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Who Are You, Madame Blavastky?

Documentário de 1991, de Karine Dilanyan, fala sobre a vida da misteriosa mística russa Helena Blavatsky, co-fundadora da Sociedade Teosófica.




Helena Petrovna Blavatsky,  nasceu em 12 de agosto de 1831, na cidade de Ykaterinoslav onde hoje é a Ucrânica, mas que na época fazia parte de Império Russo. Nasceu em casa, numa noite de muita tempestade, durante uma epidemia de cólera. Seu nome original era Yelena Petrovna von Hahn, era de origem nobre por parte de mãe, filha de um soldado de origem germânica. Tinha uma irmã mais nova chamada Vera. Durante a infância, mudou-se de cidade várias vezes com a família.

Desde criança sente o chamado de uma voz interior, que a conduz para o seu destino, para um horizonte misterioso, de forma transcendental, para uma promessa de conhecimento secreto. 

Ela sentia que não pertencia a si mesma e que seu comportamento poderia às vezes parecer irracional ou até mesmo hilário para os outros.

Aos 17 anos ela se casa com Nikifor Vladimirovich Blavatsky, um homem mais velho, na casa dos 40 anos, vice-governador de uma província russa. Um ano depois ela deixa o marido, realizando pequenas viagens que dão início a nove anos de andanças ao redor do mundo em busca da "verdade".

No documentário, narrado por ela mesma recordando suas memórias, ela menciona os fatos escritos por seu primo Sergey, sobre ela, mas totalmente equivocados. 

Ela conta que lutou ao lado de Garibaldi, na Itália.

Sua irmã, Vera, conta que na infância a família foi visitada por um príncipe indiano, que conversou com Helena por muitas horas e teria contado a ela sobre uma misteriosa Fraternidade espiritual que existia em algum lugar do mundo e também sobre os Rosacruzes e seus antigos rituais mágicos e secretos. Essa foi a primeira vez que Helena confessa estar ouvindo a voz de seu destino e decide que irá atrás desse conhecimento.

Foi por esse motivo que Helena se casou tão cedo e logo deixou seu marido. Para conquistar a independência de que precisava para ir em busca de seu destino. Ela imaginava que o mais puro conhecimento sobre o universo, sobre Deus e sobre o homem, deveria estar bem guardado em algum lugar do planeta.

Ela descobriu que nas montanhas do Tibet havia um lugar onde homens santos haviam recusado o benefício da eternidade para permanecerem na terra auxiliando a humanidade. E seu objetivo passou a ser a descoberta desse lugar, nas montanhas remotas e nevadas do Himalaia.

Ela prometeu não revelar os conhecimentos que obteve nesse período da sua vida, no qual ela pode desenvolver suas habilidades psíquicas. 

Quinze anos depois ela visita a Rússia, e o narrador volta a ser seu primo Sergey. Ele diz que esperava ver uma mulher belíssima, mas na verdade ela tinha ganhado muito peso e não era muito atraente fiscamente. Mas seus poderes o impressionaram muitíssmo.

Em seguida há uma espécie de julgamento de Helena, onde sua irmã Vera argumenta em sua defesa e seu primo Sergey contesta seus feitos e a acusa de charlanismo e heresia. 

Mas a própria Helena intercede e diz que a irmã teve que enfrentar tanta coisa para defendê-la, tantas fofocas e malidicências. Ela afirma que realmente não é uma cristã, mas que acredita nos ideiais de Jesus Cristo, e que jamais se levantaria contra os cristãos ortodoxos, e que seu primo na verdade é um traidor assim como Judas.


Linha do tempo:

1831 - HPB nasce prematura na Rússia. Já na infância apresenta sinais de poderes psíquicos e sobrenaturais.

1842 - falecimento de sua mãe

1848 - casa-se com Blavatsky mas foge em seguida para a casa do avô. Com receio de ser mandada de volta para seu marido, dá início a uma série de viagens pelo mundo: Constantinopla, Turquia, Grécia e Egito, provavelmente financiadas por seu pai.

1850 - encontra-se no Cairo

1851 - vai com o pai para Londres onde encontra pela primeira vez com seu mestre, o hindu Morya, ou "Mestre M", que já conhecia por encontros telepáticos durante a infância, segundo seu relato. 

Vai para o Canadá, EUA, América do Sul, México, Índia e Java. Mas ainda não consegue entrar no Tibete.

1855 - Volta a Índia e vai ao Tibete onde passa por um período de treinamento com seu mestre.

1858 - Vai a França, Alemanha e em seguida volta a Rússia para visitar a irmã Vera.

1860 - 1865 - Vive e viaja pelo Cáucaso aprimorando seus poderes.

1865 - Volta a viajar pelos Balcãs, Grécia, Egito e Síria.

1868 - Lutou ao lado de Giuseppe Garibaldi na Itália.

Volta para o Tibete para encontrar seu mestre e recebe o ensinamento do budismo tibetano.

1870 - Vai a Chipre e Grécia

1871 - Vai para o Egito em um navio que naufraga mas ela é resgatada e consegue chegar ao Cairo.

1872 - Funda a Société Spirite, com base nos ensinamentos de Allan Kardec. Mas se decepciona com o grupo. Volta para Odessa.

1873 - Seu mestre lhe orienta a ir para Paris e em seguida Nova York, onde vive sem dinheiro e com muitas privações, mas acaba recebendo uma herança de seu pai falecido.

1874 - Conhece o coronel Henry Steel Olcott, e passa a praticar o espiritismo a seu lado.

1875 - Junto com Olcott funda a Sociedade Teosófica.

1877 - Publica "Isis sem Véu", que ela alega ser psicografado. Apesar do sucesso do livro e da sociedade, afunda-se em dívidas.

1878 - Muda-se com Olcott para a Índia.

1881 - Escreve "O Mundo Oculto".

1885 - Volta sozinha para a Europa e passa a viver como dama de companhia de uma condessa na Alemanha.

1886 - Escreve "A Doutrina Secreta"

1889 - Escreve "A Voz do Silêncio" durante um período de férias, após muitos momentos conturbados em sua vida. Sofre também com muitos problemas de saúde e obesidade.

1891 - Morre em Londres em decorrência de uma epidemia de gripe, aos 59 anos.


No Tibete Helena Blavastky teria conhecido os "eleitos ocultos"e a Grande Fraternidade Branca, com quem tinha também comunicações telepáticas, e que revelaram  a ela a história oculta da raça humana, onde cada rodada do ciclo cósmico teria associadas sete raças raízes:

1a - Raça Astral (espírito puro, forma mais elevada de existência)

2a - Raça Hiperbórea (desaparecida no mar do norte)

3a- Raça dos Lemurianos (miscigenada com animais)

4a - Raça da Atlântida (poderes paranormais, cidade gigantes, fonte de energia de origem desconhecida)

5a - Raça Ariana (fundou a Grécia Antiga)

6a e 7a Raças ainda não chegaram


Blavatsky foi iniciada em sete símbolos esotéricos, dos quais o mais poderoso era a suástica, símbolo de Agne, deus do fogo, do sol e da criação.



"Não existe nenhuma religião maior do que a verdade." HPB


Curiosidade:

A posição das mãos nas fotos de Blavatsky, sempre junto ao rosto, lembram o mesmo gesto do personagem da Marvel Professor Xavier, do X-Men. A cadeira também é bastante parecida.








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Documentário: A História Oculta do Terceiro Reich

"A SS Sangue e Terra" e "O Enigma da Suástica"

Primeira década do século XX:

- As cidades da Alemanha e da Áustria passavam por transformações com saída da população do campo para as cidades, para as indústrias, levando superpopulação e favelas.

- Clamores por socialismo e a democracia colocam a aristocracia em risco.

- Crenças religiosas são questionadas pelo conhecimento científico e pelo materialismo.

- Sentimento de nostalgia das elites por um passado mais harmonioso, organizado e espiritualizado. O mundo de beleza e ordem se desintegrava.

- Busca pela simplicidade. Movimento "A Reforma da Vida" - restauração de uma forma mais natural de vida (vegetarianismo, cura através de ervas, nudismo, vida comunitária e meditação, espiritualismo, astrologia, magia e ocultimo)

- Jovens se juntavam à Wandervogel (Aves de Passagem), contra a industrialização e em prol do amor místico pelo meio rural e reverência ao folclore e rituais alemães.

- Nesse contexto o jornalista e ocultista austríaco Guido Von List (1848-1919) conhece o trabalho de Blavatsky e acredita que a quinta raça se refere ao homem germânico. Adiciona aos conceitos dela algumas frases do filósofo Giordano Bruno, sobre a superioridade do homem alemão. 

Busca na mitologia germânica mais referêcias. A Armanenshaft, que reunia esses conhecimentos, tinha sido relegada ao ocultismo com a chegada do Cristianismo, mas sobreviveu graças a sociedades secretas como os maçons, templarios e outras ordens de cavaleiros. 

Durante a primeira guerra mundial List acreditiva que a Alemanha sairia vencedorea e que os novos senhores do mundo sairiam do grupo de iniciados nessas ordens secretas. 

Ele também havia tido acesso a antigas lendas e mitologias nórdicas, sobre o deus Odim, e ao conhecimento das runas, entre elas:

Fehu - runa da riqueza, da errância e da destruição

Urus - runa da regeneração e do sacrifício

Naudhis - runa da compulsão do destino

Sowelo - runa do sol e da vitória (era o símbolo da Juventude Hitlerista e o duplo sowelo era símbolo da SS)

Othila - runa da herança do solo germânico e era o símbolo do Ministério da Agricultura

Mannaz - runa do homem e da morte (substituiu as cruzes nos cemitérios da SS)

Mas não foi o que aconteceu. A Alemanha perde a guerra e a moral do povo alemão fica em ruínas assim como o país. Eles acreditam que a culpa tenha sido de capitalistas, democratas e judeus. O kaiser abdica e a Alemanha vira uma república democrática.

No entanto os aristocratas acreditam cada vez mais na supremacia da raça alemã, e busca ainda mais argumentos no darwinismo, que trazia conceitos recentes e revolucionários sobre a seleção natural, o que pavimentou vias para a terrível "eugenia".

- Um novo ocultista antissemita também austríaco, Jorg Lanz, dá continuidade ao trabalho de List e une os conhecimentos misticos com a higiêne racial da eugenia.

Ele lança um jornal chamado Ostara, com o qual difundia essas ideologias e pensamentos. Entre os colecionadores da publicação está o cabo Adolf Hitler. Dono de uma poderosa oratória, ele divulga aquelas ideias nos pubs locais. Dali para frente a história é bem conhecia e desde o nascimento dessas ideias à formação da guarda especial de proteção SS (Schutzstaffel) foi um pulo.

- Outro membro importante do nazismo foi Heinrich Himmler, um criador de aves muito ligado ao campo. Fazia parte da liga agrícola chamada Liga Artamana, cujo juramento era feito sobre sangue e terra. Ele também era colecionador do jornal Ostara. 

Himmler acreditava ser uma encarnação do rei Henry I (876-936), da Alemanha, e visitava seu túmulo todos os anos. Essas crenças inflavam ainda mais seus sonhos megalomaníacos de dominação da raça ariana.


Reflexão

Esse foi um período terrível pelo qual passou a humanidade, mas que deve ser sempre lembrado para que jamais volte a se repetir. 

Também os símbolos que nos cercam o tempo todo, seja em publicidades, filmes, logomarcas,  carregam muitas vezes o poder das referências e das ideias que são a eles associados e por isso devemos ter sempre uma percepção crítica e analítica sobre esse tipo de linguagem.