NkvSEKKiqj2gPh8cgoTrnp5BhJ8AGuwXMOmur7cVLDDHYAmSPyUqfRIblwNvm_n4pFzeBQJXJy_CFqw43PvX5x4t/" width="320" /></a></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /></div>0:27.00<div><br /></div><div>Em Hong Kong Bond se encontra com outra agente de campo do MI6, a Mary Goodnight, que também sera a principal Bond Girl do filme. Eles vão até o hotel The Peninsula, Andrea Anders, amante de Sacaramanga está hospedada.</div><div><br /><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3q6tDqYiKvlj0Y9Sw_NC109f8eBkgzq2Lwpgkz74O0sCGGRqJnU1mpLFS_k3kn3sc_WlegC0CmMhGSdjIegTsGTPe_GDuxWK4K_qN6JKWcIAW9-aTf5GWLkrWrakagTW4FpbRVKVb6R7o/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="478" data-original-width="852" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3q6tDqYiKvlj0Y9Sw_NC109f8eBkgzq2Lwpgkz74O0sCGGRqJnU1mpLFS_k3kn3sc_WlegC0CmMhGSdjIegTsGTPe_GDuxWK4K_qN6JKWcIAW9-aTf5GWLkrWrakagTW4FpbRVKVb6R7o/" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>A atriz sueca Britt Ekland como Goodnigth</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfsLqmmH-IldfyF6YafiLu6kGoQVa81YmSyMGFJK_WOszLwysI29_hzN6wIALXwz5H7af3ii_PQx63B7SQeRatLalnM55zXn4h291EMww68L6iNNACivEkQQ9gQTSXB6294o10XPXDTVth/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="420" data-original-width="630" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfsLqmmH-IldfyF6YafiLu6kGoQVa81YmSyMGFJK_WOszLwysI29_hzN6wIALXwz5H7af3ii_PQx63B7SQeRatLalnM55zXn4h291EMww68L6iNNACivEkQQ9gQTSXB6294o10XPXDTVth/" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Hotel Península em Hong Kong</b></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;">No quarto do hotel Bond pressiona Andrea para que ela dê mais informações sobre Scaramanga e ela acaba contando que vive com ele mas que ele só a procura antes de realizar alguma missão, ou seja, antes de um trabalho como assassino.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj44y8FVcb5GRdp9rhyG04SNmYG-IJATK6ojd_9cL2KCnwOuSAUQnAtvY1fmGHix8PmYXRJCk1Uswq7_I0PgZBnErZG-ltt3lqU2XLXkzhjkxq5osHGGmMKy0zX0qW6I6fdyZVPGxhLdsKE/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="702" data-original-width="645" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj44y8FVcb5GRdp9rhyG04SNmYG-IJATK6ojd_9cL2KCnwOuSAUQnAtvY1fmGHix8PmYXRJCk1Uswq7_I0PgZBnErZG-ltt3lqU2XLXkzhjkxq5osHGGmMKy0zX0qW6I6fdyZVPGxhLdsKE/" width="221" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>A atriz sueca Maud Adams</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b> como Andrea Anders</b></div></div><div style="text-align: center;"><br /><div style="text-align: justify;">Ela revela também que naquela noite Scaramanga estará num lugar chamado Bottoms Up Club, e que eles usa sempre um terno branco de linho, uma gravata preta e acessórios de ouro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">0:33:00</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">À noite, Bond observa o movimento do bar do lado de fora, numa zona do "baixo meretrício". Em frente ao estabelecimento, por traz do luminoso de um outro local chamado Golden Dragon, Scaramanga está à espreita. Mas seu alvo não é Bond, e sim o cientista Gibson, especialista em energia solar, que estava no bar juntamente com um agente chines do MI6, o tenente Hip, que estava trabalhando na investigação à procura de um aparato chamado Solex, que é roubado por Nick Nack no meio do tumulto, e vai até o barco de Scaramanga, uma embarcação chinesa do tipo "junco", que também serve de residência móvel para o assassino.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-ImaQNZ4LlsMLcZZJQs7tdYx9ihH1zgxgxVxNxdkqW-HJnEqmuZJmDM19fQeZsETxWUw1blot3lOPQq70-Qa2lO-NPMTo4L58H4HZOulkifxmYLC2G3bHhonkrHp-XPuEC6b8IDtFr8UM/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="315" data-original-width="512" height="197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-ImaQNZ4LlsMLcZZJQs7tdYx9ihH1zgxgxVxNxdkqW-HJnEqmuZJmDM19fQeZsETxWUw1blot3lOPQq70-Qa2lO-NPMTo4L58H4HZOulkifxmYLC2G3bHhonkrHp-XPuEC6b8IDtFr8UM/" width="320" /></a></div><br /><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Hip não se identifica de imediato para Bond e o leva escoltado até o navio Queen Elizabeth, fingindo ser da polícial local. A bordo do navio Bond vem a saber que ele foi adaptado para servir de quartel general para o MI6 e que "M" está lá à sua espera, juntamente com "Q' e o Professor Frasier.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">*O cenário do interior do navio é muito interessante, pois como a embarcação está tombada, o ambientes estão todos inclinados, rotacionados em um ângulo de 45 graus.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No navio "M" menciona o nome do filme <b>"O Mundo de Suzie Wong"</b>, de 1960. Ele diz a Bond que no futuro, da proxima vez que ele quiser visitar "O Mundo de Suzie Wong" à noite, que ele avise antes o agente Hip.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0_GTug_dxEOk86xePvTELcdmg9CZLQZfcOZgV8CDaVcqLAgLuPR5d4o_IYwAk3Kj6W5HlPm3mpaiHwwFOxyt2szNkPgsR5cusfg7avufzkZl7Uz7mIP1QfMYHX7VbId-FDf6DTc9Y5fJY/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1034" data-original-width="620" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0_GTug_dxEOk86xePvTELcdmg9CZLQZfcOZgV8CDaVcqLAgLuPR5d4o_IYwAk3Kj6W5HlPm3mpaiHwwFOxyt2szNkPgsR5cusfg7avufzkZl7Uz7mIP1QfMYHX7VbId-FDf6DTc9Y5fJY/" width="144" /></a></div><br /><br /></div><div style="text-align: justify;">Em suas investigações, Hip descobre que Gibson estava tentando obter imunidade trabalhando para um empresário de Bangkok, na Tailândia, o multimilionário <b>Hai Fat</b>. Em troca da imunidade ele iria oferecer a tecnologia solex, que poderia ajudar a resolver a crise energética, já que o carvão e o petróleo são finitos e escassos, o urânio é muito perigoso e as usinas geotérmica é muito cara. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Juntos, Hai Fat, Scaramanga e Gibson, tinham construído uma usina para geração de energia solar em grande escala, e o "agitador solex" seria uma peça fundamental para o funcionamento dessa usina. Ele faz a conversão da radiação solar em eletricidade industrial.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas Bond ainda não sabe disso e acredita que Hai Fat tenha contratado Scaramanga para matar Gibson, mas que não o conheça pessoalemente. Então ele decide ir a Bangcoc e se fazer passar pelo assassino. Pede até para que "Q" providencie para ele um terceiro mamilo falso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;">Segunda Parte</h3><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">0:44:15</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Bond vai a Bangkoc e finge ser Scaramanga quando invande a residência de Hai Fat. O empresário finge que acredita em seu disfarce e o convida para jantar, o que na verdade é uma armadilha, pois o verdadeiro Scaramanga já está na casa do milionário.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Chegando para o jantar, Bond é então atacado pelos capangas de Hai Fat, que o levam para uma escola de artes marciais do empresário, para lutar com os melhores alunos da escola.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Depois de vencer a maioria dos rivais a arrumar a maior confusão, Bond escapa com a ajuda de Hit que chega com suas duas sobrinhas adolescentes, exímias lutadoras de Karatê.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Durante a fuga, Bond usa um barco a motor e sai pelos canais turísticos de Bangkok, os khongs que fazem a cidade ser conhecida como a "Veneza do oriente". E é justamente nesse local que encontramos nosso impagável xerife J. W. Pepper, passando férias com a esposa. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao saber da fuga de James Bond, Hai Fat decide fugir do país temendo que o serviço secreto britânico o encontre. Ele entrega o agitador solex para Scaramanga, mas acaba sendo traído pelo sócio e levando um tiro da arma de ouro. Scaramanga assume então o controle total da usina de energia solar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">1:05:00</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De volta ao hotel, Bond tem um pequeno flerte com Goodnight, primeiro no restaurante e depois em seu quarto. até que Andrea vai també até o quarto para ter uma conversa com ele, contando que odeia seu parceiro Scaramanga, e que foi ela quem mandou a bala com o número 007 entalhado, pois somente ele poderia matá-lo. Em troca, Bond pede que ela lhe entregue o agitador solex.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ela volta para o barco de Scaramanga depois de combinar com Bond um encontro em um torneio de luta para entregar o dispositivo, mas ele já a encontra morta. Scaramanga chega e tem uma conversa com Bond, que vê o aparelho no chão, consegue pegá-lo e entregá-lo a Hip, que o entrega a Goodnight.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Só que Goodnight vai colocar um transmissor no porta-malas do carro de Scaramanga, ele a vê e a empurra para dentro do carro. Começa então uma perseguição de carro e novamente entra em cena o xerife J. W. Pepper, que acaba inclusive participando da alucinante perseguição de carro que atingirá o ápice com a manobra a la Evel Knievel.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Até que Scaramanga entra com seu carro em um galpão e rapidamente o transforma numa máquina voadora. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqt7PXIfGwqInIC381ptjPKGIRTbkBxONcJR9VRuFmE8PwdgghDpLEKOBkIFxskE764h1X8tAFGU6lrGwYXAYqoqMp5lLEHdPv3aVCXmjKZajaJsenH67hdEoVhlUPmuCTtEn7cIdG5U6k/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="406" data-original-width="725" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqt7PXIfGwqInIC381ptjPKGIRTbkBxONcJR9VRuFmE8PwdgghDpLEKOBkIFxskE764h1X8tAFGU6lrGwYXAYqoqMp5lLEHdPv3aVCXmjKZajaJsenH67hdEoVhlUPmuCTtEn7cIdG5U6k/" width="320" /></a></div><br /><br /></div><div style="text-align: justify;">1:30:00</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em Hong Kong, Bond e Hit prestam contas a "M" que fica enfurecido com a péssima condução da operação. Mas os britânicos conseguem rastrear o sinal do dispositivo de Goodnight e descobrem que ela está num conjunto de ilhas no interior da China comunista. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Bond se oferece para ir até lá pessoalmente, sobrevoando com um vôo baixo, de maneira a não ser visto pelos radares chineses. Ao se aproximar da ilha ele é detectado pelos soldados chineses que avisam Scaramanga. Esse fala para que eles deixem o avião se aproximar pois trata-se de um hóspede que está esperando.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;">Conclusão</h3><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">1:35:00</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao pousar na ilha é recepcionado com champagne por Nick Nack. Scaramanga também faz uma recepção calorosa e pede que Nick Nack prepare o almoço, contando a Bond que seu assistente é um chefe de cozinha formado na escola francesa Le Cordon Bleau.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Scaramanga mostra a Bond a impressionante usina de geração de energia solar e diz que essa tecnologia estará diponível a nação que pagar mais. Bond diz que os sheiks árabes pagariam para ele não vender. Ele mostra que a instalação não apenas gera energia mas também é uma poderosa arma e ele demonstra isso colocando fogo no avião de Bond.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Durante o almoço, na companhia também de Goodnight, começa uma animosidade entre Bond e Scaramanga e esse propõe um duelo. Mas Scaramanga não cumpre as regras do embate e o confronto acaba transferido para a sala dos horrores de Scaramanga. Os dois se enfrentam até que Bond, depois de muita tensão, elimina de vez seu inimigo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao fugir do vigia que a mantinha prisioneira, Goodnight o empurra para dentro dos tambores cheios de líquidos, dando início a uma pane na usina e dando muito trabalho para Bond eliminar o risco de explosão e ainda recuperar o agitador solex. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">1:58:00 </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Bond e Goodnigth fogem da ilha no barco de Scaramanga, mas ainda há um último confronto final com Nick Nack, que acaba sendo preso no mastro do barco enquanto o casa curte a viagem para Hong Kong.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div></div>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-86652800644522623162021-02-18T15:51:00.002-03:002021-02-18T15:52:29.031-03:00A Vida é Bela<div style="text-align: justify;">Vencedor de três Oscars, essa belíssima obra de 1997, do diretor italiano <b>Roberto Benigni</b>, ambientado no período da segunda guerra mundial, é um exemplo bem sucedido do desafio de atuar e dirigir ao mesmo tempo, como muito bem comentado no texto abaixo, de <b>Vitor Grané Diniz</b>, da página "Noites de Cimena" (Facebook e Instagram). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOFnvvxuI7pO6IBYqme-p1OWChPhG27e1aYT-KOEUsC_XyLV1v_IiJbMkAuW5-tsSz7ByQEchalfNtf0U46AnsLtINug5oFz2uhQZh1X6ZzEgOuiApzy-Cx5OA3ratrHG2yAGN8FLC9J5e/s560/A+vida+%25C3%25A9+bela+capa+estreita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="560" data-original-width="396" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOFnvvxuI7pO6IBYqme-p1OWChPhG27e1aYT-KOEUsC_XyLV1v_IiJbMkAuW5-tsSz7ByQEchalfNtf0U46AnsLtINug5oFz2uhQZh1X6ZzEgOuiApzy-Cx5OA3ratrHG2yAGN8FLC9J5e/s320/A+vida+%25C3%25A9+bela+capa+estreita.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Atuar e dirigir</span></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Na história do cinema, durante muito tempo, o diretor não
passava de um membro anônimo da equipe, geralmente subordinado ao produtor. O
grande público lotava as salas cinemas pela temática do filme ou para ver os
grandes astros, mas não pelo diretor. Porém essa cultura mudou em meados dos
anos 50, quando a revista francesa <i>Cahiers
du cinéma</i> apresentou a chamada “teoria do auteur” defendida por Françoise
Truffaut, que pregava que, apesar do trabalho coletivo, o principal responsável
pela obra era sempre o diretor; a teoria foi difundida nos Estados Unidos pelo
crítico Andrew Sarris e influenciou a visão do grande público em relação à essa
função, o diretor passou a ser então o “progenitor” da obra. Por conta disso,
hoje é impossível desvincular o nome de determinadas obras de seus diretores,
por exemplo: <i>Titanic</i> é “um filme de
James Cameron”, <i>Fale com ela</i> é “um
filme de Pedro Almodovar”, <i>Cidadão Kane</i>
é “um filme de Orson Welles”, <i>Touro
indomável</i> é “um filme de Martin Scorsese”, <i>Psicose</i> é “um filme de Alfred Hitchcock”, <i>Farrapo humano</i> é “um filme de Billy Wilder”, <i>Laranja mecânica</i> é “um filme de Stanley Kubrick” e <i>Os imperdoáveis</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">A prática de dirigir e atuar no mesmo filme existe desde
os primórdios do cinema, é quando o diretor resolve atuar em seus próprios trabalhos,
assumindo assim uma dupla função. Isso existe desde a época de Georges Mélìes,
no final do século XIX. Méliès dirigiu, atuou, escreveu e produziu centenas de
produções curtas. Ainda na era cinema mudo, grandes astros como Buster Keaton,
Erich Von Stroheim e o sueco Victor Sjöström assumiram alguns de seus trabalhos
tanto à frente quanto atrás das câmeras. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">O astro maior da comédia dos anos 10, 20 e 30, Charles
Chaplin criou o seu famoso personagem, o vagabundo e dirigiu e atuou em dezenas
de filmes, além de produzir, roteirizar e compor as trilhas sonoras sem nunca
perder a mão. Mas mesmo após Chaplin abandonar seu famoso personagem, ele ainda
teve fôlego para continuar dirigindo e atuando em alguns de seus projetos da
fase falada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Nos anos 40, novos cineastas e atores se aventurariam em
dirigir e atuar em seus filmes, Orson Welles se eternizou como o diretor e
protagonista de <i>Cidadão Kane </i>(1941), Laurence Olivier dirigiu a si
mesmo em algumas ocasiões, principalmente nas versões cinematográficas adaptadas
da obra de Shakespeare, como <i>Henrique V </i>(1944),<i> Hamlet </i>(1948) e <i>Ricardo III </i>(1955); Gene Kelly se tornou famoso por estrelar e co-dirigir
alguns de seus musicais mais famosos, principalmente <i>Um dia em Nova York </i>(1949)
e <i>Cantando na chuva</i> (1952); Jerry
Lewis, talvez se inspirando em Chaplin e Buster Keaton, também dirigiu e atuou
em várias de suas grandes comédias como <i>O
mensageiro trapalhão </i>(1960),
<i>O terror das mulheres</i> (1961) e <i>O professor aloprado </i>(1963).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Entre os anos 70 e 2000, surge uma leva de grandes atores
e diretores, e logo, o movimento de dirigir e atuar retorna com força. Tanto
que alguns dos filmes mais bem-sucedidos e premiados variam dessa época. Vale
destacar <i>Sem destino</i> (estrelado e
dirigido por Dennis Hopper); <i>Noivo
neurótico, noiva nervosa</i> (estrelado e dirigido por Woody Allen); <i>Coração valente</i> (estrelado e dirigido
por Mel Gibson); <i>Os imperdoáveis</i> e <i>Menina de ouro</i> (ambos estrelados e
dirigidos por Clint Eastwood) e <i>A vida é
bela</i> (estrelado e dirigido por Roberto Benigni). Aliás, Roberto Benigni e
Laurence Olivier são os dois únicos atores que já venceram o Oscar na categoria
de Melhor Ator atuando sob a direção de si próprio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Cineastas reconhecidos como Quentin Tarantino e Spike Lee
ainda hoje mantém o hábito de reservarem a si próprios alguns pequenos papéis
em seus filmes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Outros grandes atores reconhecidos já se arriscaram na
direção e na atuação simultânea, como por exemplo Jack Nicholson, Robert DeNiro
e Anthony Hopkins. O que leva um ator profissional a abrir uma exceção em sua
carreira e se aventurar como diretor é o fato de que, em suas experiências
anteriores, ele ter sido dirigido por outros diretores e, a certa altura, ter
tido a vontade de fazer o filme em questão à sua maneira, discordando das
técnicas dos diretores com os quais trabalhou, por isso ele decide fazer o
“seu” filme ao “seu” estilo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Analisando friamente esta questão, geralmente quando um
ator tenta assumir a função de diretor, mesmo que por um filme, este filme
tende a não ser uma obra-prima. Tomemos como exemplo o ator Robert DeNiro, que
já entregou belíssimas atuações sob a direção de nomes como Martin Scorsese,
Francis Ford Coppola, Michael Cimino, Penny Marshall e David O. Russell, porém
quando ele mesmo se dirigiu, em duas ocasiões, o resultado não foi tão
satisfatório. <o:p></o:p></span></p><div style="text-align: justify;"><br /></div>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-84594730087422871362021-02-11T18:42:00.002-03:002021-02-11T18:42:27.831-03:00Os Três Mosqueteiros<p style="text-align: justify;">Filme de 1948, do diretor <b>George Sidney</b>, ambientado na corte francesa do século XVII, é trazido aqui como um exemplo da modalidade de contratação de atores que ficou conhecida como <b>Star System,</b> e que vigorou por um período da primeira metade de século XX, nos estúdios de Hollywood.</p><p style="text-align: justify;">O formato alçava a imagem do artista ao estrelato, mas também o aprisionava de certa forma tanto legamente como também dentro de um comportamento estabelecido artificialmente para aquela "persona" que ele incorporava.</p><p style="text-align: justify;">Essa fase da história do cinema está contada no texto abaixo, de autoria de <b>Vitor Grané Diniz</b>, da página <b>"Noites de Cinema"</b> (Facebook e Instagram).</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhytev14ACDkPfive9Ho57Vbf0Y85_whY0dsq8AxluShniCAYY6vF0pOYoFOlSuGlCYrV29kbDOhs74lJmQsH09AzYGask2oEp1w8aDcLaZrCgVTgSjN4MK97jOfCX66_NeesV80wGPGbMw/s266/os+tr%25C3%25AAs+mosqueteiro+capa+estreita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="266" data-original-width="190" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhytev14ACDkPfive9Ho57Vbf0Y85_whY0dsq8AxluShniCAYY6vF0pOYoFOlSuGlCYrV29kbDOhs74lJmQsH09AzYGask2oEp1w8aDcLaZrCgVTgSjN4MK97jOfCX66_NeesV80wGPGbMw/s0/os+tr%25C3%25AAs+mosqueteiro+capa+estreita.jpg" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Em meados do século 20, Hollywood passava por um momento
em que os grandes estúdios como a Fox, Warner, MGM, Paramount, Universal,
Columbia e RKO haviam desenvolvido e aperfeiçoado um mecanismo quase infalível
para produzir e controlar o que o público americano consumia. Esse fenômeno
ficou conhecido como “sistema de estúdio”. Inclusive, vários destes estúdios
mencionados tinham suas próprias redes de cinema. Parecia um excelente negócio
para qualquer ator estar amparado por um longo e duradouro contrato, o que
significava estabilidade e pagamento por todo o tempo de contrato. Porém os
contratos também davam aos estúdios total domínio sobre as imagens públicas dos
artistas, isso quer dizer que eles tinham o poder de definir as pautas de suas
entrevistas, as poses de suas fotografias e os dias e horários de suas
aparições e declarações públicas. “Durante a vigência do contrato, os artistas
não tinham direito a aumento de salário, mesmo que se tornassem mais populares
com o público ou obtivessem mais destaques na mídia do entretenimento”, explica
o autor Edward Jay Epstein no livro <i>O grande filme: dinheiro e poder em
Hollywood</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Os contratos com duração de sete anos eram padrões em
Hollywood na época. Em 1947, quase quinhentos atores e atrizes, dentre eles
Bing Crosby, Bob Hope, Betty Gable, Gary Cooper, Ingrid Bergman, Humphrey
Bogart, Clark Gable, John Wayne, Alan Ladd, Gregory Peck, James Stewart e até
mesmo o diretor Alfred Hitchcock estavam presos a esse tipo de contrato temporário.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Há uma boa explicação para esse tipo de acordo em
específico: em 1931, o Código Civil original da Califórnia previa que um
contrato artístico deveria durar ao máximo sete anos. E assim foi feito,
Durante os anos 30 a atriz Olivia de Havilland, famosa por seus papéis em ...<i style="mso-bidi-font-style: normal;">E o vento levou</i> (1939), <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Só resta uma lágrima</i> (1946) e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Tarde demais</i> (1949) assinou um contrato
padrão com a Warner Brothers, porém em alguns momentos Havilland recusou alguns
papéis que ela considerava inferiores; como forma de puni-la, o estúdio a
suspendeu durante alguns meses. O contrato venceu em 1943, porém a Warner não
queria liberá-la alegando que a atriz não havia cumprido integralmente os sete
anos de contrato, em outras palavras, ela não havia sido produtiva durante os
sete anos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Olivia de Havilland discordou, e o caso foi parar nos
tribunais. Em uma decisão histórica, a atriz ganhou o processo e foi liberada,
a partir daí o contrato de sete anos deveria ter a duração literal de sete
anos, não importando se o contratado prestou serviço durante todo o período. Ou
seja, o máximo que um artista podia ficar sob contrato de um estúdio era pelo
período de sete anos, e não mais, a partir desse ocorrido surgem os contratos
padrões que previa o período de sete anos como o máximo de tempo que um estúdio
poderia segurar um artista contratado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">No entanto contratos desta natureza tendiam a impedir os
atores de trabalhar em outros lugares, tornando-os praticamente propriedade do
estúdio e não tendo a liberdade de recusar um papel sob pena de serem suspensos
sem remuneração, exatamente como fez a MGM com a atriz Lana Turner, que foi
forçada a aceitar um papel em <i>Os três mosqueteiros</i> (1948).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">A canadense Florence Lawrence (1886-1938) foi a primeira
atriz a reivindicar o título de estrela do cinema, sendo sucedida por Theda
Bara, Mary Pickford, Max Aronson, Rodolfo Valentino, Douglas Fairbanks nos anos
10/20; na década 30, o cenário foi dominado por Fred Astaire, Ginger Rogers,
Joan Crawford, Spencer Tracy, Clark Gable, Katherine Hepburn, Cary Grant, Errol
Flynn, William Powell e Myrna Loy; nos anos 40 por Gary Cooper, Rita Hayworth,
Humphrey Bogart, Lauren Bacall, dentre outros. Esses foram os artistas que se
valeram do título de “astros e estrelas” do cinema até o advento dos anos 50 e
das novas gerações. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Àquela altura, Hollywood vivia uma época de grandes
astros e estrelas, esse era o chamado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">star
system</i>, o público lotava os cinemas para verem seus ídolos. Alguns atores e
atrizes da época como Marlon Brando, Cary Grant, Elizabeth Taylor, Paul Newman,
John Wayne, Bette Davis, Marilyn Monroe, Gregory Peck, Audrey Hepburn, Rita
Hayworth, Kirk Douglas e Grace Kelly eram capazes de levar multidões às salas
de cinema e causar muito rebuliço com suas presenças em eventos e estreias.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Era comum na época [e também na atualidade] novas
estrelas adotarem nomes artísticos mais populares e rentáveis que seus próprios
nomes, por exemplo: Roy Scherer tornou-se Rock Hudson; Issur Danielovitch
tornou-se Kirk Douglas; Archibald Alexander Leach tornou-se Cary Grant; Frances
Ethel Gumm tornou-se Judy Garland; Annie Bridgwood tornou-se Theda Bara; Julius
Ulman tornou-se Douglas Fairbanks; Emmanuel Goldenberg abriu mão de seu nome
judeu e tornou-se Edward G. Robinson; Marie Magdalena Von Losch adotou um
pseudônimo muito mais comerciável, o de Marlene Dietrich; Marion Morrison – um
primeiro nome geralmente utilizado em mulheres – tornou-se John Wayne;
Margarita Carmen Cansino trocou seu nome latino pelo o de uma estrela, Rita
Hayworth; e Norma Jean adotou o glamouroso pseudônimo de Marilyn Monroe.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><br /></span></p><p><b>Texto de Vitor Grané Diniz da página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram)</b></p><b>...................................................................................................................................................</b><p></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-42344475872929296652021-02-08T11:19:00.004-03:002021-02-08T11:25:50.005-03:00O Triunfo da Vontade<div style="text-align: justify;">Documentário de propaganda nazista de 1935, dirigido <span style="font-family: inherit;">pela cineasta alemã <b>Leni Riefenstahl</b>, traz esse triste período da história recente que, por mais doloroso e devastador que seja, precisa ser sempre lembrado com total consciência das consequências, para que não volte a acontecer jamais. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">E ele ilustra muito bem o texto abaixo, sobre o nazismo no cinema, do nosso colaborador <b>Vitor Grané Diniz</b>, da página <b>"Noites de Cinema"</b> (Facebook e Instagram).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5qJerLFj5oRskLyptUgkSJrcFDFYCxC1VmYh16hUz8KD0nYMCo42CLwYYxwnwN3mz7G4T8F2aNYF2udOccwVlxlRKrHU9wLV576eB3Gvf3AiZO12TFnYH6uqktwR45R5nj_43Xeq8n6TT/s288/O+triunfo+da+vontade+capa+estreita.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="288" data-original-width="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5qJerLFj5oRskLyptUgkSJrcFDFYCxC1VmYh16hUz8KD0nYMCo42CLwYYxwnwN3mz7G4T8F2aNYF2udOccwVlxlRKrHU9wLV576eB3Gvf3AiZO12TFnYH6uqktwR45R5nj_43Xeq8n6TT/s0/O+triunfo+da+vontade+capa+estreita.jpg" /></a></div><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;"><span> </span><span> </span><span> </span>Após o
fim da Segunda Guerra Mundial, Hollywood estabelecera um padrão para
caracterizar nazistas no cinema, eram sempre figuras maníacas, maldosas e
cruéis.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;">Nos anos 50, a segunda guerra mundial ainda era um
acontecimento relativamente recente, portanto o contexto era muito
desfavorável, e o assunto, delicadíssimo. Nos anos 30 tanto Adolf Hitler quando
Josef Stalin enxergavam no cinema uma forma de propaganda, a Alemanha, por
exemplo, tinha sua cineasta oficial, Leni Riefenstahl, que dirigiu obras de
exaltação nazista como <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O triunfo da
vontade</i> (1935) e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Olympia</i> (1938).
Hoje essas obras são importantes fontes de estudo e análise sobre o contexto
social e político da época, mas em plenos anos 50, retratar um nazista de forma
gentil remetia aos filmes-propaganda de Leni Riefenstahl. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-themecolor: text1;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tomemos também como exemplo um filme
realizado em pleno século XXI, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A </i><span style="mso-bidi-font-style: italic;">queda</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">! as últimas horas de Hitler</i>, esse (excelente) filme sobre o final
do terceiro reich foi duramente criticado ao ser lançado em 2004. O motivo?
Retratava um Hitler mais “humanizado”, capaz de ser educado, gentil e até ter
apreço pelas pessoas. Se ainda nesse século retratar um nazista dessa maneira
foi motivo de polêmica, é de se imaginar como o público e a crítica reagiria no
período pós Segunda Guerra.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><b>Texto de Vitor Grané Diniz, da página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram)</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><b>............................................................................................................................................................</b></span></p><span style="font-family: inherit;"></span></div>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-75308155077675083392021-02-07T16:56:00.018-03:002021-02-11T17:50:17.179-03:00Who Are You, Madame Blavastky?<p>Documentário de 1991, de <b>Karine Dilanyan</b>, fala sobre a vida da misteriosa mística russa <b>Helena Blavatsky</b>, co-fundadora da <b>Sociedade Teosófica</b>.</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3_qp5ffwUHg3-vFsC22xcWnVASO53LZ2SaoozSh6XRTVIUNM_8rzQc1Un8TiOEf07alUbN38z-Cdn7j6dqC92ad6LVvQfShCbFGFmToMphZeXxph7CusgNJ6qVWJOkK-_eJrhzWMpYRPo/s480/who+are+you+capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3_qp5ffwUHg3-vFsC22xcWnVASO53LZ2SaoozSh6XRTVIUNM_8rzQc1Un8TiOEf07alUbN38z-Cdn7j6dqC92ad6LVvQfShCbFGFmToMphZeXxph7CusgNJ6qVWJOkK-_eJrhzWMpYRPo/s320/who+are+you+capa.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p style="text-align: justify;">Helena Petrovna Blavatsky, nasceu em 12 de agosto de 1831, na cidade de Ykaterinoslav onde hoje é a Ucrânica, mas que na época fazia parte de Império Russo. Nasceu em casa, numa noite de muita tempestade, durante uma epidemia de cólera. Seu nome original era Yelena Petrovna von Hahn, era de origem nobre por parte de mãe, filha de um soldado de origem germânica. Tinha uma irmã mais nova chamada Vera. Durante a infância, mudou-se de cidade várias vezes com a família.</p><p style="text-align: justify;">Desde criança sente o chamado de uma voz interior, que a conduz para o seu destino, para um horizonte misterioso, de forma transcendental, para uma promessa de conhecimento secreto. </p><p style="text-align: justify;">Ela sentia que não pertencia a si mesma e que seu comportamento poderia às vezes parecer irracional ou até mesmo hilário para os outros.</p><p style="text-align: justify;">Aos 17 anos ela se casa com <span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;">Nikifor Vladimirovich Blavatsky,</span> um</span> homem mais velho, na casa dos 40 anos, vice-governador de uma província russa. Um ano depois ela deixa o marido, realizando pequenas viagens que dão início a nove anos de andanças ao redor do mundo em busca da "verdade".</p><p style="text-align: justify;">No documentário, narrado por ela mesma recordando suas memórias, ela menciona os fatos escritos por seu primo Sergey, sobre ela, mas totalmente equivocados. </p><p style="text-align: justify;">Ela conta que lutou ao lado de Garibaldi, na Itália.</p><p style="text-align: justify;">Sua irmã, Vera, conta que na infância a família foi visitada por um príncipe indiano, que conversou com Helena por muitas horas e teria contado a ela sobre uma misteriosa Fraternidade espiritual que existia em algum lugar do mundo e também sobre os Rosacruzes e seus antigos rituais mágicos e secretos. Essa foi a primeira vez que Helena confessa estar ouvindo a voz de seu destino e decide que irá atrás desse conhecimento.</p><p style="text-align: justify;">Foi por esse motivo que Helena se casou tão cedo e logo deixou seu marido. Para conquistar a independência de que precisava para ir em busca de seu destino. Ela imaginava que o mais puro conhecimento sobre o universo, sobre Deus e sobre o homem, deveria estar bem guardado em algum lugar do planeta.</p><p style="text-align: justify;">Ela descobriu que nas montanhas do Tibet havia um lugar onde homens santos haviam recusado o benefício da eternidade para permanecerem na terra auxiliando a humanidade. E seu objetivo passou a ser a descoberta desse lugar, nas montanhas remotas e nevadas do Himalaia.</p><p style="text-align: justify;">Ela prometeu não revelar os conhecimentos que obteve nesse período da sua vida, no qual ela pode desenvolver suas habilidades psíquicas. </p><p style="text-align: justify;">Quinze anos depois ela visita a Rússia, e o narrador volta a ser seu primo Sergey. Ele diz que esperava ver uma mulher belíssima, mas na verdade ela tinha ganhado muito peso e não era muito atraente fiscamente. Mas seus poderes o impressionaram muitíssmo.</p><p style="text-align: justify;">Em seguida há uma espécie de julgamento de Helena, onde sua irmã Vera argumenta em sua defesa e seu primo Sergey contesta seus feitos e a acusa de charlanismo e heresia. </p><p style="text-align: justify;">Mas a própria Helena intercede e diz que a irmã teve que enfrentar tanta coisa para defendê-la, tantas fofocas e malidicências. Ela afirma que realmente não é uma cristã, mas que acredita nos ideiais de Jesus Cristo, e que jamais se levantaria contra os cristãos ortodoxos, e que seu primo na verdade é um traidor assim como Judas.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><h3 style="text-align: justify;">Linha do tempo:</h3><p style="text-align: justify;">1831 - HPB nasce prematura na Rússia. Já na infância apresenta sinais de poderes psíquicos e sobrenaturais.</p><p style="text-align: justify;">1842 - falecimento de sua mãe</p><p style="text-align: justify;">1848 - casa-se com Blavatsky mas foge em seguida para a casa do avô. Com receio de ser mandada de volta para seu marido, dá início a uma série de viagens pelo mundo: Constantinopla, Turquia, Grécia e Egito, provavelmente financiadas por seu pai.</p><p style="text-align: justify;">1850 - encontra-se no Cairo</p><p style="text-align: justify;">1851 - vai com o pai para Londres onde encontra pela primeira vez com seu mestre, o hindu Morya, ou "Mestre M", que já conhecia por encontros telepáticos durante a infância, segundo seu relato. </p><p style="text-align: justify;">Vai para o Canadá, EUA, América do Sul, México, Índia e Java. Mas ainda não consegue entrar no Tibete.</p><p style="text-align: justify;">1855 - Volta a Índia e vai ao Tibete onde passa por um período de treinamento com seu mestre.</p><p style="text-align: justify;">1858 - Vai a França, Alemanha e em seguida volta a Rússia para visitar a irmã Vera.</p><p style="text-align: justify;">1860 - 1865 - Vive e viaja pelo Cáucaso aprimorando seus poderes.</p><p style="text-align: justify;">1865 - Volta a viajar pelos Balcãs, Grécia, Egito e Síria.</p><p style="text-align: justify;">1868 - Lutou ao lado de Giuseppe Garibaldi na Itália.</p><p style="text-align: justify;">Volta para o Tibete para encontrar seu mestre e recebe o ensinamento do budismo tibetano.</p><p style="text-align: justify;">1870 - Vai a Chipre e Grécia</p><p style="text-align: justify;">1871 - Vai para o Egito em um navio que naufraga mas ela é resgatada e consegue chegar ao Cairo.</p><p style="text-align: justify;">1872 - Funda a Société Spirite, com base nos ensinamentos de Allan Kardec. Mas se decepciona com o grupo. Volta para Odessa.</p><p style="text-align: justify;">1873 - Seu mestre lhe orienta a ir para Paris e em seguida Nova York, onde vive sem dinheiro e com muitas privações, mas acaba recebendo uma herança de seu pai falecido.</p><p style="text-align: justify;">1874 - Conhece o coronel Henry Steel Olcott, e passa a praticar o espiritismo a seu lado.</p><p style="text-align: justify;">1875 - Junto com Olcott funda a Sociedade Teosófica.</p><p style="text-align: justify;">1877 - Publica "Isis sem Véu", que ela alega ser psicografado. Apesar do sucesso do livro e da sociedade, afunda-se em dívidas.</p><p style="text-align: justify;">1878 - Muda-se com Olcott para a Índia.</p><p style="text-align: justify;">1881 - Escreve "O Mundo Oculto".</p><p style="text-align: justify;">1885 - Volta sozinha para a Europa e passa a viver como dama de companhia de uma condessa na Alemanha.</p><p style="text-align: justify;">1886 - Escreve "A Doutrina Secreta"</p><p style="text-align: justify;">1889 - Escreve "A Voz do Silêncio" durante um período de férias, após muitos momentos conturbados em sua vida. Sofre também com muitos problemas de saúde e obesidade.</p><p style="text-align: justify;">1891 - Morre em Londres em decorrência de uma epidemia de gripe, aos 59 anos.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">No Tibete Helena Blavastky teria conhecido os "eleitos ocultos"e a Grande Fraternidade Branca, com quem tinha também comunicações telepáticas, e que revelaram a ela a história oculta da raça humana, onde cada rodada do ciclo cósmico teria associadas sete raças raízes:</p><p style="text-align: justify;">1a - Raça Astral (espírito puro, forma mais elevada de existência)</p><p style="text-align: justify;">2a - Raça Hiperbórea (desaparecida no mar do norte)</p><p style="text-align: justify;">3a- Raça dos Lemurianos (miscigenada com animais)</p><p style="text-align: justify;">4a - Raça da Atlântida (poderes paranormais, cidade gigantes, fonte de energia de origem desconhecida)</p><p style="text-align: justify;">5a - Raça Ariana (fundou a Grécia Antiga)</p><p style="text-align: justify;">6a e 7a Raças ainda não chegaram</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Blavatsky foi iniciada em sete símbolos esotéricos, dos quais o mais poderoso era a suástica, símbolo de Agne, deus do fogo, do sol e da criação.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu9VZ0oS-O_Bo8ALF-aIOf607YSiQUdKnNT-QQN8Fvphomw-j60HozG_qeyrRgcTRgUu0Q3hmPG6iWqIuLq6Wg1_xJOOCuANRUczya-9KPtsabhctxsJmARPq6tgP-yurvjCqLV5cnkOqt/s408/simbolo+teosofia.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="243" data-original-width="408" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu9VZ0oS-O_Bo8ALF-aIOf607YSiQUdKnNT-QQN8Fvphomw-j60HozG_qeyrRgcTRgUu0Q3hmPG6iWqIuLq6Wg1_xJOOCuANRUczya-9KPtsabhctxsJmARPq6tgP-yurvjCqLV5cnkOqt/s320/simbolo+teosofia.png" width="320" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;">"Não existe nenhuma religião maior do que a verdade." HPB</b></p><p style="text-align: left;"><b><br /></b></p><p style="text-align: left;"><b>Curiosidade:</b></p><p style="text-align: left;">A posição das mãos nas fotos de Blavatsky, sempre junto ao rosto, lembram o mesmo gesto do personagem da Marvel Professor Xavier, do X-Men. A cadeira também é bastante parecida.</p><p style="text-align: left;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxU-jEbwic1QtvAZiYQX3wLWKNL_3647EI71nfFd96MjuKKr-ZtuWphEfJBg_mJivH5fSVba9XAX2-_5FhCWSUMAblgnkiv4FJ325nDmABundsobuT63-mmn6GO_vR3t5hF7mPEmCS8sA9/s700/helena+blavatsky+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="553" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxU-jEbwic1QtvAZiYQX3wLWKNL_3647EI71nfFd96MjuKKr-ZtuWphEfJBg_mJivH5fSVba9XAX2-_5FhCWSUMAblgnkiv4FJ325nDmABundsobuT63-mmn6GO_vR3t5hF7mPEmCS8sA9/s320/helena+blavatsky+2.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqFUyhPoJKsrQkdA_ttxoZ0l1UUe4jjtwlooda5cVUoeJc_NvlyicXVX6PuiZRYyAYf8T2_fFsJMNbvov88uBezuVRwf6cL1xLD7FzNobfevh0X-93gGL7U6CHYUJ9672Whse0tLb6nzRL/s776/Blavatsky+cadeira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="502" data-original-width="776" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqFUyhPoJKsrQkdA_ttxoZ0l1UUe4jjtwlooda5cVUoeJc_NvlyicXVX6PuiZRYyAYf8T2_fFsJMNbvov88uBezuVRwf6cL1xLD7FzNobfevh0X-93gGL7U6CHYUJ9672Whse0tLb6nzRL/s320/Blavatsky+cadeira.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6ZZpHZzbgVH4zhJ6xLpDmm3n-lWybaX4w0vC-ptRBQxLGSizBymOj73WC0xtO4YJ1usSkzUZZM7QejBhxe9MJ2d6wAd0xA9E1p1TyfDaCiWXz_ruosbxXzTjlk1WkpFyWwEIPNi-MFCuH/s640/cadeira+professor+x.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="640" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6ZZpHZzbgVH4zhJ6xLpDmm3n-lWybaX4w0vC-ptRBQxLGSizBymOj73WC0xtO4YJ1usSkzUZZM7QejBhxe9MJ2d6wAd0xA9E1p1TyfDaCiWXz_ruosbxXzTjlk1WkpFyWwEIPNi-MFCuH/s320/cadeira+professor+x.jpg" /></a></div><br /><br /><br /><b><br /></b><p></p><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;">......................................................................................................................................................</b></p><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;">Documentário: A História Oculta do Terceiro Reich</b></p><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;">"A SS Sangue e Terra" e "O Enigma da Suástica"</b></p><p style="text-align: justify;">Primeira década do século XX:</p><p style="text-align: justify;">- As cidades da Alemanha e da Áustria passavam por transformações com saída da população do campo para as cidades, para as indústrias, levando superpopulação e favelas.</p><p style="text-align: justify;">- Clamores por socialismo e a democracia colocam a aristocracia em risco.</p><p style="text-align: justify;">- Crenças religiosas são questionadas pelo conhecimento científico e pelo materialismo.</p><p style="text-align: justify;">- Sentimento de nostalgia das elites por um passado mais harmonioso, organizado e espiritualizado. O mundo de beleza e ordem se desintegrava.</p><p style="text-align: justify;">- Busca pela simplicidade. Movimento "A Reforma da Vida" - restauração de uma forma mais natural de vida (vegetarianismo, cura através de ervas, nudismo, vida comunitária e meditação, espiritualismo, astrologia, magia e ocultimo)</p><p style="text-align: justify;">- Jovens se juntavam à <b>Wandervogel</b> (Aves de Passagem), contra a industrialização e em prol do amor místico pelo meio rural e reverência ao folclore e rituais alemães.</p><p style="text-align: justify;">- Nesse contexto o jornalista e ocultista austríaco <b>Guido Von List</b> (1848-1919) conhece o trabalho de Blavatsky e acredita que a quinta raça se refere ao homem germânico. Adiciona aos conceitos dela algumas frases do filósofo Giordano Bruno, sobre a superioridade do homem alemão. </p><p style="text-align: justify;">Busca na mitologia germânica mais referêcias. A <b>Armanenshaft</b>, que reunia esses conhecimentos, tinha sido relegada ao ocultismo com a chegada do Cristianismo, mas sobreviveu graças a sociedades secretas como os maçons, templarios e outras ordens de cavaleiros. </p><p style="text-align: justify;">Durante a primeira guerra mundial List acreditiva que a Alemanha sairia vencedorea e que os novos senhores do mundo sairiam do grupo de iniciados nessas ordens secretas. </p><p style="text-align: justify;">Ele também havia tido acesso a antigas lendas e mitologias nórdicas, sobre o deus Odim, e ao conhecimento das runas, entre elas:</p><p style="text-align: justify;"><b>Fehu</b> - runa da riqueza, da errância e da destruição</p><p style="text-align: justify;"><b>Urus</b> - runa da regeneração e do sacrifício</p><p style="text-align: justify;"><b>Naudhis</b> - runa da compulsão do destino</p><p style="text-align: justify;"><b>Sowelo</b> - runa do sol e da vitória (era o símbolo da Juventude Hitlerista e o duplo sowelo era símbolo da SS)</p><p style="text-align: justify;"><b>Othila</b> - runa da herança do solo germânico e era o símbolo do Ministério da Agricultura</p><p style="text-align: justify;"><b>Mannaz</b> - runa do homem e da morte (substituiu as cruzes nos cemitérios da SS)</p><p style="text-align: justify;">Mas não foi o que aconteceu. A Alemanha perde a guerra e a moral do povo alemão fica em ruínas assim como o país. Eles acreditam que a culpa tenha sido de capitalistas, democratas e judeus. O kaiser abdica e a Alemanha vira uma república democrática.</p><p style="text-align: justify;">No entanto os aristocratas acreditam cada vez mais na supremacia da raça alemã, e busca ainda mais argumentos no darwinismo, que trazia conceitos recentes e revolucionários sobre a seleção natural, o que pavimentou vias para a terrível "eugenia".</p><p style="text-align: justify;">- Um novo ocultista antissemita também austríaco, <b>Jorg Lanz</b>, dá continuidade ao trabalho de List e une os conhecimentos misticos com a higiêne racial da eugenia.</p><p style="text-align: justify;">Ele lança um jornal chamado <b>Ostara</b>, com o qual difundia essas ideologias e pensamentos. Entre os colecionadores da publicação está o cabo <b>Adolf Hitler</b>. Dono de uma poderosa oratória, ele divulga aquelas ideias nos pubs locais. Dali para frente a história é bem conhecia e desde o nascimento dessas ideias à formação da guarda especial de proteção SS (Schutzstaffel) foi um pulo.</p><p style="text-align: justify;">- Outro membro importante do nazismo foi <b>Heinrich Himmler</b>, um criador de aves muito ligado ao campo. Fazia parte da liga agrícola chamada <b>Liga Artamana</b>, cujo juramento era feito sobre sangue e terra. Ele também era colecionador do jornal Ostara. </p><p style="text-align: justify;">Himmler acreditava ser uma encarnação do rei <b>Henry I (876-936)</b>, da Alemanha, e visitava seu túmulo todos os anos. Essas crenças inflavam ainda mais seus sonhos megalomaníacos de dominação da raça ariana.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><h4 style="text-align: justify;">Reflexão</h4><p style="text-align: justify;">Esse foi um período terrível pelo qual passou a humanidade, mas que deve ser sempre lembrado para que jamais volte a se repetir. </p><p style="text-align: justify;">Também os símbolos que nos cercam o tempo todo, seja em publicidades, filmes, logomarcas, carregam muitas vezes o poder das referências e das ideias que são a eles associados e por isso devemos ter sempre uma percepção crítica e analítica sobre esse tipo de linguagem.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><br /></b></p><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><br /></b></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-48290936029762536612021-02-04T17:35:00.005-03:002021-02-04T17:44:23.191-03:00O Manto Sagrado<p style="text-align: justify;">Filme de 1953, do diretor <b>Henry Koster</b>, está ambientado durante os últimos anos de <b>Jesus Cristo</b> e traz o ator <b>Vitor Mature</b> como o soldado romano que comanda a tropa responsável pela sua crucificação, e ganha o manto de Cristo em um jogo de dados.</p><p style="text-align: justify;">O filme foi escolhido para ilustrar o texto abaixo, de <b>Vitor Grané Diniz</b>, sobre as inovações do cinema para fazer frente à popularização da televisão.</p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6nOGh1_kEVCVUrOLS98tgH8qS9E26YqV-8mYI6UMzNURoZAHhrWB2PHtHmWSJawcobggtLZPEhUXLZ6KobIn57Hk3LhLa45x2KC_GOOGSunSFeKTqfvgDv-BbhHYfdI_0yIIy9w2G2Afg/s390/O+manto+sagrado+capa+estreita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="390" data-original-width="255" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6nOGh1_kEVCVUrOLS98tgH8qS9E26YqV-8mYI6UMzNURoZAHhrWB2PHtHmWSJawcobggtLZPEhUXLZ6KobIn57Hk3LhLa45x2KC_GOOGSunSFeKTqfvgDv-BbhHYfdI_0yIIy9w2G2Afg/s320/O+manto+sagrado+capa+estreita.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">No final dos anos 40, no período pós-guerra, a venda de
ingressos de cinema caiu consideravelmente, isso se explica porque durante a
segunda guerra, as pessoas que ficaram em casa iam ao cinema como uma forma de
ocupar o tempo livre, era uma maneira barata e divertida de se ocupar. Porém,
com o retorno dos combatentes, quem antes ia ao cinema passou a ficar em casa
ocupada com afazeres domésticos. Sustentar a família e procurar empregos se
tornou uma prioridade. E por conta do desemprego e da recessão do país, o
ingresso de cinema ficou caro, e todos esses fatores culminam para o
crescimento da televisão, que permitia horas de diversão para toda a família e
de forma gratuita. Isso permitiu à indústria televisiva competir de frente com
o cinema, os produtores criaram séries para a TV que copiavam gêneros famosos
das telas de cinema. No início dos anos 50, estima-se que pelo menos 50% dos
lares americanos tinham ao menos um aparelho de televisão. “Por que as pessoas
pagariam para ver filmes ruins no cinema, se podem ficar em casa e ver TV ruim
de graça?” questionou Samuel Goldwyn à época. A televisão não tinha uma
programação tão glamourosa, sua grade consistia basicamente em transmissão de
eventos esportivos, noticiários, programas de jogos e filmes independentes que
ficavam no ar por poucas horas diárias. No entanto, toda a programação era
patrocinada por seus anunciantes, e eximia o público de pagar pelo
entretenimento. Os estúdios de cinema dependiam exclusivamente da audiência
para obter receita, então qualquer queda de público, por menor que fosse,
pesava no bolso.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Em uma atitude desesperada, Jack Warner proibiu que
aparelhos de televisão aparecessem nos filmes da Warner; a não ser de forma
satírica, como em <i>Dançando nas nuvens</i>
(1955) e <i>Um rosto na multidão</i> (1957),
que fazia uma importante crítica à manipulação de massas. Demais produtoras
cinematográficas ainda proibiam que as redes de televisão transmitissem seus
filmes ou usassem seus estúdios para a produção de programas televisivos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">A indústria cinematográfica, como forma de reagir, tratou
de tomar algumas medidas que incluíam o investimento de novas tecnologias
visuais, que estariam fora do alcance da televisão, então novos recursos do
cinema surgiram como uma forma de tentar trazer o grande público novamente para
as salas de cinema. A reação resultou em uma tecnologia chamada <i>Cinemascope</i>,
que consistia no uso de lentes anamórficas criadas pelo francês Henri Chrétien;
isso significa que a tela seria mais larga, muito mais retangular e menos
quadrada, ou seja, o enquadramento seria muito mais espaçoso, muitomais bonito
esteticamente e muito mais detalhes poderiam ser observados em cena. Essa
tecnologia nova despertou a curiosidade de muita gente. A Fox produziu filmes
em <i>Cinemascope</i> em massa, o primeiro deles foi <i>O manto sagrado </i>(1953),
depois veio <i>Como agarrar um milionário</i>
(1953) e vários outros. Até o final de 1953, praticamente todos os grandes
estúdios – exceto a Paramount – já haviam aderido à novidade.<o:p></o:p></span></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Outra invenção que se popularizou junto com o Cinemascope
foi o <i>Technicolor</i>, cujas principais características eram as cores fortes
e vivas. Nesse contexto, logo no início dos anos 50, a MGM lançou em sequência
duas grandes e caras produções que tinham por objetivo, atrair de volta o
público às salas de cinema: <i>Quo Vadis? </i>(1951), com Robert Taylor e Deborah
Kerr e <i>Ivanhoé</i> (1952), também estrelado
por Robert Taylor, com Elizabeth Taylor e Joan Fontaine. <o:p></o:p></span></p><p><br /></p><p><b>Texto de Vitor Grané de Diniz, da página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram)</b></p><p>...........................................................................................................................................................</p><p><br /></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-23088605902406745772021-02-01T09:14:00.006-03:002021-02-01T09:14:46.686-03:00O Príncipe Encantado<p>Filme de 1957, do diretor britânico <b>Laurence Olivier</b>, numa inusitada parceria com a atriz Marilyn Monroe, está ambientado na Inglaterra de 1911, durante a coroação do rei George V. </p><p>Foi escolhido para ilustrar o texto abaixo, sobre a moda e o cinema dos anos 50, redigido por <b>Vitor Grané Diniz</b>, da página <b>"Noites de Cinema"</b> (Facebook e Instagram).</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWde3vXYHZhXzDc5U-5d4XwY2RMB3hHJLLWutjoeBDmHrzcljVHG90ViAJZxQMIl8wiTcFlz_CJ4TFetteZMfhRgdNOmMQ56gAXIc08lte-6kUKO72dF0W9b408Ao7apnPdMg-JghCJRxQ/s450/o+principe+encantado+capa+estreita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="300" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWde3vXYHZhXzDc5U-5d4XwY2RMB3hHJLLWutjoeBDmHrzcljVHG90ViAJZxQMIl8wiTcFlz_CJ4TFetteZMfhRgdNOmMQ56gAXIc08lte-6kUKO72dF0W9b408Ao7apnPdMg-JghCJRxQ/s320/o+principe+encantado+capa+estreita.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">Os anos 50, assim como as décadas anteriores, tinha um
específico padrão de beleza social dominante, por exemplo, anos 10: Charles
Dana Gibson cria um esteriótipo de beleza denominado “Gibson girl”, a mulher
elegante, educada, bem vestida, alta, magra, cabelos ondulados. Já o padrão de
beleza masculino seria o do atleta, o artista de circo, os construtores civis,
quase sempre com seus desenhados e bem cuidados bigodes; anos 20: as mulheres
adotaram o estilo melindrosa, corpo magro, cabelos curtos, sobrancelhas finas,
olhos delineados e lábios em formato de coração. Quanto aos homens, foi
substituído o padrão de força bruta da década anterior pelos rostos lisos e
cabelos bem penteados, no estilo músico de jazz. Apelidado de “amante latino”,
o italiano Rodolfo Valentino é considerado o primeiro </span><i style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">sex symbol</i><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;"> do
cinema; anos 30: a primeira década em que atrizes de cinema passaram a
efetivamente servir de inspiração e referência no quesito de moda e beleza,
maçãs do rosto mais salientes, cílios longos, sobrancelhas arqueadas e curvas
suaves no corpo. O padrão masculino também sofre influência do cinema, Clark
Gable passa a ser referência de beleza e estilo com seu bigode ralo e cabelo
bem penteado, e para complementar a imagem, o charuto e o uísque complementavam
a postura; anos 40: em plena Segunda Guerra, a mulher adota um padrão que
combinava refinamento e força, logo, mulheres com ombros largos se tornaram um
diferencial. O visual masculino também foi influenciado, os cabelos ultra
penteados deixaram de ser moda, e em seu lugar foi adotado um corte militar.
Enfim, chegamos aos anos 50: a mulher ideal deveria ter seios arrebitados,
ombros estreitos, pernas longas, aparência ingênua, porém provocativa, cabelos
cacheados e pele clara, e se fosse loira, melhor ainda. Já os homens adotaram
uma postura mais viril, lábios carnudos, força física, queixos marcados e
cicatrizes eram um charme a parte. Com base nessa análise, é possível afirmar
que Marlon Brando e Marilyn Monroe foram, certamente, os dois maiores ícones
sexuais de sua época.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><a name="_Hlk34065910"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Marilyn Monroe foi a prova viva de que assim
como a beleza ajuda a trazer fama, popularidade, dinheiro e status, ela também
pode atrapalhar e muito. Inúmeros artistas talentosos acabaram não tendo o
devido reconhecimento justamente por terem sido ofuscados por seus atributos
físicos. <o:p></o:p></span></a></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="mso-bookmark: _Hlk34065910;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Em sua época Marilyn
Monroe não foi devidamente reconhecida como uma grande atriz, sua fama se
baseava em sua imagem, seu carisma e no que ela representava em praticamente
todos os seus filmes, o papel de “loura burra”. Em determinado momento da
carreira essa pecha chegou a incomodá-la tanto que ela decidiu estudar
interpretação no <i>Actors studio</i>, onde seria uma das mais novas pupilas de
Lee Strasberg. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="mso-bookmark: _Hlk34065910;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">O objetivo de Monroe
era ser reconhecida pelo seu talento como intérprete e não apenas como <i>sex
symbol</i>. Ela foi buscar ajuda justamente na escola onde Marlon Brando havia
se formado e cujo “método” ajudara a popularizar, ela queria ser igual a ele
não apenas no tocante ao <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sex symbol</i>,
mas também no tocante ao talento. No entanto, é fato que as atrizes levaram
muito mais tempo para terem seus nomes e imagens ligadas ao “método” do que
atores como Brando, Dean, Clift e Newman. Isso se explica porque a maior parte
das atrizes ainda seguiam a tradição do <i>glamour </i>e do estrelato em
Hollywood, destaquemos o exemplo de Ava Gardner, Susan Hayward, Elizabeth
Taylor, Grace Kelly, Audrey Hepburn, e de certa maneira, a própria Marilyn
Monroe.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="mso-bookmark: _Hlk34065910;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">E nessa nova fase da
carreira, Monroe foi trabalhar justamente com Laurence Olivier, o ator mais
tradicional e conservador que se podia imaginar. Eles fizeram par romântico na
comédia <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O príncipe encantado</i> (1957),
e para piorar, Olivier era também o diretor da obra. Marilyn fez questão de ir
aos <i>sets</i> sempre acompanhada de Paula Strasberg, esposa de Lee e
professora de atuação; a loura sempre buscava alguns minutos extras para se
concentrar e entrar na personagem, e não dava um único passo sem o aval de
Paula. Olivier, como não queria constranger sua estrela principal, tratava de
ter extrema paciência.</span></span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><b>Texto de Vitor Grané Diniz, da página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram)</b></span></p><p class="MsoNormal"><b>.........................................................................................................................................................</b><o:p></o:p></p><br /><p></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-80942600669585968212021-01-28T15:33:00.002-03:002021-01-28T15:33:18.698-03:00A Doce Vida<p>Filme de 1960 de <b>Federico Fellini</b>, com Marcello Mastroianni, representa um belo exemplo do sucesso que a afinidade entre diretor e ator pode atingir, como apresentado no texto abaixo, de Vitor Grané Diniz, da página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram).</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgEGFHA5Qu_VZbzo8oOVTVTA0zkjWzzhxtNBVg0O0vqxh6hcFRz8ccoEuQ8gnK5UKGGYEvTGyFoxHxfrKwaPGwPPIFa0cNmKkZMxJ6CGjyNiQuWdCuKAcm2194ceV5uKUoqlWvSJE2zUD7/s900/la+dolce+vita+capa+estreita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="610" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgEGFHA5Qu_VZbzo8oOVTVTA0zkjWzzhxtNBVg0O0vqxh6hcFRz8ccoEuQ8gnK5UKGGYEvTGyFoxHxfrKwaPGwPPIFa0cNmKkZMxJ6CGjyNiQuWdCuKAcm2194ceV5uKUoqlWvSJE2zUD7/s320/la+dolce+vita+capa+estreita.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Na história do cinema, é muito comum que os diretores
tenham seus atores favoritos e que façam questão de utilizá-los em inúmeras
obras, uma vez que o elegeram como os melhores representantes possíveis de seu
estilo cinematográfico. <o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Ao analisarmos tal fenômeno fica impossível não se
recordar novamente de Alfred Hitchcock, que nunca teve como prioridade dirigir
atores como já foi explicado, porém ainda assim ele tinha seu elenco de apoio:
Grace Kelly, Cary Grant, Ingrid Bergman, James Stewart... e tentava sempre
utilizá-los na maior parte de seus filmes, uma vez que esse grupo sabia
exatamente o que o mestre do suspense buscava.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Algumas outras parcerias entre ator e diretor se tornaram
referências no cinema, impossível não destacar as duplas James Stewart e Anthony
Mann, parceiros em sete produções; Katharine Hepburn e George Cuckor, parceiros
em dez produções; Humphrey Bogart e John Huston, parceiros em seis produções;
Jack Lemmon e Billy Wilder, parceiros em sete produções; John Wayne e John
Ford, parceiros em inacreditáveis 21 produções cinematográficas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Essas colaborações não se restringiam apenas a Hollywood,
os grandes diretores europeus também tinham seus atores preferidos, o caso mais
notável foi o do sueco Ingmar Bergman, que tinha um grupo seleto de atores que
incluía Max Von Sydow, Bibi Anderson, Harriet Anderson, Liv Ullmann, Ingrid
Thulin, Gunnar Björnstrand e Gunnel Lindblon, que se fizeram presentes em
praticamente todos os trabalhos do diretor, é raro assistirmos a um filme de
Ingmar Bergman que não conte com nenhum destes sete atores no elenco. Ainda no
âmbito europeu, vale destacar as colaborações entre Françoise Truffaut e Jean
Pierre Léaud; Jean Luc Godard e Anna Karina; e a de Federico Fellini e Marcello
Mastroianni, uma parceria que rendeu dois dos mais extraordinários clássicos do
cinema de todos os tempos: <i>A doce vida</i>
(1960) e <i>Fellini 8½ </i>(1963).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Na atualidade, temos grandes parcerias já reconhecidas
entre atores e diretores, é razoável dizer que ainda podemos aguardar novos
filmes de Quentin Tarantino com Samuel L. Jackson; de Steven Spielberg com Tom
Hanks; de Martin Scorsese com Leonardo DiCaprio e de Tim Burton com Johnny
Depp.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br /></p></div><p><b>Texto de Vitor Grané Diniz, da página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram)</b></p><p><b>.....................................................................................................................................................</b></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-8550539349440384362021-01-25T09:06:00.003-03:002021-01-25T09:06:40.819-03:00Sindicato de Ladrões<p>Filme de 1954, com o ator <b>Marlon Brando</b>, vencedor de oito prêmios Oscar, incluindo o de melhor direção, ilustra aqui a biografia do controverso diretor <b>Elia Kazan</b>, em texto de <b>Vitor Grané Diniz</b>, da página <b>"Noites de Cinema"</b> (Facebook e Instagram).</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8UboH5ENBZZJ8GXR01jS9Wpas080e84SrXVFMendixQxrdPdtKDL8sUVqXhxpxHQvLWptb_QrBZw4wh14BsLPdbK6P5oG7A8WE5YlYKd1n5HI-myhM5W7DesNRe8rWRBsCB8XJm4oH65l/s312/sindicato+de+ladr%25C3%25B5es+capa+estreita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="312" data-original-width="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8UboH5ENBZZJ8GXR01jS9Wpas080e84SrXVFMendixQxrdPdtKDL8sUVqXhxpxHQvLWptb_QrBZw4wh14BsLPdbK6P5oG7A8WE5YlYKd1n5HI-myhM5W7DesNRe8rWRBsCB8XJm4oH65l/s0/sindicato+de+ladr%25C3%25B5es+capa+estreita.jpg" /></a></div><br /><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">Ilías Kazantzóglu – nome de batismo de Elia Kazan –
nasceu no dia 7 de setembro de 1909, em Istambul, Turquia. Formou-se no colégio
Williams e depois seguiu para a </span><i style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">Yale
school of drama</i><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">. Desenvolveu interesse por cinema e literatura depois de
conhecer Sergei Eisenstein e Frank Norris. Antes de ser tornar diretor, Kazan
assumiu outras pequenas funções no meio teatral, cuidando de cenários,
figurinos, iluminação, além de algumas atuações.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Ao lado de Robert Lewis, Lee Stresberg e Cheryl Crawford,
Kazan fundou o <i>Actors studio</i>. O grupo não tinha pretensões comerciais,
era apenas uma equipe de atores que se ajudavam mutuamente e se reuniam com
frequência para reviver o teatro oficina. Dentre os demais participantes
estavam Montgomery Clift, Maureen Stapleton, Karl Malden, Eli Wallach, David
Wayne e Patricia Jackson. <span style="background: white;">"Quase tudo o que
eu aprendi como ator veio dos primeiros anos no <i>Actors studio</i>", diz
Paul Newman. </span>As pequenas apresentações e exercícios de improvisações
eram restritos aos demais estudantes. “De vez em quando eu ia ao <i>Actors
studio</i> nas manhãs de sábado porque Elia Kazan estava lecionando”, recorda
Marlon Brando.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">No extenso universo do cinema, há diretores com os mais
variados estilos e metodologias de trabalho, alguns desenvolveram o estilo de
dirigir atores e outros não, por exemplo: cineastas como Stanley Kubrick e
Alfred Hitchcock se preocupavam muito mais com a trama e as técnicas de
filmagem do que com o trabalho dos atores; já outros diretores como Quentin
Tarantino, Roman Polanski e Clint Eastwood são o que se chama<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de “diretores de atores”, chegando a fazer
toda a cena atrás das câmeras para que os atores pudessem visualizar as
expressões e movimentos que eles queriam. Elia Kazan era um perfeito exemplo de
diretor de atores, prova disso é que basta analisar a quantidade de atores e
atrizes que já foram premiados sendo dirigidos por Elia Kazan: Marlon Brando,
James Dunn, Celest Holm, Vivien Leigh, Karl Malden, Kim Hunter, Anthony Quinn,
Eva Marie Saint, Jo Van Fleet. “A primeira coisa que faço com um ator não é
assinar um contrato, eu o levo para jantar e para dar um passeio e converso com
ele, conheço a mulher ou namorada, descubro com quem ele terminou ou com quem
começou a namorar, conheço os filhos do ator, converso com ele, tento
conhece-lo como pessoa, esse é o meu material, a experiência dele é o material,
isso é exatamente Stanislavski, <i>group theatre</i>, mas também é o meu
método, acredito nisso, e depois de conhecer o ator sei o que posso explorar,
se não conheço o ator, não sei o que pode acontecer”, explica Elia Kazan. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Vidas amargas</i>
(1955), por exemplo, tanto James Dean quanto Cal (seu personagem) tinham
problemas de relacionamento com seu pai. Ainda por cima Rymond Massey, que
interpreta o pai de Cal, não nutria boas relações com Dean. Kazan se valeu
disso para criar uma convivência tensa entre os dois, tanto em frente quanto
atrás das câmeras. Em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Laços humanos </i><span style="mso-bidi-font-style: italic;">(1945)</span>, Kazan fez a pequena atriz
Peggy Ann Garner chorar de verdade. Na época, o pai da menina estava servindo
na guerra como piloto de caça. O diretor teria dito algo à menina sobre seu
pai, e ela não parou mais de chorar o dia inteiro, o que foi importante para a
cena.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">No entanto, havia diretores com mentalidades
completamente opostas à de Elia Kazan, note-se o espanhol Luis Buñuel. Segundo
a atriz francesa Catherine Deneuve, nas filmagens, antes de começar a rodar,
Buñuel insistia <span style="background: white;">"Catherine, não demonstre
nenhuma motivação! No motivation!”. </span>Já Alfred Hitchcock, por exemplo,
também não tinha como prioridade a interpretação, seus focos eram as técnincas,
a trama e a narrativa, certa vez ele chegou a afirmar que “atores eram gado”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-themecolor: text1;">O fato é que já fazia algum tempo
que o cinema clamava por interpretações mais realistas, e quem se saiu na
frente foi um movimento que ficou conhecido como o “neorrealismo italiano”,
consagrado nos anos 40, que embora tivesse muitas estrelas da época – como
Ingrid Bergman e Anna Magnani – buscava colocar pessoas comuns para interpretar
papéis com os quais eles se identificassem de fato, como no caso do filme <i>Ladrões
de bicicleta</i> (1947); para viver um operário desempregado, o diretor
Vittorio de Sica escalou Lamberto Maggiorani, um verdadeiro operário de
fábrica. Segundo De Sica, Maggionari era apenas “um simples trabalhador de
Breda que deixou seu emprego durante dois meses para me emprestar seu rosto”.
Essa proximidade entre o ator e o personagem tendia a trazer mais naturalidade
à interpretação. Em uma sequência do filme <i>Umberto D</i> (1952), uma jovem
dona de casa (Maria Pia Casilio) acende o fogo na cozinha, varre o chão, acende
o fogo novamente, olha para fora, lança insenticida em algumas formigas, o café
fica pronto, tudo em absoluto silêncio. O espectador é condicionado a
acompanhar todos estes pequenos atos diários, enquanto a personagem permanece
sozinha com seus pensamentos e afazeres diários.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Nos anos 40 e 50, o cinema norte-americano passou por uma
difícil fase que ficou conhecida como Era MacCarthy, ou simplesmente
Marcatismo. Nessa fase pós-segunda guerra, o comunismo era visto e tratado como
um crime. O HUAC (Comitê de Atividades Antiamericanas do Cogresso) tinha como
função investigar a filiação, envolvimento e infiltração de simpatizantes
comunistas nos meios de comunicação e entretenimento, e por isso mais de 250
membros da comunidade Hollywoodiana foram proibidos de prosseguir com suas funções
profissionais, ao passo que tantos outros se viram obrigados a delatar e
identificar comunistas. As investigações e delações se tornaram atrações
midiáticas a ponto de serem transmitidas em rede nacional por rádio e
televisão. “A transmissão pela televisão dos depoimentos dos atores, diretores
e produtores convidados a prestar testemunho a respeito da influência comunista
nos meios cinematográficos condenou um mundo mítico a um ritual de humilhação
do qual este saiu diminuído”, explica o autor Olivier-René Veillon em seu livro
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">O cinema americano dos anos cinquenta</i><span style="mso-bidi-font-style: italic;">.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-themecolor: text1;">Boa parte dos estúdios
preferiu não comprar briga com o congresso, e comprometeram-se a demitir
qualquer um que se recusasse a cooperar, e quem não o fizesse teria seu nome
incluído em uma ‘lista negra’. O coro ainda ganhou o reforço da </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Screen actors guild</span></i><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-bidi-font-style: italic; mso-themecolor: text1;">, uma associação de atores de
cinema liderada à época por Ronald Reagan, que apoiou a posição dos estúdios e
ainda haviam contratados ex-agentes do FBI para ajudá-los a banir os
contratados com passado político suspeito. E mais, em 1947 cinquenta executivos
dos principais estúdios de cinema dos Estados Unidos se comprometeram a demitir
qualquer de seus contratados que se recusasse a cooperar com o Comitê de
Atividades Antiamericanas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Em pleno início dos anos 50, menos de uma década após o
término da segunda guerra mundial, Hollywood se dividira, de um lado formou-se
a MPA (Aliança Cinematográfica Para Valores Americanos), um segmento
conservador que apoiava as investigações. E por outro lado surgiu o Comitê Pela
Primeira Emenda, que defendia a liberdade de expressão e livre pensamento,
grupo que incluía, entre outros, nomes como John Huston e William Wyller. A
indústria cinematográfica estava tão aterrorizada pelas investigações e
delações que vários estúdios começaram a produzir filmes assumidamente
anti-comunistas, como <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Meu filho John</i>
(1952) e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Anjos do mal</i> (1953), como
uma forma de se firmarem contrários ao comunismo. Moralidade, democracia,
patriotismo, valores cristãos e libertários passaram a ser exaltados nas
produções.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Elia Kazan havia sido membro do partido comunista entre
1932 e 1934. Quando estava sob investigação, Kazan fez um compilado de todos os
seus filmes e peças teatrais para mostrar que, nelas, não havia qualquer tipo
de apelo comunista. No auge do Marcatismo, para não ser preso ou impedido de
trabalhar, Kazan aceitou delatar alguns colegas membros do partido comunista
ligados ao cinema, entregou nomes como Art Smith, Morris Carnovsky, Phoebe
Brand, Lewis Leverett, J. Edward Bromberg, Paula Millers, dentre outros; tal
delação pôs fim à carreira de uma série de pessoas ligadas ao meio do
entretenimento. Em entrevista ao seu biógrafo Michel Ciment, Kazan afirmou ter
delatado para denunciar a realidade suja do Partido Comunista, com o qual ele
havia se decepcionado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">A triste consequência da época e do movimento é que
roteiristas como Michael Wilson, Dalton Trumbo, John Howad Lawson e Albert
Maltz ficaram sem trabalho de uma hora para outra. Muitos artistas incluídos na
lista negra tiveram que se exilar, se aposentar ou adotar pseudônimos, ou
melhor, diretores e roteiristas poderiam adotar pseudônimos, porém um ator não
pode mudar sua face, e isso fez com que muitos profissionais do ramo da
interpretação tivessem suas carreiras duramente afetadas. Estima-se que mais de
trezentos profissionais do cinema tiveram seus contratos revogados e suas
carreiras encerradas. Muitos estúdios cinematográficos se viram obrigados a
demitir atores, diretores, roteiristas e demais profissionais que fossem
considerados subversivos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">A imagem do diretor Elia Kazan foi severamente abalada e
durante o restante de sua vida, ele seria tachado como um traidor. A absurda
situação chegou no auge durante a cerimônia do Oscar de 1999, quando Elia
Kazan, já bastante idoso, subiu ao palco para receber um prêmio honorário pela
carreira; quando o veterano subiu ao palco a plateia ficou dividida. De Niro,
Scorsese, Meryl Streep, Warren Beatty e Kathy Bates aplaudiram e reverenciaram
o veterano diretor, já Nick Nolte, Ed Harris e Sophia Loren foram alguns dos
que não aplaudiram, ignorando toda a contribuição que Kazan dera à indústria
cinematográfica. Foi constrangedor!<o:p></o:p></span></p><br /><p></p><p><b>Texto de Vitor Grané Diniz da página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram)</b></p><p><b>...........................................................................................................................................................</b></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-36864487983522418042021-01-21T08:26:00.004-03:002021-01-21T08:26:31.782-03:00Casablanca<p style="text-align: justify;">Filme de 1942 do diretor <b>Michael Curtiz</b>, um clássico com Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, que se passa em Marrocos no contexto da II Guerra Mundial.</p><p style="text-align: justify;">Foi uma das muitas obras do cinema que passaram pelo rigoroso crivo da censura conhecida como <b>Código Hays</b>, explicado no texto abaixo, do colaborador <b>Vitor Grané Diniz </b>(página "Noites de Cinema" - Facebook e Instagram).</p><p><span><span><br /></span></span></p><p><span><span></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikGdVj-w4Tm07XXWZ1hceNQNQZvRVcLPkr2tHvxgh8F2Q8ntjpTvAhNdJg5nSpcmFdglTFxMtnhO0hYk6nXxrYUWTlMW-vnZvSy2AgIy8Wb54OibI6jFULNoW_MIbZcXowic7N3pozPJqx/s1200/Casablanca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="889" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikGdVj-w4Tm07XXWZ1hceNQNQZvRVcLPkr2tHvxgh8F2Q8ntjpTvAhNdJg5nSpcmFdglTFxMtnhO0hYk6nXxrYUWTlMW-vnZvSy2AgIy8Wb54OibI6jFULNoW_MIbZcXowic7N3pozPJqx/s320/Casablanca.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="text-align: left;"><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="text-align: left;"> <span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">Código Hays</span></b></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">Entre as décadas de 30 e 60, havia em Hollywood o chamado
</span><i style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">Production code administration</i><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;"> (órgão controlador da produção cinematográfica
americana), também conhecido como o famigerado código Hays, liderado por Joseph
Breen. O trabalho de Breen consistia basicamente em passar o dia inteiro
assistindo a filmes, procurando qualquer sinal de imoralidade; ele ainda tinha
o poder de vetar a obra, exigir que determinada cena fosse excluída ou refeita;
em outras palavras, só iria para as salas cinemas o que Breen determinasse.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Todos os filmes feitos na época tinham que receber o selo
de aprovação do órgão. O caso mais notório de uma censura de Joseph Breen foi
com <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O proscrito</i> (1943), de Howard
Hughes; Breen determinou que aproximadamente 37 closes dos seios da atriz Jane
Russell fossem cortados, caso contrário o selo de aprovação lhe seria negado
por “glamourizar o crime e a imoralidade”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">O Código Hays tinha uma lista de dezesseis tópicos que,
em hipótese nenhuma, poderiam ser abordados nos filmes da época: sexo
apresentado de maneira imprópria; cenas românticas prolongadas e apaixonadas;
ridicularizar funcionários públicos; retratar religiosos de maneira pejorativa
ou cômica; abordar temáticas de escravidão branca; destacar o submundo; ofender
crenças religiosas; referências a doenças venéreas; tornar os vícios atraentes;
tornar o jogo e a bebida atraentes; enfatizar a violência; consumir drogas;
expor nudez; exibir em detalhes método de ação criminosa; retratar gestos e
posturas vulgares; miscigenação e alusão romântica entre negros e brancos. As
exigências, se não cumpridas, eram dignas de banir os filmes das salas de
cinema.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;">Vários filmes tiveram que ser reestruturados para serem
lançados, um deles foi a famosa comédia <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Quanto
mais quente melhor</i> (1959), o clássico estrelado por Marilyn Monroe, Tony
Curtis e Jack Lemmon teve o roteiro bastante modificado e algumas piadas foram
alteradas, além de vários cortes nas cenas de Marilyn Monroe. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Casablanca</i> (1942) também passou por um
problema similar, no roteiro original o casal de protagonistas Rick e Lisa
deveria ficar junto, mas o código não aceitava que um casal adúltero tivesse um
final feliz, então o desfecho foi modificado, o que foi bom, pois o final de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Casablanca</i> é um dos mais memoráveis da
história do cinema.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; mso-themecolor: text1;"><br /></span></p><p><b>Texto de Vitor Grané Diniz da página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram)</b></p><p>............................................................................................................................................................</p><p><br /></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-75701838883855355972021-01-18T07:13:00.004-03:002021-01-18T07:14:51.200-03:00Viagem à Lua<p><b> O <span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">Teatro e o início do cinema</span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><b><o:p></o:p></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">O teatro é uma das formas de arte mais antigas que
existem, há muitos séculos é usado como um meio de contar histórias, entreter,
criticar, gerar reflexões sobre determinados temas ou assuntos; com o passar
dos anos e dos séculos foram surgindo os mais diversos gêneros, dentre eles
comédias, dramas, tragédias, musicais, dentre outros. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">O teatro foi uma das expressões artísticas mais populares
até o final do século XIX, qualquer pessoa com boas ideias e disposição
poderiam organizar uma peça – por menor que fosse – era possível fazer teatro
apenas com um ator, poderia ser um monólogo, uma sátira, ou qualquer outro
gênero, mas o fato é que o teatro era acessível a todas as pessoas, afinal até
em ruas e praças públicas as peças eram encenadas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Mas eis que no final do século XIX/início do século XX
surge o cinema. O primeiro cinematógrafo foi construído pelos irmãos Lumiére na
França durante o ano de 1895, eles acreditavam se tratar apenas de uma novidade
passageira, e a invenção era exposta em circos e eventos como “fotos que se
movimentam”. O mágico francês Georges Méliès foi o primeiro que olhou para o
cinematógrafo e viu nele um meio de criar conteúdo de entretenimento, então o
próprio Méliès cria a sua máquina de projeção e começa a rodar seus primeiros
filmes, a maioria deles não passava de alguns poucos minutos que mostravam
situações fictícias ou truques de efeitos visuais. Em 1902 ele filma <i>Viagem à lua</i>, sua grande obra-prima. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Cada vez mais e mais pessoas se interessam pelo cinema, e
outros cineastas começam a criar seus filmes. A consequência? O teatro perde
força e popularidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Afinal com o cinema, o público atingido era muito maior e
as cenas só precisavam ser, teoricamente, feitas uma vez para assim serem
registradas, diferentemente do teatro em que toda a equipe tinha que trabalhar
cada vez que a peça fosse encenada. No decorrer do século XX, o teatro foi se
transformando em uma forma de arte erudita e não mais em uma arte popular como
era antes.<o:p></o:p></span></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Começou-se então a surgiu uma rivalidade entre atores de
teatro e os de cinema, quem fazia teatro enxergava o cinema como algo
passageiro, industrial, secundário e de menor relevância. Assim como todos os
meios de comunicação novos que surgem, o cinema levou bastante tempo para ser
considerado uma ‘arte’, lembrando que a fotografia passou por isso antes do
cinema, e o rádio e a TV passaram por isso depois do cinema já havia se
estabelecido como a ‘sétima arte”. “O cinema levou um certo tempo para ser
considerado ‘arte’, Como todos os meios de comunicação novos que surgem, ele
também foi vítima do preconceito dos conservadores que consideravam qualquer
novidade como uma forma de degradação do tipo de cultura consolidado que havia
antes”, explica o autor Emanuel Levy.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br /></p><p><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 16px; text-align: justify; text-indent: 47.2667px;"><b>Texto de Vitor Grané Diniz da página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram)</b></span></p><p><b>..........................................................................................................................................................</b></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O curta-metragem de 15 minutos, <strong>"A Viagem à Lua" (Le Voyage dans la Lune)</strong>, de 1902, foi dirigido por um dos pioneiros do cinema, o grande diretor francês <strong>Georges Miélès (1861-1838),</strong></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Inspirada no livro <strong>"Da Terra à Lua",</strong> de <strong>Júlio Verne</strong>, essa ficção mostra de maneira poética, teatral e criativa, uma expedição de homens à lua. Um astrônomo que mais parece o mago Merlin, convence outros professores ou cientistas a fazerem uma viagem à lua em um foguete ou cápsula de metal em formato de bala que é disparado por um canhão.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXFWYBRJAhpy_7kyumKWThPAov88ciJrYG7ZrEesBtZfOKd75zdyq1iQZMtWVVU9axYMuM03clpcBusXjnjliUC3LL-pHXnkqSNyNCPaPxkFQ1cp31QrhlTyGUj3NBlcIDuhAp1rvKweFu/s1600/Viagem+a+Lua.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXFWYBRJAhpy_7kyumKWThPAov88ciJrYG7ZrEesBtZfOKd75zdyq1iQZMtWVVU9axYMuM03clpcBusXjnjliUC3LL-pHXnkqSNyNCPaPxkFQ1cp31QrhlTyGUj3NBlcIDuhAp1rvKweFu/s400/Viagem+a+Lua.jpg" width="300" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> </div><div style="text-align: justify;">Chegando lá o foguete aterrissa justamente no olho direito da "face da lua", formando a figura que se tornaria uma imagem icônica do cinema.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Lá eles encontram e entram em confronto com os nativos "selenitas", um povo que vive em uma floresta de cogumelos gigantes, e que recebem esse nome em homenagem à Selene, a deusa grega da lua.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Mas antes desse encontro com a população local os astronautas passam a noite dormindo em seus sacos de dormir, enquanto são observados pelo Cosmos, representado pelas sete estrelas da <strong>Ursa Maior.</strong></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWvol9RkFPxE4DxD0n-QXXxjX4YvNPZlR3Mnyy_al1qi13lOJMub9FJVVTvdksDzBdj8gzyaQ8JjytCQsqJr2icAFyprEXAQE6SiuoeG7e5i9xJYIQqNolskUhlURzq5_aPJDRmGGhhA1O/s1600/viagem+a+lua+deuses.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWvol9RkFPxE4DxD0n-QXXxjX4YvNPZlR3Mnyy_al1qi13lOJMub9FJVVTvdksDzBdj8gzyaQ8JjytCQsqJr2icAFyprEXAQE6SiuoeG7e5i9xJYIQqNolskUhlURzq5_aPJDRmGGhhA1O/s320/viagem+a+lua+deuses.jpg" width="320" /></a></div><p><br /></p><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Miéles era um ilusionista, um mágico profissional e também diretor de teatro. Ele estava presente quando os irmãos Lumière fizeram a projeção de <em>La Sortie de l'usine Lumière à Lyon</em> (A Saída da Fábrica Lumière em Lyon), no Grand Café de Paris, em 1895, o marco inicial do surgimento do cinema.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB3wga1YJFrjaSO12SidCpiFi5SLRm2N1t-532MudmdYoT7GWDC5MCRF9EbhxEec62-i4kC5HRcHiMJqTYxpgB6i0rUheZ5U9TG9ul6PYJ4DIi53mRImJygpFKL_4bOzypCuc04M2SrD2_/s1600/georges-melies.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB3wga1YJFrjaSO12SidCpiFi5SLRm2N1t-532MudmdYoT7GWDC5MCRF9EbhxEec62-i4kC5HRcHiMJqTYxpgB6i0rUheZ5U9TG9ul6PYJ4DIi53mRImJygpFKL_4bOzypCuc04M2SrD2_/s320/georges-melies.jpg" width="236" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption"><span style="font-size: small;"><strong>Georges Méliès</strong></span><br /><br /></td></tr></tbody></table>Ele, que já era um profissional do entretenimento e do ilusionismo, ficou muito encantado com aquela invenção e viu um enorme potencial no cinema como veículo para a ilusão e fantasia, unindo o fantástico ao macabro.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Por suas técnicas inovadoras, é considerado o inventor dos efeitos especiais. Charlie Chaplin o chamava de <strong>"O Alquimista da Luz".</strong></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Depois de produzir mais de 500 curta-metragens, morreu no ostracismo em 1838, mas foi devidamente homenageado no filme <a href="http://filmeshistoricos.blogspot.com.br/search/label/1930%20-%20A%20Inven%C3%A7%C3%A3o%20de%20Hugo%20Cabret">"A Invenção de Hugo Cabret<strong>"</strong></a><strong>,</strong> de 2011, do diretor <strong>Martin Scorsese</strong>, vencedor de 5 prêmios Oscar em 2012.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1y7kV13EemjupRRqmzR0-dS4z9SQdq0GyNqk4NgLn9EZGMFgJODDj3jHDuObnDR3QIvEteAqjz8nXA6JtY0RaLwmeYwFa6iejA1C378093y-FtiSPda4F7MWoZRK4eReZ7b4OqUJIb6n0/s1600/A+inve%25C3%25A7%25C3%25A3o+de+hugo+cabret.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1y7kV13EemjupRRqmzR0-dS4z9SQdq0GyNqk4NgLn9EZGMFgJODDj3jHDuObnDR3QIvEteAqjz8nXA6JtY0RaLwmeYwFa6iejA1C378093y-FtiSPda4F7MWoZRK4eReZ7b4OqUJIb6n0/s400/A+inve%25C3%25A7%25C3%25A3o+de+hugo+cabret.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><p><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 16px; text-indent: 47.2667px;"><b>Texto de Lizandra Soave (YouTube / Instagram / Telegram)</b></span></p><p><b>..........................................................................................................................................................</b></p><div><br /></div></div>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-1198994137985273982021-01-14T08:54:00.003-03:002021-01-14T08:56:58.124-03:00Richard III<p> <span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><b>O desafio de interpretar Shakespeare</b></span></p><div style="text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">“Há um tom muito específico que Shakespeare usava nas suas histórias, todos os atores sonham em interpretá-lo”, confirma o autor Laurence Fishburn, e justamente nas décadas de 40 e 50, havia um ator cuja especialidade era essa: Sir Laurence Olivier, até então considerado o maior ator do mundo. Olivier, praticamente sozinho, ressuscitou o teatro britânico clássico e ajudou a estabilizar a cultura inglesa, seu nome se tornou referência em interpretação, com inúmeros trabalhos marcantes no teatro e no cinema.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">E não era só de Shakespeare que Laurence Olivier vivia, ele também havia feito papéis marcantes como, por exemplo, em </span><i style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">O morro dos ventos uivantes</i><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;"> (1939) e </span><i style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">Rebecca – a mulher inesquecível</i><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;"> (1940).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Embora Laurence Olivier seja considerado um antecessor de Marlon Brando no trono de melhor ator do mundo, seus estilos deles eram completamente diferentes, por exemplo: Olivier detestava improvisar, nem sequer cogitava essa possibilidade, passava as falas sempre da mesma maneira e tudo o que fazia, desde suas deixas até seus movimentos eram completamente pensados e ensaiados com antecedência. Laurence Olivier nunca se desviava do que havia planejado. O seguinte caso exemplifica muito bem a relação de Olivier com o estilo de atuação moderna: Em 1976, ele trabalhou ao lado de Dustin Hoffman – um ator do “método” – no drama <i>Maratona da morte</i>. Um dia, Laurence Olivier chegou ao<i> set </i>e se deparou com a seguinte situação: Dustin Hoffman com a cabeça baixa, suado, o semblante contraído, o sofrimento estampado em seu rosto. Sem entender nada, Olivier questionou: “o que está fazendo?”, “estou entrando no personagem”, respondeu Hoffman. Incrédulo, Olivier apenas retrucou: “por que você não tenta apenas representar?”. Na cabeça do shakespeariano, a profunda concentração de Dustin Hoffman era exagerada e desnecessária.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Já foram realizados mais de 420 projetos cinematográficos baseados na obra de Shakespeare, algumas muito fiéis ao texto original, outras nem tanto, algumas apenas vagas adaptações, mas a obra do autor inglês estava presente. William Shakespeare revolucionou o teatro inglês, escreveu poemas, crônicas, mas principalmente peças, e navegou pelos mais diversos gêneros, de comédias a tragédias. Sua linguagem ficou marcada, e mesmo após séculos de sua existência, sua obra ainda é extremamente influente e impactante.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.45pt;"><br /></p></div><div style="text-align: justify;"><strong>Texto de Vitor Grané Diniz - página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram)</strong></div><div style="text-align: justify;"><strong>.......................................................................................................................................................</strong></div><div style="text-align: justify;"><strong><br /></strong></div><div style="text-align: justify;"><strong><br /></strong></div><div style="text-align: justify;"><strong>Inglaterra, 1483.</strong></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Uma guerra civil divide o país, com a luta entre famílias rivais que disputam a coroa inglesa, a <strong>Guerra das Rosas</strong>.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">A rosa vermelha é o símbolo da casa de Lancaster, e ao rosa branca é o emblema da casa de York.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">A família rebelde de York luta contra o rei pelo direito ao trono de seu primogênito Eduardo. Seu irmão mais novo, o ambicioso Ricardo, Duque de Gloucester, vai à frente de seu exército.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Ele viria a se tornar o rei da Inglaterra, <strong>Ricardo III</strong>, após supostamente ter criado uma rede de intrigas e ter cometido ou encomendado alguns assassinatos, inclusive de familiares.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Essa reputação maligna do rei inglês mais controverso que já existiu foi endossada pela obra de <strong>William Shakespeare</strong>, "Richard III".</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">E a versão shakespeariana da estória do Rei Ricardo III pode ser apreciada no filme <strong>Richard III</strong>, de 1955, dirigida por<strong> Sir. Laurence Olivier</strong>, com a brilhante interpretação do próprio no papel principal.</div><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-p3z57koZ7WNY9XaMwooVC4UxK_Or11ulvLedfKl8y05DPjFjtGT2ejpHwLb5DYqM_cRTyMQcnEVKRZ5hl5cpwEnll3w1-1sp9hjC81yra7FRs3n4wMgZEGkXpSJWqC35vWbWAgRUdC7G/s1600/Ricardo+III.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-p3z57koZ7WNY9XaMwooVC4UxK_Or11ulvLedfKl8y05DPjFjtGT2ejpHwLb5DYqM_cRTyMQcnEVKRZ5hl5cpwEnll3w1-1sp9hjC81yra7FRs3n4wMgZEGkXpSJWqC35vWbWAgRUdC7G/s1600/Ricardo+III.JPG" width="224" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Na segunda metade do século XV a Inglaterra estava bastante enfraquecida, vindo da disputa com França na Guerra dos Cem Anos.</div><div align="justify" class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSX0lYh4F63zF9fOpGjHY9B2T06Z2lEAZDsoQLVrqhhxK4_9wKuV4y1uqSX2UcxhjLCFFi8O_sG3uwWLh3xBiv0g-s8Fp9jV8hPgMnXneAG2_Q4PlZKn5bZbPQgq2ka3_WJV91KMJ6IL3-/s1600/Guerra+dos+Cem+Anos.PNG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSX0lYh4F63zF9fOpGjHY9B2T06Z2lEAZDsoQLVrqhhxK4_9wKuV4y1uqSX2UcxhjLCFFi8O_sG3uwWLh3xBiv0g-s8Fp9jV8hPgMnXneAG2_Q4PlZKn5bZbPQgq2ka3_WJV91KMJ6IL3-/s1600/Guerra+dos+Cem+Anos.PNG" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Após o final dessa guerra, as famílias inglesas de <strong>York e Lencastre</strong>, ambas descendentes do <strong>Rei Eduardo III</strong>, da <strong>dinastia Plantageneta</strong>, passam a disputar o trono, na guerra civil que ficou conhecida como Guerra das Rosas, e que acabou levando ao trono a casa da <strong>dinastia Tudor</strong>.</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVD2PiojNlY15Lt_V-iMkbeFhOdVMR5jEadhyQzNruIcy1M8RJbn_M-WK3FZo2G3bYTIBS8e42DvYCuiqwlvEciX4KAcXLqWrGJN9FcTxL7Xo0yp3S_vPSOP8PGVJt2kQvrFbDosNYng9w/s1600/Guerra+das+Rosa.PNG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVD2PiojNlY15Lt_V-iMkbeFhOdVMR5jEadhyQzNruIcy1M8RJbn_M-WK3FZo2G3bYTIBS8e42DvYCuiqwlvEciX4KAcXLqWrGJN9FcTxL7Xo0yp3S_vPSOP8PGVJt2kQvrFbDosNYng9w/s1600/Guerra+das+Rosa.PNG" width="320" /></a></div><br /><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpI8m9Qo68I7XSqrQYAOnGDj-5RQnW2NuDov5rBUUZ9oiStUpm3ELu9OtkHr2gLr21gMql94T2b7GAZ_k2z9dvyn4u_BGrhGPuJ34Ye6eUl6BsWju-W4un4smAyPv20jKYwD9pA5LS0KIf/s1600/Irm%C3%A3os+Plantageneta.PNG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpI8m9Qo68I7XSqrQYAOnGDj-5RQnW2NuDov5rBUUZ9oiStUpm3ELu9OtkHr2gLr21gMql94T2b7GAZ_k2z9dvyn4u_BGrhGPuJ34Ye6eUl6BsWju-W4un4smAyPv20jKYwD9pA5LS0KIf/s1600/Irm%C3%A3os+Plantageneta.PNG" width="320" /></a></div><div align="justify" class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> </div><div align="justify" class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br /><br />Uma outra brilhante montagem desse clássico é o filme também chamado <strong>Richard III</strong>, só lançada em 1995, e gravada de uma maneira muito ousada e inusitada, transportando exatamente a mesma estória para o ano de 1931, numa Inglaterra supostamente dominada pelos nazistas.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoJvLFxu5cmbtHDy8InW-73ru7zHT7v8ihC6c4xwNGlSNj0ECsCgfjwRjUXibiaqLKbbFBhpREwgMPWzEjNMktPSvnSJO2-FkNDhlNqZu7kZp-URsi3HjIcLiyDdQpCoRck_r2KOUG0lHV/s1600/Ricardo+III+1995.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoJvLFxu5cmbtHDy8InW-73ru7zHT7v8ihC6c4xwNGlSNj0ECsCgfjwRjUXibiaqLKbbFBhpREwgMPWzEjNMktPSvnSJO2-FkNDhlNqZu7kZp-URsi3HjIcLiyDdQpCoRck_r2KOUG0lHV/s1600/Ricardo+III+1995.JPG" width="213" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Texto de Lizandra Soave (YouTube / Filmow / Instagram)</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>.........................................................................................................................................................</b></div>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-32191903214037972002021-01-11T08:37:00.003-03:002021-01-11T08:37:42.665-03:00O Grande Ditador<p style="text-align: justify;">Filme de 1940, do diretor <b>Chales Chaplin</b>, marca a transição do cinema mudo para o cinema falado para o diretor, abordando com seu senso de humor típico o momento histórico em questão, a Segunda Guerra Mundial, satirizando os principais expoentes fascistas, Adolf Hitler e Benito Mussolini.</p><p style="text-align: justify;">E falando mais sobre esse diretor genial e a chegada do cinema falado, trazemos aqui mais uma contribuição <span style="font-family: inherit;">de <b style="font-size: 14.85px; text-align: justify;">Vitor Grané Diniz</b><span style="font-size: 14.85px; text-align: justify;">, da página </span><b style="font-size: 14.85px; text-align: justify;">"Noites de Cinema"</b><span style="font-size: 14.85px; text-align: justify;"> do Facebook, com o texto a segurir.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTQeeOVf3YinSuMb6_-vqAzShJhh4cPq-KfZ7BHEG13WAmQP78VaHcza3kzw39Qd9UBWhcufuvfxLOl9ZU7ao_-gtJpw8cs3Cs-7CEHlDRkyTeU0x2LuvwofrCGQcr-lhC6SVk1zQCPQ9Q/s1200/o+grande+ditador+capa+estreita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="841" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTQeeOVf3YinSuMb6_-vqAzShJhh4cPq-KfZ7BHEG13WAmQP78VaHcza3kzw39Qd9UBWhcufuvfxLOl9ZU7ao_-gtJpw8cs3Cs-7CEHlDRkyTeU0x2LuvwofrCGQcr-lhC6SVk1zQCPQ9Q/s320/o+grande+ditador+capa+estreita.jpg" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Hollywood, 1927. Chega aos cinemas </span><i style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">O cantor de jazz</i><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">, o primeiro
filme falado da história do cinema, essa nova tendência causa um furor na
indústria cinematográfica e nos fãs, que estão em polvorosa para verem os
ídolos da época – Douglas Fairbanks, John Gilbert, Theda Bara, Greta Garbo, Mary
Pickford, Gloria Swanson, John e Lionel Barrymore – falarem em cena. Os
comediantes mudos também não escapam à nova tendência.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>As gags visuais e cênicas que foram tão populares anos antes, agora estavam
à prova, filmes como <i>Em busca do ouro</i>, <i>A general</i> e <i>O homem-mosca</i>
continuariam populares ou tornariam-se meras lembranças nostálgicas? Neste
contexto que surgem os primeiros comediantes importantes da fase sonora do
cinema e da televisão: Abott&Costello, o gordo e o magro, os três patetas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Nem todos os profissionais do cinema veem com bons olhos a chegada do
som. Charles Chaplin, por exemplo, defendia que o cinema mudo era uma linguagem
universal, e que o cinema falado não daria conta de abranger o público do mundo
inteiro. Mesmo como o mais popular comediante de sua época, havia uma pressão
da imprensa e do público por um lançamento falado do icônico vagabundo. Mas
como Carlitos, um personagem impossível de se imaginar falando, poderia falar?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Chaplin iniciou sua carreira cinematográfica em 1914, com absoluto
sucesso ele se tornou o mais popular artista de seu tempo, entre 1914 e 1923,
Chaplin abriu seu próprio estúdio, ficou milionário, cofundou a United Artists,
tornou-se o homem mais famoso do mundo e lançou verdadeiras obras-primas como <i>Vida
de cachorro</i>, <i>Ombros, armas</i>, <i>Pastor de almas</i>, <i>Dia de pagamento</i>,
<i>Idílio campestre</i>, <i>Um dia de prazer</i>, <i>Os ociosos</i> e,
principalmente, <i>O garoto</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>No entanto, após o lançamento de <i>O circo</i>, em 1928, Chaplin reluta
ao máximo em aderir ao som. No auge de sua popularidade, ele ainda tem
credibilidade para atrair o público com duas comédias mudas: <i>Luzes da cidade</i>
e <i>Tempos modernos</i>, lançadas em plena era do cinema sonoro.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>As duas comédias trazem críticas implícitas (ou nem tanto) ao som. Em <i>Luzes
da cidade</i>, logo na cena de abertura, o prefeito discursa em uma cerimônia
de inauguração de uma estátua, suas falas dão lugar a um garrancho sonoro
incompreensível. Chaplin, com maestria, ridiculariza a qualidade de som dos
primeiros filmes falados.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Mas teria sido muito mais fácil, para Chaplin, se ele tivesse feito <i>Luzes
da cidade</i> como um filme falado. Por exemplo: a florista cega tinha que
pensar que o vagabundo era, na verdade, um milionário. Mas como fazer isso sem
som, sem diálogos?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Chaplin achou uma ótima solução: a florista iria confundir o vagabundo
com o milionário pelo som da batida da porta do carro. Ela houve e pensa que se
trata dele, e que havia ido embora sem pegar o troco. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Da maneira que podia, ele ia burlando o som e o adiando em seus filmes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>E olhem só, em seu filme seguinte, <i>Tempos modernos</i>, apenas as
máquinas têm falas; rádio, televisores, computadores, menos os seres humanos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Mas o Chaplin era esperto, ele sabia que o público babava por ouvir sua
voz, então, de fato, como falei anteriormente, Carlitos era um personagem impossível
de se imaginar falando, mas ele poderia cantar. Então no final do filme,
Chaplin dá um “aperitivo” ao público e solta a voz em uma canção cantada em uma
língua fictícia, um misto de vários dialetos e sotaques das línguas francesa,
italiana e espanhola. E então, pela primeira vez, a voz de Charles Chaplin foi
ouvida em um filme.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">No final dos anos 30, o cerco se fecha, o mundo inteiro já aderiu ao
cinema sonoro, mesmo com seu talento e popularidade, Charles Chaplin não
poderia, sozinho, enfrentar um sistema inteiro. Parecia inevitável que, em
pouco tempo, ele se renderia ao cinema falado.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Buster Keaton e Harold Lloyd – dois dos chamados “três gênios da
comédia” falham na missão de cativar o público com suas comédias faladas. As
carreiras de Keaton e Lloyd não sobreviveram à chegada do som, por que a de
Chaplin então sobreviveria? Como um comediante essencialmente visual poderia
realizar um filme sonoro e, ainda por cima, obter sucesso?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Chaplin sabe. Ele cria um filme onde ele próprio interpretaria dois
personagens: um deles, com características essencialmente mudas, que
valorizasse as gags visuais e mímicas, e que ainda estivesse alinhado ao
conceito de comédia muda; e o outro, um verdadeiro tagarela, este sim para
satisfazer o anseio do público e da crítica em ouvir a voz do mais famoso
comediante do mundo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>É neste cenário que Charles Chaplin lança, em 1940, <i>O grande ditador</i>,
cuja história tem início ainda na primeira guerra mundial. Um barbeiro judeu
(interpretado por Chaplin) serve brava, porém ineficazmente ao exército da
Tomânia (uma sátira à Alemanha). No final da guerra, o babeiro se fere
gravemente e acaba por passar anos em um hospital, inconsciente. Enquanto isso,
o ditador Hynkel (sátira a Adolf Hitler) domina a Tomânia com punhos de aço. Ao
voltar para casa depois de anos, o barbeiro encontra um cenário devastador,
dominado pelo regime de Hynkel.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Chega a ser um interessante exercício analisar o filme de um ponto de
vista técnico, onde reparamos na alternância entre as cenas dos dinâmicos
discursos e diálogos de Hynkel, e as cenas coreografas e gestuais do barbeiro. <b><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>De maneira brilhante, Chaplin faz uma surpreendente transição do cinema
mudo clássico para o contemporâneo e tecnológico cinema falado, contra o qual
ele relutou em aderir por mais de uma década. <i>O grande ditador</i>, quando
lançado em 1940, lotou as salas de cinema e foi o maior sucesso de sua
carreira.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Depois de <i>O grande ditador</i>, Chaplin ainda realizou mais quatro
filmes essencialmente falados, sendo dois deles brilhantes: <i>Monsieur Verdoux</i>
e <i>Luzes da ribalta</i>, e dois deles não tão ilustres: <i>Um rei em Nova
York</i> e <i>A condessa de Hong Kong</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Todos estes filmes tinham um formato consolidado de cinema falado. Vejam
as observações que o cineasta francês Claude Chabrol fez sobre<i> O grande
ditador</i> e <i>Monsieur Verdoux</i>: “Eu vi <i>Monsieur Verdoux</i> pela
primeira vez na noite de estreia no cinema Gaumont Palace, o que me
impressionou de verdade em relação aos filmes precedentes foi uma feitura que
não tinha nada a ver com o cinema mudo. Mesmo se, revendo-o agora, percebo que
não é exatamente verdade, mas ele tinha uma forma que era a do cinema falado
que ainda não estava totalmente presente em <i>O grande ditador</i>, onde havia
uma alternância entre cenas de discurso e cenas mudas, ao passo que aqui
trata-se de um filme concebido como filme falado”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>E mais, em nenhum de seus filmes pós <i>O grande ditador</i>, Chaplin
trouxe o Carlitos de volta. Ou seja, seu personagem lendário deixou de existir
a partir do momento em que ele falou. E com <i>Monsieur Verdoux</i>, Charles
Chaplin abandonou definitivamente o figurino de Carlitos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Por conta de sua genialidade, habilidade, visão e sensibilidade, Chaplin
se firmou como um dos mais importantes comediantes e diretores de cinema de
todos os tempos, sendo decisivo para a popularização das comédias mudas e,
também das faladas.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt;"><b>Texto de Vitor Grané Diniz</b></span></p><b>.....................................................................................................................................................................</b><p></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479355078816921794.post-14013612095686289802021-01-07T10:55:00.002-03:002021-01-07T10:55:22.156-03:00O Irlandês<p style="text-align: justify;">Filme de 2019, do diretor <b>Martin Scorsese</b>, conta a história de um ex-sindicalista, membro da máfia nos Estados Unidos, vivido pelo ator <b>Robert de Niro</b>, que confessa ter assassinado o líder sindical americano <b>Jimmy Hoffa</b>, interpretado por <b>Al Pacino</b>.</p><p style="text-align: justify;">Hoffa também já havia sido representado nas telas pelo ator <b>Jack Nicholson</b> no filme <b>"Hoffa - Um Homem, Uma lenda"</b>, de 1992, dirigido por <b>Danny DeVitto</b>.</p><p style="text-align: justify;">O texto a seguir <span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;"><span style="text-align: justify;">de autoria de </span><b style="text-align: justify;">Vitor Grané Diniz</b><span style="text-align: justify;">, da página </span><b style="text-align: justify;">"Noites de Cinema"</b><span style="text-align: justify;"> do Facebook, brinda-nos com mais um pouco de história da sétima arte, fazendo um paralelo entre as atuações desses dois gigantes das telas, Nicholson e Pacino, desse personagem especificamente, falando também do desafio que é para um ator interpretar personagens reais.</span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white;"><span style="text-align: justify;"><br /></span></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrHtXmcJ8mnWkc0r0mDDzWGmSo8lr33SOknXOg9wLKkFF13RG_ED1zvW2oo2-sKW5xM46hyJCdsC-RYoy_rjSAinRO_iRDnBBuV30i-xd8vIB4lHwMXvaBlWQzJ8dw_wG9U7soObLSHgZ7/s312/o+irland%25C3%25AAs+estreita.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="312" data-original-width="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrHtXmcJ8mnWkc0r0mDDzWGmSo8lr33SOknXOg9wLKkFF13RG_ED1zvW2oo2-sKW5xM46hyJCdsC-RYoy_rjSAinRO_iRDnBBuV30i-xd8vIB4lHwMXvaBlWQzJ8dw_wG9U7soObLSHgZ7/s0/o+irland%25C3%25AAs+estreita.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="background: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><b>Jimmy Hoffa: Al Pacino x Jack Nicholson</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="background: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">Nem todo filme cujo protagonista seja um personagem
histórico é necessariamente uma cinebiografia. Há dois tipos de filmes sobre
personagens reais, o primeiro é de fato as biografias, como </span><i style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">Gandhi</i><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;"> (1982) e </span><i style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">Chaplin</i><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;"> (1992), ambos de Richard Attenborough, onde são mostradas a
infância, juventude, fase adulta, e os principais aspectos da vida pessoal,
sucessos, fracassos e morte. E há também os filmes de cunho histórico, onde se
narra um capítulo da história humana, como por exemplo: segunda guerra mundial,
terceiro reich, guerra fria e independência dos Estados Unidos, onde um
personagem específico foi importante ou obteve destaque, por exemplo: </span><i style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">A queda!</i><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;"> (2004), </span><i style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">A rede social</i><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;"> (2010) e </span><i style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">Lincoln</i><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">
(2012) não podem ser consideradas biografias de Hitler, Mark Zuckerberg e
Abraham Lincoln respectivamente, pois são obras cujo foco não são suas
histórias de vida, e sim eventos importantes históricos e sociais que tiveram
protagonistas muito marcantes, e esses mesmos personagens são reproduzidos em
frente às câmeras.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Interpretar um personagem real, ou uma figura histórica
não é fácil. Dar a vida a um personagem fictício permite ao ator gozar de uma
certa liberdade para criar e incorporar ao personagem os elementos que ele
julga serem necessários; já quando se trata de uma figura real, o ator fica bem
mais limitado, ele tem que aprender as características e hábitos de seu
personagem e se concentrar apenas nisso, sem muito espaço para criar ou
improvisar; mas isso não significa “imitar” o personagem que está sendo
retratado, “não se pode fazer imitações de pessoas, elas nunca funcionam”
garante Marlon Brando. Talvez seja justamente por essa dificuldade que tantas
interpretações vencedoras do Oscar foram de atores e atrizes que interpretaram
personagens reais, tomemos como exemplo Meryl Streep (Margareth Tatcher),
Daniel Day-Lewis (Abraham Lincoln), Eddie Redmayne (Stephen Hawking), Gary
Oldman (Winston Churchill), Jamie Foxx (Ray Charles), Rami Malek (Freddie
Mercury), Renée Zellweger (Judy Garland), dentre tantos outros...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Há quem diga que para se interpretar
um personagem real, o ator precisa extrair todas as suas principais
caraterísticas e reforçá-las em cena.</span><span style="background: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Como bem observou a autora e professora de interpretação
Ivana Chubbuck em <i>seu livro O poder do ator</i>: “Os atores mais consagrados
pelo seu talento são aqueles que nunca perdem de vista quem eles são como
pessoa quando estão atuando. Robert DeNiro, Jack Nicholson, Meryl Streep, Cate
Blanchett e Al Pacino interpretaram, cada um, uma variedade de personagens, mas
você sempre pode ver os traços do seu verdadeiro eu no seu trabalho.” De fato,
todo bom ator sempre manterá sua “base” na composição dos seus personagens,
além disso, acrescentará características únicas e especiais a cada um deles.<span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="background: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Tomemos como exemplo Jimmy Hoffa, líder
sindical e importante figura da história norte-americana do século XX. Hoffa já
foi interpretado nos cinemas por ninguém menos que verdadeiras lendas como Jack
Nicholson e Al Pacino. Na primeira versão, <i>Hoffa – um homem, uma lenda</i>
(1992), Nicholson abriu mão, quase que completamente, de sua base como ator
para assim tentar encarnar com precisão e detalhadamente a figura do ex-líder
sindical. Não deu muito certo, afinal o filme não fez tanto sucesso e Nicholson
foi indicado à Framboesa de Ouro na categoria de pior ator. Mesmo com toda a
sua experiência e com vários sucessos no currículo, Nicholson cometeu um erro
fatal. Já na segunda versão, em <i>O irlandês</i>, Al Pacino interpreta Hoffa
de forma livre e não totalmente presas às características do verdadeiro Hoffa,
embora Pacino tenha estudado seu papel a partir da figura real, ele se valeu
muito mais de sua base e de suas marcas registradas para compor o personagem do
que Nicholson. Deu muito certo! Por este trabalho Al Pacino foi indicado ao
Bafta, Globo de Ouro, Prêmio do Sindicato e o Oscar, todos na categoria de
Melhor Ator Coadjuvante.</span><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="background: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Ou seja, é possível sim que um ator, ao
interpretar um personagem real, ainda assim possa se valer de sua base sem ter
que anular suas características para dar vida ao personagem.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="background: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><br /></span></p></div>......................................................................................................................................................................<br /><p><br /></p>lizandrasoavehttp://www.blogger.com/profile/13235200239456937274noreply@blogger.com0