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Lawrence da Arábia

Península Arábica, 1916.

Desde 1517 as nações árabes estavam sob o domínio dos turcos do Império Otomano, aliados da Alemanha e de Áustria-Hungria na 1a Guerra Mundial.

Confiantes no apoio do Império Britânico na conquista e no reconhecimento da liberdade perante os turcos, os árabes lutaram e se sacrificaram ao lados dos ingleses, que por sua vez tinham interesses diversos na região.

Esse é o contexto do premiado filme Lawrence da Arábia, de 1962, do diretor David Lean, vencedor de sete Oscars, baseado no livro Os Sete Pilares da Sabedoria do próprio personagem, Thomas Edward Lawrence (1888 - 1935).



Lawrence era um arqueólogo que tinha um profundo interesse pelo Oriente Médio e possuía muitos conhecimentos sobre as línguas, a cultura e os costumes do povo árabe. Durante a Primeira Guerra Mundial alistou-se no exército britânico para lutar ao lado dos árabes contra os turcos.


 
 
Naquela época o Império Britânico controlava o Egito, do qual era credor, tendo recebido destes como pagamento de dívidas uma parte do Canal de Suez, local estratégico para navegação na rota para as Índias.
 
O canal, com 195 km de extensão, foi construído por uma parceira entre França e Egito, entre 1859 e 1869, ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho.
 
 
No entanto, ao fim da guerra, em 1918, quando os turcos já estavam finalmente derrotados, ao invés de cumprir sua palavra com os árabes, a Inglaterra põe em prática o que já havia sido acordado secretamente em um pacto com a França para divisão daquelas terras entre os dois países, no Tratado Sykes-Picot, assinado em 1916, causando revolta e indignação ao mundo árabe.
 
Como justificativa para esse ato, que foi altamente repudiado pelas demais nações, os britânicos e franceses alegaram que fizeram isso porque acreditavam que os árabes ainda não tinham maturidade para governarem sozinhos e precisariam ficar sob a tutela dos ocidentais.
 
Essa indignação perdura até os dias de hoje, sendo responsável por grande parte dos conflitos atuais entre o Oriente Médio e os países ocidentais.