1977 - O Espião Que Me Amava

"O Espião que me Amava" (The Spy Who Loved Me), de 1977, é o décimo filme da franquia, continuando com o ator britânico Roger Moore no papel principal, trazendo de volta a direção de Lewis Gilbert, o mesmo de "Com 007 só se Vive Duas Vezes"



Considerado por muitos como o melhor filme da franquia, é
 baseado no nono livro de Ian Fleming, de 1962, do qual foi aproveitado apenas o título e não o enredo, já que o escritor não ficou satisfeito com o resultado do livro, cogitando inclusive matar o personagem.



Apesar de o mundo estar vivendo um contexto de Guerra Fria e corrida nuclear, a história vai trazer uma parceria entre União Soviética e Inglaterra contra um inimigo em comum: o excêntrico vilão Karl Stromberg, um dos homens mais ricos do mundo e dono de uma empresa de navios petroleiros, a Stromberg Shipping Line.


O filme começa com James Bond concluindo uma missão na Áustria numa espetacular fuga esquiando nos Alpes austríacos, sendo perseguido por agentes russos que estavam buscando o mesmo objetivo: descobrir pistas de quem estava por trás do desaparecimento de seus submarinos nucleares. Bond havia conseguido os documentos que levariam a essas pistas e, durante a fuga, ele acaba matando um importante espíão russo, Sergei Borzov.

O bilionário Karl Stromberg possui um enorme desprezo pela humanidade e pelos seus vícios, mas tem um imenso fascínio pelo oceano, pela ciência e pela vida subaquática. 

Ele nasceu com uma anomalia nas mãos, a Sindactilia, onde o bebê possui os dedos unidos, causando a aparência de nadadeiras (mesma doença do personagem do Pinguim, de Batman). Ele é uma espécie de versão maligna do Capitão Nemo, personagem de Julio Verne no livro "Vinte Mil Léguas Submarinas".

Diferente dos outros vilões que querem dominar o mundo, o objetivo de Stromberg não é esse, e sim destruir a humanidade terrestre e criar uma nova sociedade que habita as profundezas do oceano. Ele vive uma luxuosa e tecnológica plataforma marinha submersa, mas que também pode subir à superfície, a Atlantis.


Para colocar o seu plano em prática ele decide sequestrar o submarino russo Potemkim para atacar Nova York e um submarinos inglês para atingir Moscou, fazendo com que os países pensem que foram alvos de seus rivais da Guerra Fria, dando início assim a uma guerra nuclear que destruiria a humanidade na superfície do planeta. 

Para isso ele contrata os serviços de dois cientistas que desenvolvem uma tecnologia, um Sistema de Rastreamento de Submarinos, através do reconhecimento de assinatura por calor, usando satélites com detector de infra vermelho que poderiam detectar um míssil nuclear pelo calor de sua calda e pelas ondas emitidas.

Cientes de que há um inimigo em comum a KGB e o MI6 decidem trabalhar juntos, unido o agente 007 com a espiã russa Major Anya Amasova, a Agente XXX, vivida pela atriz americana Barbara Bach, que, anos mais tarde na vida real veio a se tornar esposa do beatle Ringo Starr.




Logicamente que essa parceria vai resultar em um tórrido romance entre os dois espiões. Acontece que aquele espião russo, o Sergei Borzov, era um grande amor de Anya, e ela tinha jurado se vingar do assassino de seu amado. Mais tarde ela vem a descobrir que tratava-se de James Bond, seu atual parceiro e amante.

O primeiro país que a dupla viaja para começar as investigações é o Egito, pois um empresário local está vendendo um microfilme com informações sigilosas a respeito do Sistema de Rastreamento de Submarinos na cidade do Cairo.

Ciente dos planos das agências de Inteligência, Stromberg coloca seus capangas para matarem os Bond e Anya, entre eles o marcante e assustador Jaws, um gigante de 2,18m de altura que usava uma dentadura de aço capaz de mastigar qualquer material. O personagem de Jaws fez tanto sucesso que iria voltar no filme seguinte, "007 Contra o Foguete da Morte".


No Cairo, além das belíssimas locações arqueológicas no Cairo e em Luxor, o filme traz uma apresentação da dança Sufi, uma prática mística e filosófica dentro da religião islâmica. Na trilha sonora traz uma homenagem à música tema do filme "Lawrence da Arábia", que também se passa no Egito.


Em seguida o casal vai para a ilha da Sardenha, na Itália, onde ficava a plataforma Atlantis, disfarçados de biólogos interessados na vida marinha. Mas logo são reconhecidos e escapam em um veículo que foi adaptado por Q para se tornar um carro anfíbio, ou seja, que poderia funcionar como um submarino. O veículo era o Lotus Esprit S1, símbolo de modernidade na época, e que depois veio a ser homenageado na animação "Meu Malvado Favorito 2"


Já em segurança novamente, os agentes se unem a oficiais da marinha britânica em um submarino que é então também engolido pelo navio petroleiro Liparus, que estava sequestrando os outros submarinos. 



Algo semelhante, só que no espaço, já havia ocorrido no filme de número 5, "You Only Live Twice", com um foguete do vilão Blofeld está engolindo as cápsulas espaciais americanas.


Aliás, nesse filme nem Blofeld e nem a SPECTRE aparecem como antagonistas, devido a problemas com direitos autorais.

Após serem capturados os agentes protagonizam as cenas que  trazem o ápice do confronto entre os oficiais dos submarinos sequestrados, então libertados por Bond, e o exército de Stromberg, que foge para Atlantis com Anya. Após desviar as rotas dos submarinos no ultimo segundo e evitar a catástrofe nuclear, Bond segue para a Atlantis para salvar Anya em uma moto aquática, a Wetbike, um protótipo do que viria a ser o jet ski futuramente.

Ali se dá o confronto final de Bond com o gigante Jaws para libertar a agente russa, a destruição de Atlantis e de seu criado. Bond e Anya saem sãos e salvos em uma cápsula onde ela desiste da sua vingança pessoal.










1465 - A Filha do Fazedor de Reis

 Voltando à história da Inglaterra durante à Guerra dos Primos ou Guerra das Rosas, agora sob a perspectiva de Anne Neville, personagem principal e narradora em primeira pessoa do livro "A Filha do Fazedor de Reis", de Philippa Gregory.



A história de Anne também está contada na série "A Rainha Branca", que é baseada nos 03 livros da Philippa Gregory. 



Anne Neville (1456 - 1485) foi a rainha consorte da Inglaterra durante os anos de 1483 e 1485, esposa do controverso Rei Ricardo IV, da dinastia Plantageneta da casa de York, que tinha a rosa branca como símbolo.

Filhas do Conde Warwick, Richard Neville e da Condessa Ana Beauchamp, Anne e sua irmã mais velha Isabel, as duas riquíssimas herdeiras tiveram uma vida intensa, porém bastante curta. Anne morreu aos 28 anos e Isabel aos 25 anos de idade.

As duas casaram-se com dois irmãos do então rei Eduardo IV, Ricardo e George, respectivamente, porém, devido à ambição desmedida de seu pai, conhecido como o "fazedor de reis", serviram como moeda de troca e como peças de um tabuleiro no jogo pelo poder.





Pelo mesmo motivo, acabaram caindo em desgraça por terem sido colocadas pelo destino no caminho de da então rainha consorte, Elizabeth Woodville, a "Rainha Branca", esposa de Eduardo IV.

O cenário da vida de Anne foi a Guerra das Rosas, entre as duas família de primos, Lancaster e York, ambas da dinastia Plantageneta. Essa guerra já foi comentada na postagens sobre o Rei Ricardo III.

Seu pai, o Conde Warwick, era uma figura chave, o mestre das alianças, que ora apoiava os York, ora apoiava os Lancaster, conforme a sua conveniência. Ele havia sido tutor dos três irmãos York, Eduardo, George e Ricardo, durante a infância dos meninos, que o adoravam como a um irmão mais velho, e que cresceram junto com Anne e Isabel até a adolescência. Ele os ensinou tudo sobre a guerra e as regras, ou leis da cavalaria. 

Durante esse período o rei da Inglaterra era Henrique IV, da casa Lancaster, e ele era casado com a temida rainha Margarida d'Anjou. Porém, o rei sofria de problemas de saúde e mentais, que o deixavam numa espécie de coma por vários meses. Quem estava governando em seu lugar era Margarida, o que desagradava os súditos devido à sua crueldade.

Richard conspirou até que conseguiu colocar Eduardo, o mais velhos dos irmãos no trono da Inglaterra, com o acordo com a França de que Eduardo se casaria com a filha do rei francês.

Mas Eduardo, então com 19 anos, voltado vencedor da batalha que o colocou no poder, encontra na estrada uma belíssima viúva com dois filhos, a plebeia Elizabeth, e se casa às escondidas com ela imediatamente, desagradando toda a sua família e principalmente Richard.







1543 - Firebrand - O Jogo da Rainha

 O filme "Firebrand - O Jogo da Rainha", de 2023, do diretor brasileiro Karim Aïnouz, gira em torno da biografia da rainha consorte Katherine Parr, sexta e última esposa do rei da Inglaterra Henrique VIII, da dinastia Tudor, no século XVI, entre os anos de 1543 e 1547.




Trazendo a bela atriz sueca Alicia Vikander e o ator Jude Law, totalmente irreconhecível no papel do rei que já estava no final de sua vida e passando por uma total decadência física e mental, o filme retrata o ambiente perigoso e delicado que era viver ao lado de Herinque. Paranoico, ele já havia mandado decapitar outras duas esposas e a qualquer mínima suspeita ou insatisfação o destino de Katherine poderia ser o mesmo. 

Casando-se aos 31 anos de idade, ela precisou de muita sabedoria e paciência com o rei sendo praticamente sua enfermeira cuidando das feridas e da saúde frágil de Henrique, além de ter que ser uma hábil estrategista para se manter fiel às suas convicções religiosas (ela escrevia seus próprios livros de orações), conservar o interesse do rei sem despertar nele a ira implacável que ele teve com as outras esposas. Ela cuidava muito bem  dos três filhos de Henrique e era próxima da jovem Elizabeth, e também foi regente do país enquanto o rei estava em expedições militares contra a França.

Dessa forma, Katherine sobreviveu a Henrique, e uma frase foi cunhada a esse respeito:

"Divorced, beheaded, died. Divorced, beheaded, survived." (Divorciada, decapitada, morreu. Divorciada, decapitada, sobreviveu.)

O filme é baseado no livro "Queen's Gambit", de 2014 da escritora Elizabeth Fremantle, que em 2024 escreveu também o o livro "Firebrand: A Novel o Katherine Parr".





1947 - The New Look

A série com 10 episódios "The New Look", do diretor Jeremy Podeswa,  disponível na Apple TV, retrata a história dos estilistas Christian Dior (vivido por Ben Mendelsohn) e Coco Chanel (intrepretada por Juliette Binoche), durante o sombrio período de ocupação alemã na França, a República de Vichy, narrando os problemas que cada um precisou enfrentar para sobreviver e proteger seus entes queridos, com o irmã de Dior, a heroína de guerra Catherine Dior (Maisie Williams).




Traz também outros estilistas renomados como Christoban Balenciaga, Pierre Balmain, Jean Patou e um grande protetor de Dior, Lucian Lelong, vivido por John Malcovich, além do do italiano Pierre Cardin, que foi trabalhar como seu alfaiate, quando Dior decide abrir sua propria maison, após o término da guerra, com o financiamento do empresário "rei do algodão" Marcel Boussac.


Nesse momento, em 1947, ele lança o revolucionário "The New Look", termo foi cunhado pela editora da revista Harper’s Bazaar, Carmel Snow, vivida por Glenn Close. 


Trazendo uma silhueta feminina acentuada, luxo e feminilidade, a coleção propunha um contraste com a moda da guerra, mais prática, com roupas mais retas, sóbrias e econômicas por causa do racionamento de tecidos. 
Dior trouxe de volta tecidos em abundância, cortes refinados e uma celebração da forma feminina, devolvendo beleza e glamour ao mundo pós-guerra.
Ao mesmo tempo ele lança o perfume Miss Dior, em homenagem à sua irmã Catherine.
O New Look, representava o renascimento e esperança após os anos sombrios da guerra, redefinindo a moda feminina da década de 1950 trazendo Paris novamente como a capital mundial da moda.




1945 - Ao Sul do Pacífico

Durante a Segunda Guerra Mundial, após o ataque japonês à base americana de Pearl Harbor, em 1941, os Estados Unidos finalmente entram no combate ao lado dos aliados.

Uma das bases instaladas pelos americanos foi a Base Naval Espiritu Santo, em uma ilha de mesmo nome pertencente ao arquipélago das Novas Hébridas (atual República de Vanuatu), uma colônia / condomínio Franco-Britânica localizada no sul do Oceano Pacífico, próximo à costa nordeste da Austrália, local estratégico para abastecimento de aeronaves e para monitoramento da atividade japonesa.

Nesse cenário paradisíaco, alguns cronistas foram enviados para registrar as atividades locais, e um desses produtos foi o livro de James A. Michener: Tales of South Pacific, vencedor do prêmio Pullitzer, com estórias curtas e anedotas coletadas em 1946 e publicadas em 1947.

Desses contos nasceu o musical em dois atos "South Pacific", que estreou na Broadway em  1949 e que foi também transformado em filme em 1959, dirigido por Joshua Logan.



A jovem otimista e sonhadora enfermeira Nelly e o corajoso Tenente Joseph Cable viverão cada um a sua história de amor não convencional para a época. 

Nelly apaixona-se por um morador da ilha, um francês bem sucedido, Emile de Becque, mais velho que ela, dono de uma plantation. Porém, ele é pais de dois filhos pequenos que teve com uma mulher asiática, da Polinésia. 

Já o tenente Joe Cable será atraído pela mística ilha de Bali Ha'i, onde acontecem cerimônias religiosas. Lá ele irá conhecer e ser seduzido pela jovem vietnamita Liat, filha da comerciante Bloody Mary, que fará de tudo para que ele se case com a moça. Porém, ele não consegue aceitar essa hipótese por ser ela de uma cultura tão diferente da dele.

O mesmo acontece com Nelly, que não consegue admitir o relacionamento anterior de seu amado. Ambos decidem romper aquela situação. Nelly pede transferência para uma outra ilha e Joe deve voltar para sua base de origem.

Cable e De Becque tinham sido escolhidos para uma missão muito perigosa em uma das ilhas controladas pelos japoneses. O francês havia recusado a missão mas após a decepção amorosa, os dois resolvem seguir adiante com a tarefa. 

O personagem do Seabee* Luther Bills, um alívio cômico no filme, vai proporcionar uma distração para os japoneses para que Cable e De Becque consigam chegar à ilha sem ser notados, com a ajuda também de nativos, amigos de De Becque. Já na ilha e sob forte pressão, Cable decide que quer ficar com Liat, porém, após serem descobertos, sofrem um forte ataque inimigo e o Tenente perde sua vida.

Já De Becque consegue retornar, novamente com a ajuda de Luther, e Nelly, após saber que o francês estava correndo risco de vida, decide ficar cuidando dos filhos dele, até que ele volta para casa em segurança e os dois finalmente ficam juntos.

Há um debate entre Nelly e Joe sobre o preconceito: se ele nasce com as pessoas ou é ensinado após o nascimento. Através da canção "You've Got To Be Carefully Taught", Joe argumenta como somos cuidadosamente ensinados a temer e a odiar desde a mais tenra infância.

Apesar de conter muitos esteriótipos sobre a cultura das ilhas do Pacífico, o filme traz o espírito de seu tempo, falando sobre preconceitos e tabus como casamentos entre culturas e etnias diferentes.

* SEABEE: é um membro da marinha americana que trabalha na construção das bases, na unidade Construction Battalions (CB = sea bee). Eles podem tanto lutar como construir e seu lema é "We Build, We Fight" (Nós Construímos, Nós Lutamos).



2027 - V de Vingança

Num futuro distópico após uma guerra e uma pandemia que assolaram o planeta, a Inglaterra se mantem como um país organizado, porém dominado por um governo totalitário. 

"V", uma vítima de experiências biológicas, sobrevivente de um campo de concentração, desfigurado e com modificações em seu organismo que lhe dão uma habilidades extraordinárias, passa anos planejando sua busca por justiça, ou vingança.

Inspirado no revolucionário Guy Falkes, participante da Conspiração da Pólvora de 1605, e usando uma máscara desse conspirador, V tem o objetivo de acabar com o sistema vigente, realizando o que Falkes não chegou a conseguir: explodir o parlamento britânico.



Baseada no HQ de Alan Moore e David Lloyd, e lançado em 2006, o filme "V de Vingança", do diretor James McTeigue, lançado em 2005, traz a atriz Natalie Portman no papel de Evey Hammond, uma moça que sensível que trabalha na rede de televisão estatal, que irá balançar o coração e as intenções de V, mas que também será profundamente transformada por ele e por sua visão de mundo. Ele a salva de um ataque nas ruas e a leva para apreciar seu primeiro grande ataque: a explosão do tribunal Old Bailey, ao som de "1812 Overture”, de Tchaikovsky.

O partido que governa a Inglaterra é o Norsefire (Fogo Nórdico), e seu lema (moto) é: "Força através da Unidade. Unidade através da Fé." É liderado pelo chanceler (o Cabeça), Adam Sutler, inspirado em Adolf Hitler. 

O planeta teve a população reduzida por um vírus chamado "Santa Maria" e a Inglaterra, devido à localização geográfica favorável, em uma ilha, não chegou a ser tão afetada. Posteriormente descobre-se que o vírus havia sido criado pelo próprio governo, como forma de manipulação da população.

No passado, "V" foi  prisioneiro do Centro de Detenção Larkhill e ficava no quarto de número 5, em algarismo romano "V". Por isso adotou esse codinome. Cinco anos atrás, no dia 05 de novembro, ele consegue colocar fogo e destruir o complexo Larkhill, de onde foge e passa a viver às escondidas na "Galeria das Sombras", base subterrânea onde ele se instala e de onde planeja sua vingança.

Evey perdeu seus pais durante a guerra e seu irmão também foi morto em Larkhill. Em campos de concentração com esse eram enviadas as pessoas que o governo considerava como "indesejáveis".

Após um ataque à sede da TV , "V" vem a público dizer que dali a um ano, no próximo 5 de novembro, ele iria concretizar seu objetivo, explodindo o parlamento britânico, o que dá início à uma caça pelo seu paradeiro e esconderijo. Por sua vez, "V" também começa a perseguir e assassinar todos os membros que participaram da ascensão do partido no passado e que foram responsáveis pela sua transformação.

O filme faz algumas citações e referências às obras de Shakespeare:

- "Faço tudo o que faz um homem. Quem faz mais deixa de sê-lo". De "Macbeth", quando Macbeth está conversando com usa esposa que tenta convencê-lo de matar o rei Duncan.

- "E assim cubro a minha infâmia manifesta com estranhos farrapos das Sagradas Escrituras,  e semelho a um santo, quando faço de diabo o mais que posso." de "Ricardo III",  quando está contratando a morte de seu irmão, Duque e Clarence.

- Evey fala que quando criança encenou a peça "Noite de Reis" (A Décima Segunda Noite)

Faz também menção à obra de Alexandre Dumas: "O Conde de Monte Cristo", quando assiste ao filme de 1961 que apresenta a Evey, e de Charles Dickens, "A Christimas Carol", com o personagem Fantasma do Natal Passado.

O filme é claramente "de esquerda", politicamente falando, criticando todos os elementos que minimamente fazem referência ao conservadorismo e à direita política, como por exemplo a Igreja (com o comportamento execrável do vigário Liliman), associando símbolos de direita com fascismo.