Mahabharata

Esse filme e peça teatral do diretor inglês Peter Brook, de 1990, traz a história ancestral contada no poema épico hindu Mahabharata, que possui mais de 100 mil versos em sânscrito e que trata de sentimentos e verdades universais, apresentando as fragilidades e as mais altas aspirações humanas, envolvendo romance, intrigas políticas e artes marciais, onde participam deuses, demônios, sábios, reis e  heróis, dentro do plano cósmico de Krisha, o ser supremo.



A história narra o conflito entre os clãs de primos Pândavas, de origem divida e filhos do rei Pandu, e Káuravas, ou Kurus, filhos do rei cego Dritarastra, irmão de Pandu, que ocorre no reino de Hastinapura.

Traz a dualidade entre o egoísmo, engano, desonra e ateísmo contra virtudes como o altruísmo, honra, verdade e fé.

Faz parte desse épico o famoso livro "Bhagavad Gita".


1. Adi Parva - O Livro do Início


Anukramani Parva

Nesse sub-capítulo Ugrasrava Sauti, após uma longa viagem, chega em um local onde moravam alguns Munis, sábios de votos rígidos, na floresta de Naimisha. Depois de se recompor, descansar e se alimentar, os sábios quiseram ouvir as extraordinárias histórias que o hóspede tinha para contar. Sauti então começa a narrar a história composta por Krishna-Dwaipayana Vyasa, o Mahabharata.
 

2. Sabha Parva - O Livro da Sala de Reunião


3. Vana Parva - O Livro da Floresta


4. Virata Parva - O Livro de Virata


5. Udyoga Parva - O Livro do Esforço


6. Bishma Parva - O Livro de Bishma


7. Drona Parva - O Livro de Drona


8. Karna Parva - O Livro de Karna


9. Shalya Parva - O Livro de Shalya


10. Sauptika Parva - O Livro dos Guerreiros Adormecidos


11. Stri Parva - O Livro da Mulher


12. Shanti Parva - O Livro da Paz


13. Anushasana Parva - O Livro das Instruções


14. Ashvamedhika Parva - O Livro do Sacrifício do Cavalo


15. Ashramavasika Parva - O Livro do Eremitério


16. Mausala Parva - O Livro dos Clubes


17. Mahaprasthanika  Parva - O Livro da Grande Jornada


18. Svargarohana Parva - O Livro da Subida ao Paraíso


Harivamsa Parva - O Livro a Genealogia de Hari





Freud, Além da Alma

 

Filme de 1962, do diretor americano John Huston, com participação no roteiro de Jean-Paul Sartre, traz o ator Montgomery Clift no papel do neurologista e psiquiatra austríaco, precursor da psicanálise, Sigmund Freud (856 - 1939 - 83 anos).




A história se passa em Viena, na Áustria, entre os anos de 1885 e 1890, quando o jovem Freud de 29 anos, está começando sua vida como médico neurologista recém formado.

Apaixonado por sua noiva Martha Bernays, logo vem a se casar para constituir com ela uma família, podendo ter pela frente um futuro promissor.

Porém, ao iniciar os trabalhos ao lado de outros médicos renomados, como Theodor Hermann Meynert, seu professor, nota que alguns casos são desprezados por ele e por outros médicos. Em suas visitas aos pacientes, Meynert rejeitava o tratamento aos casos de histeria feminina, que na época eram considerados encenações de mulheres sedutoras e dissimuladas ou ainda algum tipo de possessão.

Freud no entanto tomou a corajosa decisão de contrariar seus mestres e as convenções estabelecidas,  e decidiu investigar mais a fundo tais casos de histeria, valendo-se inicialmente de técnicas de sugestão hipnótica, também desenvolvida na época pelo médico francês Jean-Martin Charcot.

Ao lado de seu grande amigo e mentor, o fisiologista Josef Breuer, começou a aceitar os casos de histeria e juntos desenvolveram o Método Catártico, ou seja, o tratamento pela Catárse para superação de traumas.

Breuer tratava especificamente uma paciente que recebeu o codinome de Anna O. No filme ela está representada pela bela e jovem personagem Cecily Koertner, vivida pela atriz inglesa Susannah York

O médico avançou com a paciente até certo ponto em seu tratamento, mas devido ao ciúmes que sua esposa Matilde tinha das investidas da transtornada paciente para com seu marido, Breuer preferiu passar o caso exclusivamente para Freud, que evoluiu ainda mais no método, explorando mais a fundo as origens mais remotas dos traumas que impediam que Cecily levasse uma vida normal.

Porém, as descobertas de Freud eram perturbadoras demais para serem aceitas pelos cientistas da época. Tendo encontrado a fonte dos traumas em sentimentos reprimidos, principalmente no campo da libido e da sexualidade.

Freud defendia que tais emoções iniciavam na mente inconsciente desde o nascimento ou na mais tenra infância, o que chocou os outros médicos e nem mesmo Breuer pôde ficar a seu lado na defesa dessa tese.

O filme mostra como a teoria de Freud está entre as maiores descobertas que revolucionaram o conhecimento do homem sobre a ciência:

- o Heliocentrismo, de Nicolau Copérnico, que tirou a Terra do centro do Universo e mostrou que ela é mais um dos planetas que giram em torno do Sol, em meio a outros infindáveis sistemas,

- o Evolucionismo, de Charles Darwin, que coloca o homem no reino Animal,

- e a Psicanálise, de Sigmund Freud, que divide a mente entre o Consciente e o Inconsciente.


Mito Olímpico da Criação e Sucessão

De acordo com o poema Teogonia, de autoria do aedo ou poeta grego Hesíodo, que teria vivido aproximadamente em 700 a. C., no início havia apenas o Caos e dele surgiu Gaia, a Mãe Terra





Gaia

Outros seres primordiais também surgiram do Caos: 

- o Tártaro, nas profundezas da Terra

Tártaro

- Eros, o Amor e o mais belo dos imortais,

Eros

- Érebo, a mais profunda Escuridão,

Érebo

- e Nix, a Noite, que vai se unir a Érebo e gerar vários outros seres.

Nix

Gaia gerou Urano, o Firmamento, a quem se uniu para produzir filhos, seres ainda primitivos e brutais como:

-  os três inomináveis Hecatônquiros Giges, Briareu e Coto, 

- os três Ciclopes de um só olho Brontes, Estérope e Argés, 

- os seis Titãs, Oceano, Crio, Hiperion, Jápeto, Ceos e Cronos

- e a seis Titânides Réia, Téia, Tétis, Têmis, Mnemosine e Febe.


Urano

O Destronamento de Urano


Conforme os filhos de Gaia iam nascendo, Urano os empurrava de volta para o ventre da mãe, ou seja, para as entranhas da Terra, e, por receio de ser vencido para seres tão fortes e violentos, não deixava que as criaturas viessem para a luz do dia.

Gaia, desconfortável com aquela situação, com todos aqueles filhos em seu ventre, forjou uma foice, um podão de metal, e perguntou qual de seus filhos teria coragem de enfrentar o poderoso Urano. Cronos, o mais jovem, se apresentou. Ela o colocou de tocaia, e quando seu pai Urano veio a procura de Gaia, o titã decepou seu membro e o jogou a esmo para trás.

Das gotículas de sangue que salpicaram a terra surgiram as poderosas Erínias e os enormes Gigantes, além das ninfas chamada Melíades.

O pênis de Urano caiu sobre o agitado Pontos, o mar, e o poderoso esperma que saiu dele uniu-se com a espuma das ondas e dessa espuma nasceu Afrodite, a deusa mais bela e sensual. 

Dessa forma Urano foi destronado e todas aquelas criaturas finalmente vieram ao mundo, representadas pelas violentas forças da natureza que vigoravam sobre a Terra no início dos tempos: tempestades, furacões, terremotos... agora sob o domínio de Cronos.




Der Fliegende Holländer - O Holandês Voador

O "Holandês Voador" ou "Holandês Errante" (Der Fliegende Holländer) foi a primeira ópera com música e libreto escritos pelo compositor alemão Richard Wagner pertencente ao Canon de Bayreuth, um catálogo formado pelas dez óperas compostas na "fase madura" artista.

Traz como tema principal a redenção através do amor, além de elementos constantes na obra wagneriana como maldição e anseio de redenção. Estreou em 1843 na cidade alemã de Dresde.

A história se passa na costa da Noruega, onde o Capitão Daland e a tripulação de seu barco estão quase chegando ao seu destino, retornando à terra natal, quando enfrentam fortes ventos que os tiram de sua rota, afastando-os por sete milhas da segurança do porto. 



Primeiro Ato


Os marinheiros jogam a âncora próximo a um rochedo para que o capitão possa ir à terra firme e indentificar a localização exata, enquanto a embarcação fica sob cuidados do timoneiro. Daland  vê ao longe a baia de Sandwike, onde fica sua casa, em que mora com sua filha, a jovem bela e romântica Senta e seus empregados.

Como já estiveram alertas por bastante tempo, o capitão recomenda que todos descansem até que a tormenta, que já está mais amena, acabe de vez e eles possam então seguir viagem. Todos vão dormir e o timoneiro fica de vigia mas acaba adormecendo também.

Nesse momento um outro barco se aproxima silenciosamente, com suas velas vermelhas. Trata-se do  mitológico navio "Holandês Voador" ou "Holandês Errante".

Segundo a lenda, há mais de cem anos, em 1680, o capitão Hendrick van der Decken, também conhecido como "O Holandês", estava voltando para a sua terra natal com seus marinheiros com seu barco carregado de especiarias, trazidas das colônias nas Índias Holandesas. Quando estavam passando pelo Cabo da Boa Esperança (ou Cabo das Tormentas) na África do Sul, enfrentaram uma forte tormenta. A tripulação achou melhor esperar por melhores condições de navegação, mas o capitão estava ansioso por regressar à casa e decidiu enfrentar o mar violento, mesmo com a revolta dos marinheiros, dizendo que atravessaria o cabo nem que fosse até o dia do juízo final.

Sua blasfêmia foi atendida por forças sobrenaturais e tanto o capitão como a tripulação foram condenados a navegar pela enternidade, sem poder atracar em terra firme. Apenas uma única concessão foi dada ao amaldiçoado navio, e conseguida através da intervenção de um anjo de Deus: a cada sete anos ele poderia parar em um porto e só o amor e a fidelidade de uma mulher poderia redimir o capitão de seu terrível destino. O malígno ser aceitou conceder essa chance, já que não acreditava mesmo na fidelidade feminina.

"seu navio sem âncora e seu coração sem esperança"

Era chegado o tempo, ao fim de sete anos e seu barco poderia finalmente atracar seu barco cheio de tesouros, que foi retirando das profundezas dos oceanos por todos esses anos. 

O capitão Daland acorda e se espanta ao ver aquele navio ao lado do seu. Dá uma bronca no timoneiro que não continuava dormindo. Os dois então tentam fazer contato com o capitão do barco misterioso e van der Decken se apresenta dizendo que vem de muito longe, está exilado de sua terra natal e solicita hospitalidade na casa de Daland em troca de um generoso pagamento com parte do incontável tesouro de que dispõe em seu barco. O ambicioso capitão Daland de imediato concorda e recebê-lo em sua propriedade. 

O holandês lamenta que de nada lhe serve o tesouro, já que não tem nem esposa nem filho e que jamais terá um lar. Daland lhe conta que tem uma bela filha e van der Decken a pede logo em casamento em troca de mais joias. Eles combinam de partir para a casa de Daland assim que o vento sul for favorável e o holandês pede a Daland que vá na frente e que em breve irá alcançá-lo.


Segundo Ato - 00:46:00

Na casa de Daland, equanto as mulheres trabalham no tear e esperam por seus companheiros, que partiram no navio para o sul em busca de fortunas, a jovem Senta observa pensativa um velho retrato de um certo capitão, da época de sua avó, e que vem a ser justamente Hendrick van der Decken. Aquela imagem a deixa muito impressionada. Sua governanta Mary havia lhe contado a história daquela pobre alma, daquele homem pálido, por quem Senta tinha grande compaixão.

As outras mulheres riem de Senta, por estar apaixonada pelo fantasma do retrato, e dizem que isso poderia desagradar a Erik, o caçador com quem Senta tem um namorico sem importância, mas que é apaixonado por ela. Senta pede que Mary cante para as outra mulheres a Balada do Holandês Errante, ao que Mary se recusa e decide ela mesma contar a história.


Após os relatos de Senta, as outras mulheres se compadecm com a desgraçada história do Holandês e clamam para que o anjo de Deus lhe mostre essa valorosa mulher para que ele possa encontrar sua redenção. Motivada por essa forte emoção, Senta assume o propósito de ser essa mulher se um dia tiver a oportunidade de encontrar o pálido capitão.

Chega então Erik, o caçador, dizendo que o navio de seu pai está se aproximando e todas as mulheres se apressam para preparar um banquete para receber os marinheiros, cozinhando e arrumando a casa cheias de entusiasmo.

Erik então pede autorização a Senta para pedir a seu pai a sua mão em casamento, propondo-lhe uma vida confortável e estável, além de seu amor. Mas Senta está dividida, na realidade já está decidida a esperar pelo Holandês. O caçador já reconhece nela os sinais de que está enfeitiçada pela imagem daquele quadro e pela desafortunada sina daquela pobre alma. Ele já havia tido um sonho premonitório, no qual o pálido marinheiro chegava ao lado do pai de Senta e ela partia com ele a vagar pelos mares. Muito triste, Erik parte, deixando Senta aflita e pensativa.

Quando, de repente, vê na porta de entrada de sua sala, aquela figura em pessoa. Assim como no sonho de Erik, o holandês van der Decken chega do mar com seu pai. Ela fica estática, paralisada diante daquele homem misterioso, por quem se sentiu atraída durante toda a sua vida.












Dido e Eneas (Ópera)

 Ópera do compositor barroco Hery Purcell (1659-1695), composta em 1689, é baseada no Livro IV do poema épico A Eneida, do poeta romano Virgílio.



Primeiro Ato

A rainha Dido, fundadora da jovem cidade de Cartago, lamenta-se por ter um sergredo que não pode ser revelado e diz que não consegue ter paz.

Sua serva Belinda lhe fala sobre o heroi troiano e diz que se se unirem poderão fazer Troia reviver. Trata-se de Eneas, filho de Anquises (primo do rei Priamo, de Troia) e da deusa Afrodite ou Vênus para os romanos. Dido fala que ele tem o valor de Anquises e o encanto de Vênus, e se sente muito preocupada e angustiada.

Os empregados falam para ela não se preocupar pois ele a ama como ela, pois o cupido, que apanha flores nos Campos Elíseos*, o teria flechado.

* Os Campos Elíseos na mitologia grega, seriam semelhantes ao jardim do Éden, ou seja, o paraíso do mundo dos mortos governado por Hades, e oposto ao Tártaro, similar ao inferno.

Enéas chega e dá demonstrações de amor que a princípio são recusadas por Dido, que tenta se proteger de seu destino, mas ela acaba cedendo.


Segundo Ato

Uma feiticeira que deseja o mal da rainha Dido e quer ver a destruição da cidade de Cartago, trama junto a outros seres malignos para enganar Eneas. O heroi grego tinha um destino traçado pelos deuses, que era o de chegar a solo italiano (mais especificamente o Lácio, região histórica central da Itália) e fundar uma nova cidade.

Eneas e Dido saem juntos para uma caçada e a maldosa feiticeira envia um elfo que toma a forma do deus romano Mercurio (Hermes na mitologia grega), para parecer que foi enviado por Júpiter (Zeus).

Antes de começarem devem conjurar uma tempestade para arruinar a caçada. Os servos da feiticeira dizem que vão preparar o feitiço no escuro de suas celas pois ele é terrível demais para ser preparado ao ar livre.


Em uma tenda num lindo bosque, Eneas e Dido se entregam ao amor antes que ele parta para a caçada. Dido se banha em uma fonte onde Actéon* teria encontrado seu destino.

* Acteon foi transformado em um cervo (um veado) pela deusa Diana (Artemis) enquanto caçava, como castigo por ele tê-la observado se banhando naquela fonte, e foi perseguido pelos seus próprios cães.

Chega então a tempestade e a rainha volta às pressas para o palácio com sua comitiva. Eneas vê o elfo disfarçado de Mercúrio, que diz vir a mando de Júpiter, com a mensagem de que ele deve partir imediatamente para as costas latinas (Itália) e restaurar Tróia.

Ele diz que vai obedecer mas se revolta, e não sabe como dar a notícia à rainha. Chama seus companheiros para se prepararem para a partida naquela mesma noite.

A feiticeira e suas servas celebram a ruína de Elissa (Dido). 

Eneas vai dar a notícia sobre o decreto dos deuses à Dido mas ela não acredita em sua palavra, achando que ele está atribuindo aos deuses uma decisão dele mesmo. Ele diz que irá desobedecer às ordens de Júpiter e que ficará com ela, mas ela já não o quer mais dessa maneira.

Eneas parte durante mais uma tempestade provocada pela feiticeira e Dido tira sua própria vida.









Sociedade dos Poetas Mortos

Difícil encontrar quem não tenha se inspirado com a expressão "Carpe Diem", proferida professor John Keating interpretado pelo falecido ator Robin Williams no filme "Sociedade dos Poetas Mortos", de 1989, dirigido pelo australiano Peter Weir, ambientado no ano de 1958.

Tudo bem que depois de uma certa vivência a gente desenvolve um olhar mais desconfiado para esse chamado a "aproveitar o momento" e a "viver o agora", mas ainda assim o tema não deixa de render ótimos debates.

E é esse o filme escolhido para ilustrar o texto abaixo, de Vitor Grané Diniz da página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram), sobre o riquíssimo cinema dos anos 80.




Anos 80          

 

          O cinema dos anos 80 resgatou gêneros clássicos como o musical em produções como All that jazz – o show deve continuar (1979), Flashdance – em ritmo do embalo (1983), Footloose – ritmo louco (1984) e Dirty Dancing – ritmo quente (1987); consagrou astros e filmes de ação como Harrison Ford com a franquia Indiana Jones, Arnold Schwaznegger com O exterminador do futuro (1984), Mel Gibson com as franquias de sucesso Mad Max e Máquina mortífera, Sylvester Stallone com seus icônicos Rocky e Rambo, e Bruce Willis com a série Duro de matar; produziu comédias de grande sucesso como em Apertem os cintos, o piloto sumiu (1980), Tootsie (1982), Clube dos cinco (1985), Curtindo a vida adoidado (1986), Antes só do que mal acompanhado e Harry e Sally – feitos um para o outro (1989); lançou superproduções como E.T. – o extraterrestre (1982), De volta para o futuro (1985), Top Gun – ases indomáveis (1986), Nascido em 4 de Julho e Batman (ambos de 1989). Além, é claro, de filmes atemporais que se tornariam verdadeiros clássicos, como Touro indomável (1980), Carruagens de fogo (1981), Scarface (1983), A cor púrpura (1985), Platoon (1986), Veludo azul (1986), Rain man (1988), Sociedade dos poetas mortos (1989), dentre tantos e tantos outros.

Em 1980, surge no cinema uma nova e inusitada “premiação”, a Framboesa de Ouro, criada a partir da imaginação fértil do publicitário John Wilson, que após a cerimônia do Oscar de 1980, parou para refletir sobre quais haviam sido os piores filmes do ano, lhe chamava a atenção a baixíssima qualidade dos recém lançados Xanadu e O cantor de jazz (o remake). Como uma brincadeira informal entre amigos, Wilson se reuniu com demais convidados e realizaram a primeira edição da Framboesa de Ouro, o resultado agradou tanto os votantes, que eles resolveram divulgar o que tinham feito na imprensa, e desde então a “premiação” é realizada anualmente. Contrariando a sofisticação e glamour do Oscar, a Framboesa de Ouro se pauta pelo escracho, que inclui até mesmo o prêmio físico, uma framboesa de plástico pintada com spray dourado sobre uma base também de plástico. As categorias variam do básico (pior filme, pior diretor, pior ator, atriz, coadjuvante e roteiro) a exclusividades criativas, como pior sequência, pior refilmagem e pior dupla, e mais: um ator homem pode ser indicado a pior atriz caso ele esteja vestido de mulher, e vice-e-versa, o prêmio de pior dupla pode ser aplicado ao “ator e seu bigode” ou a “atriz e seu par de seios” ou ao “ator e qualquer colega de cena”, e por aí vai.


Texto de Vitor Grané Diniz, página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram)
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A Flauta Mágica (Ópera)

 "Die Zauberflöte", um ópera composta pelo genial músico austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756 - 1791), lançada em 1791. 




Mozart

Parte 1

O jovem príncipe Tamino  é perseguido por uma serpente gigante, quase um dragão, e grita por socorro. Três damas chegam e matam a cobra com o seu poder e coragem. 

O príncipe desmaia (morte simbólica para entrar em uma nova vida) e as três mulheres se encantam com sua beleza. Decidem avisar a Rainha da Noite sobre o ocorrido mas as três disputam para ficar de vigia enquanto as outras vão até a rainha.  Nenhuma quer deixar o rapaz então vão as três juntas.

0:14:00

O jovem desperta. Aparece o romântico passarinheiro Papagueno para caçar uma ave muito esperta com sua flauta. Chega o jovem rapaz dizendo ser um príncipe de um lugar do outro lado das montanhas. O passarinheiro diz que vende aves para a Rainha das Estrelas Flamejantes, ou a Rainha da Noite, e suas filhas.

Chegam as três moças e dão ao jovem um retrato da filha da rainha, Pamina, e ele se apaixona por ela. Mas a moça precisa ser resgatada, pois foi sequestrada pelo demônio Sarastro, sacerdote de Ísis e Osíris.

Royal Opera House - 2003 (Londres)

Os arautos anunciam a chegada da rainha e ela pede que ele resgate sua filha, mas demonstra ter outras intenções. Ela manda de presente a ele uma flauta encantada que tem o poder de mudar o coração dos homens.

A rainha pede também que Papagueno acompanhe o príncipe e oferece como pagamento um baú com sininhos. Além disso, três meninos puros e sensatos (anjos) irão guiá-los em seus caminhos até o castelo de Sarastro.

A princesa está prisioneira e vigiada por Monostatos e seus guardas. Papagueno chega para resgatá-la mas ela desconfia de sua palavra. Os dois fogem.

O príncipe Tamino chega com os três meninos guia e no palácio, eles dizem que para alcaçar seu objetivo ele precisará ser firme, sábio e paciente. Ele também encontra três portas: uma para o Templo da Natureza (Natur), outra para o Templo da Razão (Vernunft) e outra para o Templo da Sabedoria (Weisheit) . 


Ele consegue  entrar no Templo da Sabedoria (Weisheit)  onde está um sábio professor que defende Sarastro e recomenda que Tamino entre para uma irmandade.

Ele procura por Pamina na floresta tocando sua flauta, que é ouvida e correspondida por Papagueno, mas Monostatos os encontram antes.

Sarastro chega e Tamino e Papagueno seguem para os rituais de iniciação.


Parte 2

A Rainha da Noite pede que Pamina mate Sarastro para ficar com o poder que seu marido tirou dela quando se uniu à irmandade masculina, o poder dos sete sóis. O marido da rainha e pai de Pamina, um mestre maçom, antes de morrer deixou o "círculo da sabedoria solar" não à sua mulher e sim a Sarastro. 

O grande objetivo da rainha é obter de volta esse poder, e ela dá à filha um punhal o ordena que ela mate Sarastro, ao interpretar uma das árias mais famosas e poderosas da peça,  a Ária da Rainha da Noite (Der Hölle Rache).




Monostato escuta a conversa e faz chantagem com Pamina, mas Sarastro chega também e protege a moça.