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Che 2 - A Guerrilha

Bolívia, 30 de novembro de 1966.
 
O guerrilheiro Ernesto "Che" Guevara chega ao país disfarçado e com uma identidade falsa. Após passar uma noite em um hotel, encontra-se com seus aliados e segue para a selva boliviana, com o nome de Ramon, onde irá treinar guerrilheiros locais, e tentar implantar a Revolução Socialista, assim como fez em Cuba, em 1959, ao lado dos irmãos Fidel Castro e Raúl Castro.
 
A história dessa última fase da vida do guerilheiro está contada no filme "Che 2 - A Guerrilha", de 2009, que é a continuação da sua biografia iniciada com o filme "Che", ambos do diretor americano Steven Soderbergh.


 
 
O filme começa na verdade em 30 de março de 1965, quando Che está desaparecido e ninguém em Cuba sabe de seu paradeiro. Então o presidente Fidel Castro faz um discurso em que lê uma carta deixada pelo amigo, com sua decisão de seguir seu destino de guerrilheiro em outros países, em busca de uma suposta "justiça social";
 
 
Depois disso Che retorna do Congo, regressando de uma tentativa frustrada de implantar a revolução no país africano.  É aí que decide então ir a Bolívia. Lá ele e seus companheiros fundam o ELN - Exército da Liberação Nacional. Eles permanecem numa região próxima ao rio Ñancahuazú.
 
 
O objetivo é tirar do poder o presidente René Barrientos, mas esse, com o apoio da CIA, consegue capturar e executar o guerrilheiro em 9 de outubro de 1967. Che tinha então 39 anos.

Che

Cidade do México, 1955.
 
O jovem médico argentino Ernesto Guevara, de 26 anos, mais conhecido como "Che", conhece os jovens irmãos cubanos Raúl Castro, com 23 anos, e Fidel Castro, então com 28 anos.
 
Os dois irmãos se encontram exilados no país depois de terem sido libertados da prisão através da anistia concedida pelo ditador cubano Fulgêncio Batista. Em Cuba eles tinham sido presos por causa de um quixotesco ataque ao quartel de Moncada, em 26 de Julho de 1953, numa tentativa de tirar Batista do poder.
 
Juntos, os três jovens marxistas planejam um retorno a ilha de Cuba, onde pretendiam implantar uma revolução socialista e derrubar o ditador. Fundam então o Movimento 26 de Julho.
 
E em novembro de 1956, a bordo do Granma, um barco que "fazia água" e que tinha capacidade para 25 tripulantes, eles seguem precipitadamente em direção à ilha, com mais 79 guerrilheiros.
 
O fatos que ocorreram a partir daí, até a Revolução Socialista Cubana, em dezembro de 1959, estão contados no filme CHE, de 2008, do diretor americano Steven Soderbergh, que traz o ótimo ator portoriquenho Benício del Toro no papel principal e o ator brasileiro Rodrigo Santoro no papel de Raúl Castro.
 
Che
 
As cenas dos difíceis anos vividos na Sierra Maestra, onde os guerrilheiros se instalaram após o desembarque nas praias cubanas, estão intercalados no filme com cenas de momentos do ano de 1964, em que Che concede uma entrevista para uma jornalista e também com cenas de sua preparação para o discurso feito na Assembleia Geral das Nações Unidas.
 
Apesar de tentar apresentar a lendária figura de Che Guevara de maneira mais realista, sem tanto romantismo, o filme acaba contribuindo para solidificar ainda mais imagem de mito e herói que o guerrilheiro recebeu nas últimas décadas.
 
Apesar de violento e autoritário, ele aparece no filme como um revolucionário justo e corajoso, com atitudes nobres e com causas legítimas.
 
No entanto, essa tentativa está muito longe de retratar a verdadeira personalidade assassina, fria e sanguinária por trás do mito.
 
Che, assim como seu amigo Fidel, era movido pelo mais puro ódio e não titubeava em mandar para o paredão de fuzilamento qualquer um que discordasse de suas ideias.
 
Ainda não foi dessa vez que a verdadeira face de Che Guevara veio à tona no cinema...