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O Cerco de Siracusa

Filme italiano de 1960, do diretor Pietro Francisci, traz um romance fictício que se passa na ilha da Sicília, na cidade de Siracusa, durante um período histórico real, a Segunda Guerra Púnica, travada entre Roma e Cartago entre 218 e 201 a.C. 



Soldados de Siracusa correm para avisar ao rei Hierão II que encontraram na praia destroços dos barcos cartagineses destruídos pelos romanos, que certamente estão vindo em direção à cidade. Siracusa era uma colônia da Magna Grécia que naquele momento era aliada dos cartagineses e rival dos romanos. 

O rei Hierão II decide que irá recebê-los amigavelmente, mesmo porque os romanos até então estavam respeitando a independência da colônia grega e não tinham ainda infringido nenhum ataque contra os helenos.

Uma figura ilustre de Siracusa, o genial cientista Arquimedes, seria uma esperança para o reino com suas invenções bélicas que utilizavam a mais avançada tecnologia da época. Amigo de infância de uma das filhas do rei, a jovem e bela Clio, cujo nome remete à musa grega, deusa da memória.

Clio (Sylva Koscina) tinha por Arquimedes uma grande paixão, mas o físico preferia passar longos períodos afastado em sua caverna, imerso nos estudos e experimentos.

Rei Hierão II e sua filha Clio

Clio promete ao pai tentar fazer com que Arquimedes saia de seu refúgio para ajudá-lo na estratégia de segurança do reino, caso a guerra chegue de fato às portas de Siracusa. 

E quem chega também à cidade é a trupe do malandro Gorgia, o fenício, e suas belas dançarinas, entre elas sua irmã Diana (nome romano para a deusa Artemis, a deusa grega caçadora), vivida pela atriz Tina Louise. Seu nome realmente era Artemis, mas seu irmão achou melhor que em Roma ela passasse a se chamar Diana.


Aquimedes (Rossano Brazzi) está testando um novo experimento, uma poderosa arma de guerra capaz de atear fogo à distância utilizando espelhos estratégicamente posicionados para direcionar os raios solares. Diana se banhava em um rio próximo e tem suas roupas incediadas acidentalmente pelo artefato. A moça vai se queixar com o cientista que finalmente tem a reposta para seus estudos: Eureka, a famosa palavra atribuída a Einstein mas que na verdade foi proferida pelo grego. 

Em seguida Arquimedes vai  à cidade e ao lado de Hierão recebe o gereral romano Marcelo

 
Ao conhecer melhor o navio romano Arquimedes menciona os feitos do cônsul Duilio, general romano vitorioso na primeira batalha naval empreendida por Roma contra os cartagineses, a Batalha de Milas, graças ao "corvo", sua invenção.


Enquanto Arquimedes analisa a embarcação romana enquanto os soldados se divertem com as moças da cidade. Um das bailarinas de Gorgia o aborda e diz que as dançarinas são filhas de Terpsícore, que na mitologia também é uma musa, da dança e da música, e irmã da musa Clio. Arquimedes então aprecia o espetáculo de dança e vê que a bailarina principal é Diana, por quem já está completamente apaixonado.

Mas Diana sabe que Arquimedes é um homem importante da cidade, um dos maiores gênios da atualidade, e não crê na possibilidade de um romance entre eles prosperar. Mas no templo de Zeus os dois voltam a se encontrar e se rendem à paixão.

O fenício Gorgia vende importantes informações sobre os planos dos romanos para Hierão, mas oferece os serviços de suas bailarinas para os soldados romanos e se prepara para partir com eles e as moças para Roma em busca de novas oportunidadedes para aplicar seus golpes.

Clio vai à casa de campo do pai de Arquimedes e lá fica sabendo do romance entre seu amado e Diana e, apesar da grande  tristeza e decepção, deseja que ele siga seu caminho e que não fique com ela apenas por piedade.

Porém, quando Arquimedes vai à Siracusa, é interpelado por soldados romanos que o prendem por engano. Diana vai novamente ao local de encontro e com a ausência de Arquimedes, e depois de de quatro semanas sem nenhuma notícia dele, conclui que ele tenha perdido o interesse por ela. Na pousada onde está hospedada com a trupe, revela a seu irmão Gorgia que espera um filho de Arquimedes.

Gorgia conta a Diana que Arquimedes possui um compromisso com Clio, filha do rei Hierão, e diz que não vai permitir que essa criança represente um risco à relação de confiança que ele está desenvolvendo com o rei causando grande sofrimento à moça.

Aquimedes finalmente é libertado da prisão e vai direto à procura de Diana. Chegando na pousada seu irmão diz que ela foi embora com os barcos romanos em busca de ganhos na vida de prostituição.

A bordo da nave romana, Diana desperta de um sono profundo causado por ter ingerido sem conhecimento uma droga que seu irmão teria colocado em sua bebida. Desesperada, grita com os soldados querendo voltar à Siracusa. O guarda então a empurra e na queda ela bate fortemente a cabeça e mais uma vez tem um desmaio.

O gereral romano Marcelo a socorre no barco e se encanta com sua deslumbrante beleza, e quando desperta, Diana perde completamente a memória, em função do forte golpe que levou na cabeça. Ele passa a chamá-la de  Lucrécia, nome da mulher mais importante da história de Roma (buscar por "O Rapto de Lucrécia" ou "The Rape of Lucretia" - 510 a.C.).

Enquanto isso, em Siracusa, o desapontado Arquimedes mergulha em seus experimentos. Decide depositar suas esperanças no amor de Clio, mesmo que não corresponda ao sentimento da moça com a mesma devoção. Casam-se numa cerimônia discreta, no mesmo templo de Zeus onde encontrou-se com Diana pela primeira vez.

Passam-se os anos e Lucrécia, agora esposa de Marcelo, eleito Cônsul de Roma, vive como uma sofisticada dama da alta sociedade romana. Seu filho mais velho, Marcos, foi adotado por seu marido como sendo dele, e o casal tem um outro bebezinho chamado Máximo.

Já o casal Arquimedes e Clio não recebem a mesma graça e não conseguem gerar um filho. 

 
O rei Hierão menciona o vinho feito com uvas das colinas do monte Etna (o vulcão na Sicília) e que conservam "fogo de Avernus"
Os gregos acreditavam que Avernus fosse a entrada, ou o portal para o submundo, o mundo subterrâneo, representado alí pelos lagos com gases tóxicos na cavidade vulcânica.


A pedido do rei, Arquimedes vai a Roma numa missão diplomática, para tentar uma aliança com o cônsul Marcelo, pois percebe que já não há mais o equilíbrio de forças entre romanos e cartagineses no qual Siracusa era o fiel da balança com sua neutralidade. 
Após negociarem a aliança entre as duas nações, Arquimedes vai descansar nos aposentos do palácio, e vê Diana no jardim colhendo flores. Vai até ela mas a esposa de Marcelo não o reconhece no primeiro momento. Aos poucos sua memória vai voltando com o choque do reencontro e eles conversam reservadamente sobre o passado, inclusive sobre o filho que os dois têm em comum.
Marcelo, que caminhava com Marcos ali próximo, escuta toda a conversa e diz que compreende a situação mas que agora as coisas são diferentes. A própria Diana, agora Lucrécia, decide ficar com seu marido e os dois filhos.
Ao voltar para Siracusa, Arquimedes prefere ficar em sua caverna. Quando Clio fica sabendo do ocorrido vai até ele muito abalada e sobre um acidente mortal no caminho, caindo com sua carruagem num precipício ao lado do mar.
Mais de dez anos se passam. Hierão está morto e Arquimedes fica em seu lugar, também aconselhado por Gorgia. Motivado pelo rancor pelo seu rival, Marcelo não vê mais motivos para honrar a aliança entre os povos e dá início e propõe ao senado a invação à cidade grega. Com a oposição do senado à sua idéia, promete enviar um emissário seu para investigar se Siracusa está de fato tramando contra os romanos e se aliando aos cartagineses para justificar um ataque.
O senado exige então que esse emissário seja seu filho Marcos, já um rapaz ávido por provar o seu valor nas questões de guerra.
A expedição de Marcos é descoberta,  ele é preso e interrogado por Gorgia, que também tinha espiões em Roma e já sabia da vinda do rapaz, que é levado a julgamento. Sem saber de quem se trata, Arquimedes atribui a ele a pena de morte, e se desespera ao saber que o rapaz é na verdade seu filho.
A frota romana chega exigindo o uso estratégico da cidade e a devolução dos prisioneiros, mas Arquimedes se recusa, confiando no poder de destruição das armas de guerra desenvolvidas por ele. Durante esse tempo, Arquimedes aperfeiçoou muitos equipamentos bélica, principalmente o refletor parabólico ou "raio de calor de Aquimedes". Ele acredita que destruindo os navios romanos conseguirá salvar seu filho.
Para aumentar a aflição de Arquimedes o dia da batalha amanhece nublado, e sem o poder dos raios solares, seus conjuntos de espelhos não teria nenhuma serventia. Os romanos então avançam e cercam a cidade. Eis que finalmente o sol aparece e começa então um verdadeiro massacre com os raios de calor que incendeiam os navios e os soldados romanos, deixando o mar de Siracusa em chamas.
Durante a noite o nada confiável Gorgia parece levar um copo de veneno para que Marcos tire a própria vida e não seja morto por Arquimedes. No entanto, o conselheiro salva a vida do sobrinho, que retorna para junto de Marcelo. Gorgia na verdade havia se aliado novamente aos Romanos.
Arquimedes descobre que o filho fugiu e que provavelmente estaria em um dos navios afundados por ele. Mas Marcos  reaparece em Siracus junto dos soldados romanos e Marcelo. Gorgia havia facilitado a entrada dos romanos.
Antes que todos os enganos pudessem ser finalmente esclarecidos inicia-se o confronto final entre os soldados romanos e os de Siracusa e Marcelo vem a ser morto. Marcos promete honrar aquela figura que teve como pai e que muito amou, para desilusão de Arquimedes e Artemis.





Scipione l'Africano

Roma, 205 a. C.  

O general cartaginês Aníbal Barca já havia avançado com seus soldados para o sul da Península Itálica e montando acampamento nas proximidades da cidade de Roma, e derrotado sumariamente as legiões romanas nas batalhas de Ticino, Trébia, no lago Trasimeno e finalmente em Canas, a pior de todas. 

O senador Quinto Fábio Máximo tinha adotado estratégia de enfraquecer aquele inimigo invencível impedindo, ao longo dos anos, que novos recursos chegassem para abestecer os acampamentos, evitando o combate direto e deixando o cartaginês cada vez mais enfraquecido enquanto o exército romano se recuperava.

Até que o romano Públio Cornélio Cipião, que viria a se tornar Cipião Africano, durante os anos de 205 a 202 a. C., quando derrotou o maior pesadelo de Roma, o grande general cartaginês Aníbal Barca.



Filme italiano de 1937, do diretor Carmine Galone, financiado pelo Primeiro Ministro da Itália Fascista, Benito Mussolini, com o objetivo de promover uma propaganda do regime fascista, que tinha a intenção de invadir o norte da África.

O filme narra um período importante da vida do general romano Públio Cornélio Cipião, que viria a se tornar Cipião Africano, durante os anos de 205 a 202 a. C., quando derrotou o maior pesadelo de Roma, o grande general cartaginês Aníbal Barca.

A história gloriosa de Aníbal já foi contada aqui na postagem do filme "Aníbal, o Invencível", desde a travessia dos alpes com seus exércitos  de mercenários e seus elefantes, em 218 a. C., até a sua impiedosa vitória na Batalha de Canas, em 216 a. C.

O filme começa então contando como estava a situação de Roma após as derrotas em Ticino, Trébia, no lago Trasimeno e em Canas. Aníbal foi avançando com seus soldados para o sul da Península Itálica e montando acampamento nas proximidades da cidade de Roma. A estratégia adotada pelo senador Quinto Fábio Máximo para enfraquecer aquele inimigo invencível foi a de impedir, ao longo dos anos, que novos recursos chegassem para abestecer os acampamentos, evitando sempre o combate direto e deixando o cartaginês cada vez mais enfraquecido enquanto o exército romano se recuperava.

Mais de 10 anos se passaram com os romanos convivendo com aquela perigosa ameaça à sua porta, até que Cipião propõe ir levar as legiões romanas até a África e combater Cartago diretamente. A proposta foi duramente criticada por Fábio Máximo, já um ancião, com o argumento que toda a força bélica de Roma precisaria ser usada primeiro para expulsar Aníbal da Itália. 

Os senadores fizeram então um sorteio e a proposta de Cipião saiu vencedora. Toda a cidade vibrava com a nova empreitada e todos os homens adultos se juntaram ao seu exército. 

Depois de passar por vários lugares angariando vitórias, Cipião consegue um importante aliado: Massinissa, o rei da Numidia Oriental massília.


Segue abaixo o vídeo que publiquei no YouTube sobre esse filme, no meu canal Lizandra Soave.




Cabiria

O filme italiano Cabiria, de 1914, do diretor Giovanni Pastrone, com uma parceria com o poeta Gabrielle D'Annunzio, que teria escrito os intertítulos, foi uma superprodução grandiosíssima para a época, exibida para pessoas dos mais altos escalões em vários países, inclusive nos EUA, quando foi apresentado na Casa Branca para o então presidente Woodrow Wilson.

Uma referência para os filmes épicos que vieram depois, com a grandiosidade e alta qualidade de seus cenários.
 
A história se passa entre os anos 218-202 a.C, durante o período da Segunda Guerra Púnica, entre o Império Romano e Cartago (onde é a atual Tunísia).
 
 
 
Cabiria é uma garotinha no início do filme. Ela sobrevive a uma enorme erupção do vulcão Etna, que fica na Sicília, Itália, junto com sua babá, que a protege de ser vendida como escrava, onde seria entregue em sacrifício ao deus (demônio) Moloch.
 
Quem já leu o Antigo Testamento sabe o quanto essa entidade Moloch é citada como sendo um ser horrível e nojento.
 

Arquimedes e o Cerco a Siracusa

 
O filme mostra também o cientista Arquimedes (287-212 a.C.), da cidade de Siracusa, na Sicília, que hoje pertence à Itália, mas que na época fazia parte da Magna Grécia (conjunto de colônias gregas que formavam a Hélade).


Arquimedes

Ator Enrico Gemelli como Arquimedes
 
 
Arquimedes era matemático, físico, astrônomo, engenheiro, e deixou enormes contribuições à ciência sobretudo no campo da engenharia.
 
Suas invenções bélicas também foram relevantes e no filme ele aparece desenvolvendo e aplicando sua invenção chamada "raio de calor de Arquimedes", que consistia de um conjunto de espelhos que devidamente posicionado conseguia atear fogo em determinados locais por refletir a luz solar.
 
O dispositivo foi usado contra os navios romanos durante o Cerco a Siracusa (214-212 a.C.), assim como várias outras invenções do cientista.



Transcrição dos intertítulos:


Il Primo Episodio


É entardecer. Os pastores cantavam sua canção. A musa Dórica inspirava as variadas flautas para aquela que "o favo de mel emprestou sua fragrância". E Batto retorna dos campos para a cidade, para seu jardim no Catana, com sua vista do Etna.

A pequena Cabíria, a amada filha de Batto. Seu nome lembra o espírito da chama trabalhadora, e Hestia  (deusa da família e do fogo) ri sobre ela da lareira. Ela brinca com sua babá Croessa. (uma casa luxuosa com muitos escravos)

O poderoso peito do Tifão, sobre o qual descansa a Coluna Celestial, dá um pequeno sinal e quebra a paz da noite. Estão os rios de fogo prestes a correr novamente?  Oh Etna! Etna!


"Oh, soberano deus, tu que colocaste teu trono no abismo, tu que apertas as raízes da Terra, tu que sequestraste a filha de Demeter (Perséfone) de seus prados sicilianos, e a carregou para os portões do Hades, o demônio de milhares de nomes, eu o invoco em sagrada libação, acalmas a fúria do implacável fogo. Sejai misericordioso com aqueles que oferecem sacrifícios. Recebas seus presentes e suas orações." (sacerdotes clamam e oferecem sacrifícios a Hades, deus do submundo)

A paz é tão profunda como a noite quando de repente um rugido chacoalha os que estão dormindo e os arremessa novamente em meio ao terror. (o vulcão Etna entra em erupção e todos começam a correr desesperados de um lado para o outro enquanto chamas caem do céu e as edificações começam a desmoronar.)

Em vão os servos procuram escapar pelas rachaduras das paredes em ruínas. Então, de repente, eles descobrem uma passagem desconhecida, uma escada secreta que leva ao subterrâneo.

Aqui a fortuna de Batto, o acumulador, tem sido recolhida e escondida. À visão dessas deslumbrantes riquezas, a ganância venceu seus medos. Carregados com o inesperado butim, os servos escapam. E com eles está a babá Croessa.

Os sobreviventes choram a doce Cabíria, acreditando estar ela enterrada sob os escombros. Nunca novamente eles devem sorrir. (os pais choram por ela)




Il Secondo Episodio (00:09:05)


Os sobreviventes (servos) dividem o tesouro.

Espalhados ao longo da praia devastada, famintos, ainda pressionados pelo medo, os fugitivos procuram pelo mar. Eles encontram um navio abandonado, como se tivesse sido oferecido pela graça dos deuses.

É o navio dos piratas fenícios, que tinham atracado para procurar madeira. (eles chegam, matam os servos e levam Croessa e Cabíria como escravas)

Croessa e Cabíria são vendidas no mercado em Cartago. Karthalo, o alto sacerdote, compra a jovem vítima como uma oferta a Moloch, o deus do bronze.

Fulvius Axilla, um patrício romano, e seu escravo Maciste, vivem anônimos em Cartago. Eles espionam os movimentos da república rival.

O taberneiro Bodastoret.

Fulvius Axilla e Maciste são clientes da pousada do Macaco Despido (Striped Monkey).

O Alto Sacerdote seleciona as vítimas na cela do templo. Croessa tenta salvar Cabíria dizendo que a criança está doente, e portanto inaceitável para o deus Moloch. Mas seu fingimento falha. A vítima inocente é prometida para o próximo sacrifício.

Sua farsa é punida. (ela recebe chibatadas e é dada como morta)

Croessa reconhece Fulvius Axilla como um romano, e implora para ele salvar Cabíria.



"Aqui está um talismã de graça, um poderoso anel. Tome-o. Esse é o poder que ele carrega: se você ajudar... pelo deuses... ajuda você receberá." O romano se sente tentado pela perigosa empreitada.


O templo de Moloch.

A invocação de Moloch.

"- Rei de duas regiões. Eu o invoco. Eu respiro o profundo fogo nascido de você, o primeiro nascido.
- Aceita as cem crianças inocentes. Engole. Devora! Seja saciado! Cartago lhe dá suas flores."

"Escute-me criador voraz, você quem dá vida e você que destroi todas as coisas, oh faminto insaciável, agora escute-me!"

- Aceite a mais pura carne pura! Aceite o mais doce sangue! Cartago lhe dá suas flores."

"Agora consuma o sacrifício em sua garganta de chama, oh pai e mãe, oh deus e deusa, oh pai e filho, oh deus e deusa! Criador voraz! Rugindo, ardente faminto..."

(crianças são entregues a Moloch e na vez de Cabíria Fulvius e Maciste conseguem salvá-la)

Fugindo de seus perseguidores, os audaciosos heróis buscam refúgio no telhado do templo.

(eles fogem com a menina para a pousada)

Maciste convence o confuso taberneiro.

"Por Baal-Samin,  que assiste a tudo do estrelado firmamento! Por Baal-Peor, vocês devem acreditar em mim! Eu não vi ninguem!" (os perseguidores vão embora)

Croessa paga caro pelo resgate da vítima.


Il Terzo Episodio (00:30:40)


Enquanto isso, Aníbal, a "espada de Cartago" segue seu destino através das montanhas sagradas que alcançam os céus como uma parede impenetrável. (218 a. C. - segunda guerra púnica)




Com força e persistência extraordinárias, Anibal atravessa os Alpes. O poder do seu avanço ameaça Roma. 

A alma de Cartago é inebricada com as boas notícias de vitória. A cidade exalta seu filho.

Enquanto isso, Fulvius Axilla e Maciste se escondem na pousada do Macaco Despido. Eles estão  protegidos pelo cauteloso silêncio do medroso Bodastoret.


Avisado do perigo que ameça Roma, sua distante terra natal, Fulvius decide tentar uma fuga naquela mesma noite.

Sofonisba, a filha de Asdrúbal, a apaixonada "flor da romã". (general Asdrúbal Giscão)

O rei numídio Massinissa é um hóspede de Asdrúbal, que promete a ele sua linda filha, Sofonisba.

Massinissa, príncipe dos guerreiros cavaleiros,  envia um presente para a misteriosa virgem e implora para vê-la em segredo, ao nascer da lua, no jardim de cedros.

(Sofonisba recebe os presentes e fica entusiasmada)

- "Como ele é? Conte-me!"
- "Como o vento da primavera que atravessa o deserto em pé de nuvens, trazendo cheiro de leões e a mensagem de Astarte." (Astarte equivalente a Tamit - esposa de Baal, deusa da lua)


Ao cair da noite um cauteloso homem adentra o maravilhoso templo.

" Eu não vi nada. Eu não sei de nada... Mas uma noite, eu ouvi dos patrões da minha pousada... Ao nascer da lua dessa noite, coloca-se uma emboscada lá..."

A lua nasce.

"Oh rainha que traz a luz... deusa noturna vista por todos com chifres de búfalo... que caminha em um círculo, que se deleita em vigília, que cresce e míngua... fértil, feliz, radiante... proteja seus suplicantes... receba-os dentro dos seu mistério."

(Sofonisba se arruma para o encontro com Massinissa)

Outros corações. Outros medos.

(Fulvius e Maciste saem da pousada com Cabíria e são interpelados pela população)

Uma circunstância afortunada favorece o romano. (Fulvius pula no mar)

"Oh deusa do amor,  celebrada em mil hinos, você que concede suas graças em segredo infunde invencível desejo nos imortais... você que encontra prazer no escuro da noite e nos leitos de marfim... fértil, habilidosa, sorriso infinito... Entre nas profundezas do coração que a invoca."

Ainda perseguido, Maciste se esconde nos jardins de Asdrubal. (e interrompem o encontro de Sofonisba, Massinissa e a escrava)

"Proteja-a, e os deuses o protejerão."

-"Esse homem apareceu em minha frente inesperadamente. Não há nada com ele e ninguém o acompanha."

- "Oh Moloch, ajude-nos a encontrá-la. Ela está com o outro sequestrador." (Massinissa sobre Maciste enquanto Sofonisba e a escrava escondem Cabíria)

Ainda sangrando por causa da terrível tortura, Maciste é acorrentado a uma pedra pelo resto da vida. A morte teria sido muito misericordiosa.

Para Roma.

O taberneiro se vinga do medo que ele passou. (Bodastoret provoca Maciste)
 


Il Quarto Episodio (00:53:35)


A sorte de Aníbal, o vencedor de Canas (batalha de Canas 216 a.C.), muda de lado. O pro-Cônsul Marcelus sitia Siracusa, aliada de Cartago. Fulvius Axilla luta sob a insignia do vencedor de Nola (batalha de Nola 216 a.C.). 

Mas um velho sábio, levantando a vista de suas meditações, inventa máquinas irresistíveis para defender as muralhas da cidade. 

Arquimedes (então com 71 anos de idade) pede fogo ao sol para destruir a frota romana. 

Um instrumento nunca antes visto aparece de repente, divino como um feixe de raios silenciosos.

Fulvius Axilla é incapaz de conter o pânico que o rodeia.

Nessa mesma noite a formidável frota romana não é nada além de uma fogueira apagada em águas calmas. (Fulvius cai do barco em chamas no mar)

A correnteza leva Fulvius ao mar de Aretusa.

Qualquer esperança de salvação é perdida.

Mas o anel de Croessa ainda está no dedo do náufrago. "Se ajudar, a ajuda receberá." E a ajuda chega, apesar da desesperança. (Fulvius é resgatado do mar, um dos homens reconhece o anel da casa de Batto e os homens o levam até lá desacordado.)

Ao se recuperar, o hóspede de Batto conta a história do anel.

"Héstia, inefável fonte dos felizes deuses e dos míseros mortais,  aceite nossas oferendas. Cabíria está viva e seu fogo a acompanha."
- "Ela estava viva. Agora, eu não sei..."     

E despedindo-se de seu angustiado anfitrião, Fulvius Axilla promete procurar Cabíria se o destino levá-lo a Cartago.


Il Quinto Episodio (1:02:00)


Sifax, rei de Cirta, tomou o reino de Massinissa, que desapareceu no deserto.  Asdrubal entrega sua filha ao rei mais poderoso, assegurando uma aliança contra Roma com seu já envelhecido genro. 




(Sofonisba) "Minha amada pomba, suba no carro de Tanit e leve até ela a tristeza e leve até ela a tristeza do meu coração."

Mas Cipião, o favorito do povo, conquistador da Espanha, já controla a África. Lelius o acompanha, e Massinissa, o cavaleiro bandido de Numídia, sonha com a coroa de Cirta.

Familiarizado com o território, Fulvius aceita se infiltrar em Cartago para reconhecer suas defesas. 

Nas muralhas da cidade fortificada. (formação da escada humana 1:10.00)




Na mesma noite Asdrúbal convoca o conselho. 

Cumprida sua missão, Fulvius lembra-se de Maciste e Cabíria, que estão na cidade inimiga há mais de 10 anos. A sorte do velho taberneiro melhorou.  

Fulvius conta a Bodastoret que seu único desejo é reencontrar seu fiel servo Maciste.

Mas na noite seguinte, enquanto o velho taberneiro dormia... (Fulvius vai às escondidas até a prisão de Maciste)

A alegria da inesperada liberdade aumenta sua força.

"O medo cortou seu alento para sempre." (Bodastoret cai morto de medo quando vê Maciste livre)

Maciste não soube mais de Cabíria desde que a noite em que a confiou a uma desconhecida.


Kartalo chegou a Cirta.

E Sifax sai em marcha contra as forças de Roma. 

Não deixe que ninguém viva para levar a notícia do massacre através dos mares.

Para Kartalo, cujo olhar cheio de luxúria já havia se fixado em sua delicada beleza, a escrava favorita de Sofonisba responde: "Meu nome é Elissa, como a rainha de tudo aquilo que é branco e de perfeito silêncio. (Elissa é o outro nome da rainha Dido, fundadora da cidade de Cartago)

Antecipando o próximo ataque, Cipião mudou o acampamento para uma posição mais segura. Desiludidos e perplexos, Fulvius e Maciste temem nunca alcaçar a segurança.

Totalmente exausto, Fulvius abandona a batalha.

O campo de Sifax arde em chamas.

Maciste vê as chamas à distância. É um raio de esperança.

Fulvius e Maciste são capturados pelos fugitivos que tentam chegar a Cirta, sua cidade natal.

O fulminante Massinissa empurra o inimigo à derrota, sem quartel.

O rei Sifax é capturado. A vingança é feita.

Elissa se compadece dos sedentos prisioneiros. Só a morte trara um fim a seus sofrimentos.

Cirta resiste a seus atacantes, mas a teimosa audácia de Massinissa está prestes a quebrar a constância do adversário.

A lembrança da noite de luar nos jardim de cedros.

Enquanto isso Maciste supera o tédio.

O sonho de Sofonisba




"Que venha Karthalo para interpretar meu sonho."

"A criança resgatada... A fúria de Molock... a ruína do reino"

Sofonisba revela o ocorrido muitos anos atrás nos jardins de Asdrubal.

O sacerdote ordena que a vítima resgatada seja devolvida.

Espiando o sacerdote, Maciste prepara uma doce vingança. Ele sabe que de qualquer jeito teria que morrer.

Com as palavras de Karthalo, Maciste reconhece a pequena Cabíria na escrava Elissa.

O destino é generoso. Jamais uma fortaleza sitiada esteve com tal provisão de suprimentos.

Com o coração cheio de medo, Cabíria se despede da luz.

Perplexo ao ver seu rei acorrentado, o povo de Cirta se rende.

O conquistador concede aos soldados um dia de saque. 

"O Massinissa glorioso líder romano, se Sofonisba é parte dos espólios, ela é sua."

"Não sou em quem toma a rainha, senão a rainha é quem me toma. Por Gurzil, o deus da batalha, por todos os nossos deuses, consagro a você a minha espada."

Assim, graças aos encantos da feiticeira real, o indomável numídio se dispõe a trair Roma.

"A prometida de Massinissa não adornará o triunfo do Cônsul."

Fulvius e Maciste continuam sua heróica resistência, enganando como vinho e sonho o tédio da trégua.

Mas os servos furiosos finalmente tentam asfixiá-los.

A deusa, que se regozija com as graças nupciais e concede sua graça em segredo finalmente atende às preces de Sofonisba.

Quando informam de seu extraordinário cativeiro, Massinissa deseja conhecer os audázes heróis.

Massinissa convence a rainha a poupar a vida de seus inimigos. E Fulvius Axila, preocupado com a situação de Cabíria, ousa implorar a Sofonisba por sua sorte.

"Já não vive. Foi assassinada."

Enquanto isso Cipião estabeleceu seu acampamento perto de Cirta. Lelius lhe informa que a filha de Asdrúbal tenta colocar Massinissa contra Roma do mesmo modo que havia feito antes com Sifax.

"Publios Cipião, cônsul de Roma, envia suas saudações a Massinissa, rei dos numídios, e o convoca a seu acampamento de pronto."

O rei resiste em deixar sua mulher nas mãos do cônsul. Mas o cônsul a reclama como parte do espólio.

"Lembre-se de que está na presença de Roma."

O cônsul trata a rainha cartaginesa como um espólio de guerra.

"Não colocarei sua lealdade à prova. Porém, peço-lhe um favor para a rainha, que lhe foi piedosa e que ainda pode lhe dar outra dádiva inesperada."

"Envie-me Maciste em segredo."




"O rei Massinissa envia à rainha Sofonisba um presente digno apenas de um coração real."

"Oh rei, eu recebo seu presente nupcial com o coração real."

"Assumo todo a responsabilidade pela minha morte. Nem preces, nem libações alterarão este ato final. Matisman, deus da morte, nenhuma oferta lhe faço como esta libação."

"Mensageiro da infâmia de Roma, é tarde demais. Mas Sofonisba ainda é a rainha e em troca deste presente mortal, ela mostrará misericórdia. Abdal, aproxime-se e escute-me. Vá... Faça o que eu digo."

Apesar de consagrada ao deus voraz e outra vez prometida como sacrifício vivo Cabíria escapará do destino do fogo.

"Eu a entrego a você. À medida que eu mergulho na escuridão eu trago a luz que brilhará em seu rosto."

Conquistada e desarmada pela derrota de Zama, Cartago se rende ao inevitável julgo. Outra vez os navios romanos voltam a cruzar o mar que fora o local de sua primeira vitória naval. A vitória que proclamou o nome de Roma desde de rostro de Duilius através dos mares.

"Quem canta agora as guerras púnicas? Quem se lembra de Cápua, de Matauros, de Útica e de Zama?"

"Eu não fui conquistado por cavaleiros, soldados ou navios, senão por um poder recentemente revelado, um poder cujas flechas partem dos olhos do amor."




















Hannibal, o Invencível

Roma, 218 a. C.

A república romana está enfrentando o segundo  dos três conflitos com a república de Cartago, conhecidos como Guerras Púnicas.

Em 219 a. C., o general cartaginês, Aníbal, ataca a cidade romana de Sagunto, na Espanha. A resposta foi: "Roma oferece paz ou guerra, escolha. Para Roma, tanto faz". 

Essa obra épica do gênero "espada e sandália", Hannibal, o Invencível, do diretor italiano Carlos Ludovico Bragaglia, foi rodado em 1959, e o herói cartaginês é vivido pelo ator norte-americano Victor Mature.


 
 
Logo depois de um breve contexto o filme começa com os senadores romanos debatendo sobre a ameaça que está se aproximando: Anibal e seu exército estão prestes a cruzar os Alpes após partirem da Espanha.

O senador Minucius, bastante otimista, acredita que os cartagineses não serão capazes de alcançar esse feito, e caso consigam, os homens chegarão tão exaustos e enfraquecidos que serão facilmente derrotados pelas legiões romanas.

Já o senador Fabius Máximus, interpretado pelo ator Gabriele Ferzetti, acha que as legiões de fronteira estão muito ocupadas na Gália e quer se precaver de um otimismo excessivo.

Até que chega um mensageiro informando que Anibal de fato cruzou os alpes que que as legiões romanas estão batendo em retirada. Apenas Rotarius, líder de uma tribo gaulesa rival dos romanos, oferecia resistência. Mas o gaulês acaba fazendo uma aliança com Aníbal, abrindo passagem para os  cartagineses em troca da supremacia de sua tribo na região.

Depois de montar seu acampamento próximo a Roma, Aníbal sequestra a sobrinha de Fabius Maximus, a jovem e bela Sylvia, vivida pela atriz norte-americana Rita Gam, e também o filho do senador, o jovem Quintilho, que é apaixonado pela prima. Quintilho é interpretado pelo ator italiano Terence Hill, então com vinte anos de idade.




Mas o sequestro é apenas uma tentativa de enviar uma oferta de paz para Fabius Maximus, que será recusada. Os dois jovens são liberados no dia seguinte pela manhã, após Anibal apresentar a Sylvia seu acampamento. Ele mostra a ela os grupos de soldados que combatem a seu lado:  numídios, líbios, hispânicos e cartagineses.

Depois de retornar para casa em segurança ao lado de seu primo, Sylvia recebe de Aníbal um anel para que ela use quando precisar falar com ele e também para sua própria segurança caso caia nas mãos de algum de seus soldados. 

Depois da Batalha de Trébia (218 a. C.) vencida por Aníbal, Sylvia entra em contato com o general, na vã tentativa de conseguir ainda aquela proposta de paz e também porque já está apaixonada pelo arquiinimigo de sua pátria.

Nessa batalha Aníbal acaba perdendo um olho, picado por um inseto no pântano.

Logo em seguida o filme mostra também a Batalha de Trasimeno, com mais uma derrota para os romanos, que convocam todos os homens de 15 a 50 anos para se alistarem e  lutarem por Roma.

O exército romano passa para as mãos de dois generais que se odeiam, e Aníbal irá se aproveitar dessa fragilidade e conquistar mais uma vitória na famosa Batalha de Canas.

Sylvia deixa a família para ficar ao lado de Aníbal no acampamento, sabendo que se for capturada pelos romanos, sua sentença por traição será a pena de morte e será enterrada viva. Mas chega então a ex-esposa de Aníbal, a cartaginesa Demília, com o filho pequeno dos dois (na vida real Amilcar teria se casado com a espanhola Imilce).

Ela vem de Cartago ao lado de Maharbal, um general de confiança de Aníbal que tinha entrado em conflito por discordar da exitação de Aníbal em invadir Roma de uma vez por todas.

Enciumada, Sylvia volta para casa e cumpre seu destino, mas seu tio, que ainda tem um pouco de misericórdia da moça, leva um frasco de veneno para abreviar seu sofrimento.

Maharbal e Demília informam a Aníbal que Cartago se recusou a mandar os reforços que ele solicitou e está enviando seu irmão Asdrubal com apenas quatro mil soldados. Mas ele é pego em uma emboscada e sua cabeça é enviada para Aníbal. As coisas começam a mudar.

Fabius Maximus assume como conselheiro do exército romano e o filme termina contando que Aníbal passará ainda muito anos lutando em muitos lugares.


As Guerras Púnicas

 
Fundada em 814 a. C. pela rainha fenícia Dido (Alissa, Elissa ou ainda Didone), a cidade de Cartago ficava localizada onde hoje é a Tunísia. Do antigo esplendor restam hoje apenas sítios arqueológicos.



 
Ela detinha um enorme poder territorial no norte da África e no sul da Península Ibérica, onde explorava minas de prata nas suas colônias espanholas. Mas se sentiu ameaçada pela expansão romana.
 
 
 



Cothon - Estrutura portuária 
 
 
Primeira Guerra Púnica:
 
Quase meio século antes, em 264 a. C., Amílcar Barca, pai de Aníbal e fundador da dinastia militar dos barcidas, havia travado a primeira guerra púnica contra Roma no Mar Mediterrâneo. Ele liderou a conquista de colônias na Espanha.
 
A guerra terminou empatada, mas com um acordo de paz com piores condições para Cartago. Os cartagineses, que eram exímios navegadores, foram obrigados a limitar sua marinha a apenas 100 navios.
 
Após a morte de Amílcar, seu genro Asdrúbal, o Esplêndido, assume seu lugar, mas por pouco tempo. Após seu misterioso assassinato, Aníbal se torna o governante, aos 26 anos de idade.
 
 
Segunda Guerra Púnica:
 
Aníbal havia jurado no leito de morte de seu pai que passaria a vida lutando contra Roma, até dominá-la completamente. Porém, como não tinha mais a marinha e para surpreender o opositor, decidiu investir contra a Itália por terra, a partir da Espanha, acompanhado de 40 mil soldados e dezenas de elefantes, verdadeirós tanques de guerra, seguindo pelos Alpes, atraindo os gauleses para lutarem como seus aliados.
 
Ele partiu da Espanha, atravessou os montes Pirineus, istmo da Península Ibérica e divisa entre Espanha e França, até o vale do rio Pó, na Itália. Cruzou o rio Ródano até chegar aos Alpes.
 
Aníbal foi um brilhante estrategista e suas táticas militares são ensinadas até os dias de hoje. Ele estudava profundamente seus adversários, dormia e comia junto com seus soldados.
 
Na época o cônsul de Roma era o experiente general Públio Cornélio Cipião, mais conhecido como Cipião Africano. Ele derrotaria Aníbal definitivamente na Batalha de Zama, em 202 a. C., assumindo o controle das colônias cartaginesas na Península Ibérica, pondo fim à Segunda Guerra Púnica.
  
 
 

Batalha de Zama
 
Mas antes disso Cipião sofreria derrotas para Aníbal, como na batalha às margens do Rio Trébia, contada no filme em questão.
 
A história de Cipião também é contada no filme italiano Scipione L'Africano, de 1937, do diretor Carmine  Gallone, produzido pelo filho de Benito Mussolini, durante o fascismo na Itália.
 
 
 
Em uma das batalhas anteriores, Aníbal decide entrar em um perigoso pântano para surpreender o inimigo, onde é picado por um inseto no olho direito.
 
Terceira Guerra Púnica:
 
Foi travada entre 149 a. C. a 146 a. C., na cidade de Cartago, a qual foi completamente destruída pelos romanos, liderados pelo general Emiliano, que a cobriram de sal para que nada mais fosse ali produzido.
 
Assim começa o apogeu de Roma, que possui agora o domínio do Mar Mediterrâneo.