Os 300 de Esparta

Desfiladeiro de Termópilas, centro da Grécia, 480 a. C.

Um exército formado por 300 soldados espartanos, a "tropa de elite" dos exércitos gregos, comandada por Leônidas, enfrenta o numeroso exército do rei Xerxes da Pérsia, naquela que ficou conhecida como Batalha de Termópilas, a segunda das Guerras Médicas.

Essa é a história contada no filme Os 300 de Esparta, de 1962, do diretor polonés Rudolph Maté.



As Guerras Médicas:

Foram as guerras entre gregos e a Pérsia, e recebe esse nome porque os persas também eram chamados de medo-persas.

Havia conflitos de interesses comerciais entre os dois povos, pelo domínio do comércio e das comunicações no mar Egeu, que na época estava com os persas, que também dominavam algumas cidades gregas na Ásia Menor.

Os gregos ameaçavam essa hegemonia persa.

 
Primeira Guerra Médica - Batalha de Maratona:

Em 498 a. C as cidades gregas (entre elas Mileto) se rebelaram contra os persas e a cidade de Atenas, na Grécia europeia decidiu apoiá-las.

Porém, em 490 a. C, os Persas, sob o domínio de Dario I, dominam a revolta, incendeiam a cidade de Mileto e invadem Atenas para puni-la por ter ficado ao lado das cidades revoltosas.

O exército ateniense, sob o comando de Milcíades, enfrentou sozinho o exército persa na cidade de Maratona, a 42 km de Atenas, e conseguiu derrotar o exército inimigo naquela que ficou conhecida como Batalha de Maratona.

O soldado Fidípedes foi então mandado a Atenas para dizer que os gregos haviam vencido a batalha. Chegando lá, após correr 42 km, ele apenas conseguiu dar a mensagem e caiu morto de ataque cardíaco. Essa é a origem das corridas de maratonas que são realizadas nos dias de hoje.


Segunda Guerra Médica - Batalha de Termópilas:

É o tema principal do filme em questão. O rei Xerxes, da Pérsia, filho de Dario I, possuía o maior e mais sofisticado exército do mundo na época e tinha o objetivo de tomar a cidade de Atenas.

Após a humilhante derrota de seu pai na Batalha de Maratona, Xerxes tinha sede de vingança contra os atenienses.

A Grécia daquela época não era um país unificado, mas sim um conjunto de cidades-estados que constantemente lutavam entre si pela supremacia na região. No entanto, todo o  povo grego estava ameaçado pelas constantes invasões e pelo poderio dos persas.

Atenas, que até então era rival de Esparta, pede apoio a essa e a outras cidades gregas para lutarem juntos contras os persas e elas decidem ajudar. Esparta consultou o Oráculo de Delphos antes de tomar sua decisão. Essa foi a primeira vez que a Grécia se uniu em torno de um objetivo comum.

Assim é criada a Liga de Delos, ou a Confederação de Delos, que era a união dos gregos contras os persas.

Porém, o número de soldados persas era muito maior. Eram 7 mil gregos, liderados pelo rei de Esparta Leônidas e seus 300 soldados espartanos, contra 300 mil soldados persas.

Os gregos decidiram então fazer com que a batalha acontecesse em um local em que os persas ficassem em desvantagem, e o ponto escolhido foi o estreito ou o desfiladeiro de Termópilas.

Esse local foi estratégica e geograficamente escolhido pelos gregos porque dessa forma reduziriam o número de soldados persas com quem lutariam, anulando assim a vantagem numérica do inimigo.

A batalha durou três dias, e o esforço grego não foi suficiente para vencer Xerxes, no entanto, serviu para produzir uma baixa considerável em seu exército e ganhar tempo para que Temístocles, de Atenas, conseguisse proteger um canal no estreito de Artemísio, por onde os navios persas pretendiam entrar.

Ao perceber que a morte seria inevitável, muitos soldados gregos debandaram ou foram dispensados por Leônidas. Mas ele não dispensou os 300 soldados espartanos que tinham vindo com ele, e esses lutaram até a morte, marcando seu feito heroico pela eternidade.

Assim os gregos liderados pelos espartanos perderam a batalha mas ganharam tempo para as outras batalhas fossem preparadas.

A Batalha de Termópilas "determinaria o curso da civilização ocidental e o destino da democracia".

Falamos sobre ela com mais detalhes na postagem dos filme 300.


Terceira Guerra Médica - Batalha de Salamina


Após a vitória de Xerxes em Termópilas, o exército persa consegue avançar para dentro da Grécia e realiza seu objetivo de destruir a cidade de Atenas.

Porém, o experiente general ateniense Temístocles já previa o que iria acontecer e já havia evacuado a cidade, reduzindo assim o número de baixas gregas.

Temístocles havia combatido na Batalha de Maratona e sabia que os persas eram experientes guerreiros em terra mas tinham deficiências quando as batalhas eram travadas no mar.

Então ele conseguiu uma maneira de atrair os navios persas, muito mais numerosos que os gregos, para os Estreitos de Salamis, onde conseguiu derrotar os persas, utilizando um poderoso tipo navio criado por ele, o trirreme. Essa batalha ficou conhecida como Batalha de Salamina.

Assim os gregos venceram as Guerras Médicas e a cidade de Atenas despontou como a principal cidade grega.

Um pouco mais sobre a Grécia Antiga...

Na postagem sobre o filme Tróia falamos um pouco sobre os primeiro grande período da Grécia Antiga, a História Creto-Micênica, que se inicia por volta de 2000 a. C e vai até o séc. VIII a. C.

Vimos que ele era dividido em dois sub-períodos:
  • Período Pré-Homérico
  • Período Homérico
Agora vamos falar um pouco sobre o segundo grande período da história grega: a História da Pólis, que vai do séc. VIII a.C até o séc. II a. C.

A História da Pólis também é dividida em dois sub-períodos:
  • Período Arcaico
  • Período Clássico


Período Arcaico:

Esse período se inicia após a guerra de Tróia e vai até as guerras médicas. É marcado pelo destaque de duas cidades-estados: Atenas e Esparta

Atenas tem o comércio como principal atividade e sua sociedade é formada por:
  • eupátridas (homens livres)
  • georgóis (ficam com as piores terras)
  • demiurgos (georgóis que não conseguiram terras e trabalham no comércio)
  • thetes  (homens sem terra)
  • escravos
Esparta tinha como principais atividades a agricultura e os treinamentos bélicos. Era uma sociedade totalmente voltada para a guerra.

Quando os bebês nasciam com algum tipo de deficiência, eram jogados de um precipício para que sobrevivessem apenas aqueles que teriam condições de lutar.

O treinamento militar era extremo e os espartanos eram considerados "a tropa de elite" dos exércitos gregos.

Sua sociedade era formada por:
  • esparciatas (homens livres)
  • periecos (sem direitos políticos)
  • hilotas (escravos)

Período Clássico:

Esse período começa após as guerras médicas e vai até a tomada da Grécia pelos macedônios.

Nele está o período da Atenas Democrática, conhecido como Século de Péricles, ou Século de Ouro, que vai de 461 a. C a 429 a. C, quando ocorreu enorme desenvolvimento tecnológico, nas artes e na filosofia.

Esparta, revoltada com o imperialismo de Atenas após as Guerras Médicas, resolve criar a Liga do Peloponeso, formada em conjunto com outras cidades e luta contra Atenas em 431 a. C, saindo vitoriosa.

No entanto, toda a Grécia fica enfraquecida e sofre a invasão dos macedônios liderados por Filipe II e seu filho, Alexandre III, o Grande, dando início ao helenismo, mais detalhado na postagem do filme Alexandre.


















Rômulo e Remo

Alba Longa, Península Itálica, 773 a. C.

A sacerdotisa Reia Sílvia deixa seus dois filhos gêmeos ainda bebês em um cesto no rio Tibre, por ordem de seu tio, o tirano Amúlio.

A crianças são Rômulo e Remo e a estória deles está contada no filme de mesmo nome, dirigido pelo italiano Sérgio Corbucci, em 1961.



A cidade de Alba Longa havia sido fundada por Ascânio, filho de Enéas, que por sua vez era genro do rei Príamo, de Tróia.

Após a guerra entre a Grécia e Tróia, o troiano Enéas, protegido do deus Netuno (Poseidon) navega pelo Mar Mediterrâneo fugindo dos gregos, e vai parar na Península Itálica. Sua estória está contada no poema épico Eneida, de Virgílio.



Reia Sílvia era descendente de Enéas e seus nobres herdeiros seriam os sucessores ao trono de Alba Longa por direito. Por isso seu tio Amúlio ordena que ela os abandone à própria sorte.

Porém, de acordo com a mitologia que existe em torno do nascimento dos meninos, que seriam inclusive filhos de Marte, deus da guerra, Rômulo e Remo são encontrados por uma loba às margens do rio Tibre. Ela os amamenta e os mantém vivos, até que são encontrados por um pastor da região, o qual cria os garotos como se fossem seus filhos.



Vinte anos depois, em 753 a. C, Rômulo e Remo tomam conhecimento da sua origem e decidem fundar sua própria cidade, mas iniciam entre eles uma disputa pelo trono, que é decidida a favor de Rômulo em consulta aos augúrios (adivinhação pela observação da natureza).

Cada um foi colocado no topo de uma montanha e aquele que reunisse maior número de pássaros ao seu redor seria considerado o escolhido para ser o rei. Porém Remo não aceitou o resultado, e em luta com Rômulo acabou morto pelo irmão.

Assim Rômulo fundou sua cidade e deu a ela o nome de Roma, aquela que seria uma das mais poderosas cidades do mundo.

O Rapto das Sabinas

Durante a fundação da cidade de Roma não havia muitas mulheres entre o grupo que acompanhava Rômulo. Eles então resolveram raptar as mulheres de um povoado vizinho, os sabinos. O episódio, conhecido como o Rapto das Sabinas, foi retratado por diversos artistas.


O Rapto das Sabinas, de Jacques-Louis David


O próprio Rômulo tomou por esposa a sabina Hercília, filha de Tácio, o poderoso rei dos sabinos, (que no filme recebe o nome de Júlia). Após o evento, é declarada a paz entre o grupo de Rômulo e os sabinos.

Um pouco mais sobre a história de Roma:


Sempre que pensamos em Roma lembramos logo no império romano. Mas na verdade houve três tipos de governo:

  • Monarquia - de 753 a. C até 509 a. C
  • República - de 509 a. C até 27 a. C
  • Império - de 27 a. C até 476 d. C
Importância para o mundo moderno:
  • Latim
  • Direito Romano (o direito de cada um termina onde começa o direito do outro)
  • Grandes obras públicas (canais, pontes)
Assim como as cidades da Grécia, que não eram unificadas, Roma também era uma Cidade-Estado, cujo modo de produção era o escravista.

Houve sete reis romanos:
  • dois reis latinos (sendo que Rômulo foi o primeiro)
  • dois reis sabinos
  • três reis etruscos (reis usurpadores, ou seja, que tomaram o poder pela força)




Alexandre

Macedônia, 356 a. C.

Nasce Alexandre, o Grande, na cidade de Pela, filho da rainha Olímpia, fiel fervorosa do deus grego Dionísio, e do rei Filipe II.

A estória desse que foi o conquistador do maior império do mundo conhecido daquela época está contada no filme que leva seu nome, Alexandre.

 
 
Dirigido pelo premiado diretor Oliver Stone em 2004, o filme contou com participações como:
  • Colin Farrell: Alexandre
  • Angelina Jolie: rainha Olímpia, sua mãe
  • Val Kilmer: rei Filipe II, seu pai
  • Anthony Hopkins: Ptolomeu velho, sucessor de Alexandre no Egito e narrador do filme
 
Contexto histórico:
 
A região da Macedônia, ficava ao norte da Grécia, e possuía uma cultura muito parecida com a grega, mas era de certa forma menosprezada pelas principais cidades gregas da época, como Atenas e Esparta por exemplo, que viam os macedônicos como povos bárbaros e sem refinamento.
 
No entanto, após as Guerras Médicas, da Grécia contra a Pérsia, vencida pelos gregos, e a Guerra do Peloponeso, entre Atenas e Esparta, vencida por Esparta, toda a Grécia se enfraqueceu muito, ficando vulnerável a invasões de povos estrangeiros.
 
Então em 338 a. C, Filipe II, rei da Macedônia e pai de Alexandre, conquistou toda a Grécia. Porém, ele não subjugou as cidades, pelo contrário, procurou assimilar os costumes e a cultura grega, fazendo com que seu filho Alexandre tivesse uma educação primorosa, tendo tido inclusive Aristóteles como professor.
 
Após o assassinato de Filipe II, Alexandre assume o poder em 336 a. C, governando por 10 anos, até sua morte em 326 a. C, dando início ao Período Helenístico que vai até a anexação da península grega e suas ilhas por Roma, em 146 a. C.
 
O helenismo marcou o período de transição entre o apogeu do mundo grego para o domínio e apogeu de Roma.
 
Feitos de Alexandre, o Grande:
 
Ao assumir o poder, o grande objetivo de Alexandre era conquistar a Pérsia, que estava sob o domínio do rei Dario. Ele acreditava que os persas estavam por traz do assassinato de seu pai. Então, em 331 a. C, Alexandre venceu Dario na Batalha de Gaugamela, tomando a cidade da Babilônia.
 
Porém sua destemida ambição não tinha limites, e Alexandre seguiu para o oriente incluindo ao seu vasto império toda a Índia Ocidental, na batalha nas montanhas de Hindu Kush.
 
No Egito ele fundou a cidade de Alexandria, tendo sido coroado Faraó, sendo reconhecido como um deus.
 
 
 


Ulysses

Tróia, século VIII a. C.

Após a vitória dos gregos sobre a cidade, o rei da ilha grega de Ítaca, Ulysses, iniciou sua viagem de volta para casa e para os braços de sua amada esposa Penélope e de seu filho Telêmaco, deixado por ele ainda bebê, quando partiu para lutar contra os troianos ao lado de Agamenon e Menelau.

E é sobre essa fabulosa viagem que trata o filme Ulysses, do diretor italiano Mario Camerini, rodado em 1954, estrelado pelo ator Kirk Douglas no papel do herói grego Ulysses.



Baseado no segundo poema de Homero, a Odisseia, que conta a estória de Odisseu, chamada pelo romanos de Ulysses.

Como já postado aqui neste blog no filme Tróia, que é baseado no primeiro poema homérico, a Ilíada, Odisseu (ou Ulysses) foi quem teve a engenhosa ideia de construir o cavalo de madeira que levaria os gregos para dentro dos muros da lendária cidade de Tróia, após dez anos de guerra, dando a vitória aos gregos.



Relembrando, Ulysses era o rei da ilha de Ítaca, na Grécia, por volta do século VIII a. C. Era aliado do rei de Micenas, Agamenon, que por sua vez era irmão de Menelau, rei de Esparta.

Quando a esposa de Menelau, Helena, a mulher mais bela que já existiu, fugiu com Páris, príncipe de Tróia, todos os reis e guerreiros gregos partiram em guerra contra os troianos, da qual saíram vencedores  após dez anos, graças à astúcia de Ulysses, que teve a ideia de construir o famoso Cavalo de Tróia, oferecendo-o de presente aos troianos, porém com guerreiros gregos escondidos no seu interior.

Vencendo a guerra os gregos voltaram para casa, mas a viagem de volta de Ulysses mereceu mais um poema de Homero, a Odisseia, termo que até os dias de hoje é utilizado para designar viagens longas e cheias de percalços.

Ulysses havia profanado o templo de Netuno (nome romano de Poseidon, o deus dos mares na mitologia grega). Como vingança, este o fez vagar por mais de dez anos na viagem de volta para casa, onde o herói grego teve que enfrentar figuras mitológicas como ciclopes, bruxas e sereias.

Enquanto Ulysses permanecia fora, sua esposa Penélope, seguia fiel a ele na ilha de Ítaca. Porém vários pretendentes ao trono apareceram, exigindo que ela se casasse novamente para que a ilha tivesse um governante. Ela então, não podendo mais suportar a pressão, prometeu que escolheria um noivo quando terminasse de tecer um tapete que estava produzindo.

No entanto, Penélope tecia o tapete durante o dia e o desmanchava à noite, para ganhar tempo, até que seu marido finalmente voltasse para casa, o que ocorreria somente após vinte anos de espera.



Tróia

Grécia, século VIII a.C.

O poeta grego Homero escreve os poemas Ilíada e Odisseia, relatando no primeiro, a Ilíada,  como ocorreu a guerra entre gregos e troianos, cujo estopim foi o rapto de Helena, princesa de Esparta, na Grécia, por Páris, príncipe de Tróia, e no segundo, Odisseia, como foi a viagem de volta para a Grécia, após a guerra, do rei e guerreiro Ulisses, ou Odisseu.

E é sobre a primeira estória, a Ilíada, que se refere o filme TRÓIA, que inaugura o ciclo de postagens sobre Grécia Antiga, esse fascinante tema.



A Ilíada conta a história da lendária guerra entre a Grécia e cidade de Tróia, situada onde hoje é a Turquia, que teria ocorrido por volta do ano 1200 a.C.

Menelau, rei da cidade grega de Esparta, irmão do bravo guerreiro Agamenon, rei de Micenas, era casado com a bela Helena. Ele estava recebendo a visita amistosa dos príncipes de Tróia, Heitor e Páris, filhos do rei Príamo.

Porém Páris, o mais novo, se apaixona por Helena e a leva com ele na sua viagem de volta para Tróia. Enfurecido, o rei Menelau pede a ajuda do irmão, Agamenon, e de todos os outros reis e guerreiros gregos, para trazer Helena de volta. Além desse motivo, também era interesse de Agamenon conquistar o poder sobre a cidade de Tróia.

Entre os principais guerreiros gregos estavam Aquiles e Ulisses.

Aquiles, (vivido no filme por Brad Pitt) nasceu na cidade de Larissa e era o mais brilhante guerreiro aliado de Agamenon. Estava em busca de fama e notoriedade, desejando que seu nome fosse lembrado por toda a eternidade. Ele viveria um romance com Briseida, a prima de Heitor e Páris, e sacerdotisa do templo de Apolo, que havia sido raptada pelos gregos.

Ulisses, também conhecido como Odisseu, era da ilha de Ítaca. Aliou-se a Agamenon temendo pela segurança de sua região, caso ficasse contra o poderoso rei.

Eis que se inicia a guerra que duraria longos dez anos. Ao final, com o exército grego já bastante desgastado por não conseguir invadir os muros da cidade de Tróia, Ulisses tem a grande ideia de construir um cavalo de madeira e oferecer presente a Tróia, dando a entender que a Grécia estava batendo em retirada, aceitando sua derrota.

No entanto, ao colocar o cavalo de madeira conhecido hoje em dia como "presente de grego" para dentro da cidade, Tróia permitiu que os guerreiros gregos escondidos dentro dele abrissem os portões para o restante do exército que também estava escondido perto dali, tomando assim a cidade definitivamente.

Um sobrinho do rei Príamo, Enéas, conseguiria escapar do incêndio de Troia e fugir pelo mar Mediterrâneo, vindo a fundar futuramente a cidade de Roma, como relatado no poema Eneida, de Virgílio.


Um pouco mais sobre a Grécia Antiga antes dos Poemas Homéricos:

Localização -  quando falamos da Grécia de 3.000 anos atrás estamos falando do mundo mediterrânico, ou da Hélade, formada pelos seguintes locais:

- sul dos Balcãs (Grécia continental)
- Península do Peloponeso (Grécia peninsular)
- ilhas do Mar Egeu (Grécia insular)
- colônias na costa da Ásia Menor e no sul da Península Itálica (Magna Grécia)

Períodos - a história da Grécia antiga é dividida em dois grandes períodos, com duas subdivisões cada um:

- História Creto-Micênica (2000 a.C - VIII a. C)
  • período Pré-Homérico
  • período Homérico
- História da Pólis (VIII a. C - II a. C)
  • período Arcaico
  • período Clássico

Período Pré-Homérico:

Vai do apogeu à decadência da população da ilha de Creta, a maior ilha do mar Egeu, que foi povoada por tribos provenientes da Ásia Menor, formando a sociedade cretense ou minoica.

Creta também é conhecida por causa do mito do Minotauro.

Minotauro


Entre 3000 e 2000 a. C, os povos aqueus chegaram à Hélade (Grécia Antiga), onde fundaram a cidade de Micenas e a civilização micênica. Nesse período predominava a talassocracia, ou governo dos mares.

Entre 2000  e 1200 a. C os povos eólios e jônios atingiram a Península Balcânica, e invadiram a ilha de Creta de maneira pacífica.

Por volta de 1400 a. C os aqueu (micênicos, ou vindos da cidade de Micenas) dominaram os cretenses, formando a civilização creto-micênica, e o foco passa da ilha para o continente.

Então, por volta de 1300 e 1200 a. C, chegam um dos povos mais importantes da época, os dórios, formados por bravos guerreiros que destruíram a civilização creto-micênica e conquistaram a Grécia, pondo fim à Idade do Bronze e dando início à Idade Grega das Trevas.

Nesse período ocorreu a Primeira Diáspora Grega, ou seja, a migração dos gregos que saíram em fuga para outros lugares, favorecendo a dispersão da cultura grega.


Período Homérico:

Esses períodos recebem os nomes de Homérico e Pré-Homérico por causa dos poemas escritos pelo poeta grego Homero, a Ilíada e a Odisseia, os quais são uma das maiores fontes de informação daquela época.

Homero
 
 
Nesse período inicia-se a constituição das comunidades gentílicas, formadas pelos genos (famílias), cuja autoridade máxima era o pater, e a unidade econômica era o Oiko.

A principal atividade econômica era a agrícola e ocorreu o aparecimento da propriedade privada e da aristocracia.

O crescimento populacional, o enfraquecimento do solo e a disputa por terras provocaram a Segunda Diáspora Grega.

A sociedade gentílica não possuía um governo, então,  por volta do século VIII a. C, começaram a surgir as cidades-Estados, ou Pólis, marcando o início do segundo grande período da história da Grécia Antiga, a História da Pólis, do qual falaremos em outras postagens.


Resumo da Ilíada:

Canto I

- O sacerdote do templo de Apolo, Crises, vai ao acampamento dos gregos para tentar resgatar a filha Criseida, sequestrada e entregue ao rei Agamemnon como espólio de guerra. O atreide (Agamemnon, filho de Atreu) se recusa a devolver a moça e expulsa o pai dela de lá furiosamente.

- Crises pede então a ajuda de Apolo e com suas flechas o deus lança pestes e doenças para o acampamento dos gregos.

- Os gregos então decidem consultar os oráculos para saber o que está causando toda aquela onda de má sorte sobre eles. O vidente Calcas se apresenta como adivinho capaz de interpretar os sinais da natureza. Ele pede que Aquiles o defenda da ira de Agamemnon para que ele possa revelar a causa do descontentamento de Apolo. Aquiles então garante a sua segurança e Calcas revela a que a razão é a moça sequestrada, Criseida. 

- Agamemnon de fato fica furioso com o áugure. Decide devolver o prêmio mas exige uma compesação. Ele quer a Briseida, espólio de Aquiles que o havia afrontado e ameaçado voltar a casa.

- Aquiles, irado, pensa em sacar a espada e matar Agamemnon ali mesmo pela afronta, mas a deusa Palas Atena o segura pelos cabelos, enviada por Hera. Ela aconselha que Aquiles aguarde o momento certo de sua revanche. 

- O ancião Nestor, rei de Pilos, filho de Neleu e neto de Poseidon,  intervem na briga.

Canto II

Exército Grego:

Região: Beócia
Comandantes: Pemeleu, Protoénor, Lito, Arcesilau e Clônio
Naves: 150 com 18.000 homens
Cidades:

Áulide Eritras Haliarto
Híria Eleona Platéia
Esqueno Peteona Glissa
Escolo Hila Hipotebas
Eteono Ocaleia Onquesto
Téspio  Medeona Arna
Graia Tisbe Nisa
Micalesso Eutrêssio Mideia
Harma Copas Antédon
Iléssio Coroneia  


Região: Beócia
Comandantes: o irmãos Ascálafos (Argonauta) e Iálmeno
Naves: 30 com 3.600 homens
Cidades: 

Asplédon Orcômeno Mínias


Nada de Novo no Front

Alemanha, 1914.

Jovens alemães com idade em torno de 16 anos são convencidos pelos professores, pais e sociedade em geral a se alistarem no exército para lutarem pelo país contra a França e Inglaterra na fronteira oeste e contra a Rússia na fronteira Leste.

A eles era dito que indo à guerra seriam considerados os "homens de ferro" da Alemanha. Teriam honrarias e admiração das moças, que aquela guerra não duraria mais que um ano e que haveria poucas baixas.

É sobre essa história que fala o filme ALL QUITE ON THE WESTERN FRONT (título brasileiro: Nada de Novo no Front), rodado em 1930 pelo diretor americano Lewis Milestone.




Relembrando, como falamos na postagem sobre o filme DE MAYERLING A SARAYEVO, por causa do assassinato do herdeiro do trono da Áustria-Hungria por rebeldes sérvios, Franz Ferdinando, esse país declarou guerra à Sérvia com o apoio da Alemanha e Itália, formando a Tríplice Aliança (contando também com o apoio dos turcos do Império Otomano). Rússia e França ficaram ao lado da Sérvia, e Inglaterra aliou-se aos dois países posteriormente, formando a Tríplice Entente.

O filme é baseado no maior livro anti-bélico já escrito, de mesmo nome, do autor Erich Maria Remarque.




Nascido Erich Maria Kramer, em 1898, na cidade de Osnabrück, Alemanha, Remarque foi um desses jovens. Ele alistou-se no exército alemão aos 18 anos, para lutar na WWI, influenciado pela propaganda da guerra.


Erick Maria Remarque
 
O enredo descreve com simplicidade como era a rotina das trincheiras na fronteira com a França, mostrando a insensatez da guerra e das mortes. Ao longo da estória os rapazes se deparam com uma realidade bem diferente daquela que lhes foi prometida.
 



Lawrence da Arábia

Península Arábica, 1916.

Desde 1517 as nações árabes estavam sob o domínio dos turcos do Império Otomano, aliados da Alemanha e de Áustria-Hungria na 1a Guerra Mundial.

Confiantes no apoio do Império Britânico na conquista e no reconhecimento da liberdade perante os turcos, os árabes lutaram e se sacrificaram ao lados dos ingleses, que por sua vez tinham interesses diversos na região.

Esse é o contexto do premiado filme Lawrence da Arábia, de 1962, do diretor David Lean, vencedor de sete Oscars, baseado no livro Os Sete Pilares da Sabedoria do próprio personagem, Thomas Edward Lawrence (1888 - 1935).



Lawrence era um arqueólogo que tinha um profundo interesse pelo Oriente Médio e possuía muitos conhecimentos sobre as línguas, a cultura e os costumes do povo árabe. Durante a Primeira Guerra Mundial alistou-se no exército britânico para lutar ao lado dos árabes contra os turcos.


 
 
Naquela época o Império Britânico controlava o Egito, do qual era credor, tendo recebido destes como pagamento de dívidas uma parte do Canal de Suez, local estratégico para navegação na rota para as Índias.
 
O canal, com 195 km de extensão, foi construído por uma parceira entre França e Egito, entre 1859 e 1869, ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho.
 
 
No entanto, ao fim da guerra, em 1918, quando os turcos já estavam finalmente derrotados, ao invés de cumprir sua palavra com os árabes, a Inglaterra põe em prática o que já havia sido acordado secretamente em um pacto com a França para divisão daquelas terras entre os dois países, no Tratado Sykes-Picot, assinado em 1916, causando revolta e indignação ao mundo árabe.
 
Como justificativa para esse ato, que foi altamente repudiado pelas demais nações, os britânicos e franceses alegaram que fizeram isso porque acreditavam que os árabes ainda não tinham maturidade para governarem sozinhos e precisariam ficar sob a tutela dos ocidentais.
 
Essa indignação perdura até os dias de hoje, sendo responsável por grande parte dos conflitos atuais entre o Oriente Médio e os países ocidentais.
 
 


The Four Feathers (Honra e Coragem)

Khartoum, capital do Sudão, 1875.

É nesse cenário em que se passa o maravilhoso filme The Four Feathers (título no Brasil: Honra e Coragem - As Quatro Penas), de 2002, do diretor indiano Shekhar Kapur.
Inspirado no romance de mesmo nome de Alfred E. W. Mason, de 1902, o filme conta a história de um soldado inglês que ao ser informado que seu regimento seria enviado para a África, começa a questionar sua vocação militar e decide abandonar a carreira para ficar com sua noiva.
 
 
Porém, o gesto é visto por seus amigos de regimento e também pela sua própria noiva, como falta de coragem, e estes lhe enviam quatro penas brancas, símbolo da covardia.
O resgate da sua honra e do respeito dos amigos, passa a ser seu principal objetivo no decorrer do restante do filme.
 
Contexto Histórico:
 
Nesse período o Sudão era governado por uma administração egípcia que impunha altos impostos e que tinha por objetivo acabar com o tráfico de escravos.

Em 1870, Muhammad Ahmad, um clérigo muçulmano, havia se auto proclamado Mahdi, o redentor prometido do mundo islâmico, liderando revoltas contra os egípcios.
 

Mahdi
 
O governo egípcio, no entanto, estava sob o controle britânico do Primeiro Ministro William Gladstone. Após ataque a uma fortaleza colonial britânica pelos rebeldes sudaneses, um regimento inglês é enviado para combater os guerreiros de Mahdi ao lados dos egípcios.
 
Há também aqui no blog uma outra postagem sobre essa guerra: o belíssimo filme Khartoum - A Batalha do Nilo.
 
 
Outras versões da obra foram filmadas anteriormente:
 
1929
 
1939
 
1939


 
 
 


 
 
 
 
 

Paths of Glory

Avançando um pouco mais na Primeira Guerra Mundial, vamos falar sobre o filme Paths of Glory (título brasileiro: Glória Feita de Sangue), do aclamado diretor americano Stanley Kubrick.


 
 

Lançado em 1957 e estrelado por Kirk Douglas, é baseado no romance do escritor Humphrey Cobb.

O filme está ambientado no norte da França, em 1916, mais precisamente na cidade de Verdun, região da Lorena, onde ocorreu uma das mais longas e devastadoras batalhas da Primeira Guerra, a Batalha de Verdun, entre França e Alemanha.

Um dos mais contundentes filmes anti-guerra, ele aborda com profundidade o aspecto humano envolvido nesse ambiente, trazendo à tona toda a pequenez e mesquinharia que pode ser alcançada pelo homem em momentos extremos.

A história fala da missão praticamente suicida recebida por um pelotão francês nas trincheiras de Verdun, comandado pelo Coronel Dax (Kirk Douglas), com o objetivo de tomar uma colina chamada Formigueiro, ocupada pelos alemães.

Iniciada a missão, o grupo é brutalmente recebido pelos rivais e parte do batalhão se recusa a seguir adiante, vendo que se tratava realmente de uma missão impossível.

Para não ter que assumir a derrota, o General que deu a missão ordena que esse grupo seja executado no campo de batalha pelos próprios companheiros, mas o coronel que recebe tal ordem se recusa a executá-la, a menos que ela venha por escrito e que o General assuma assim a responsabilidade, o que não acontece.

O General então determina que o grupo seja julgado por uma corte marcial pelo crime de covardia diante do inimigo e condenado à pena capital.

O Coronel Dax, após muita negociação, tenta salvar o grupo, alegando que se tratavam de bravos soldados responsáveis por diversas vitórias em batalhas anteriores, porém, três deles são escolhidos para irem a julgamento.

Na segunda metade do filme  o foco é transferido das trincheiras para esse julgamento, o qual é conduzido de forma parcial e arbitrária.

Realmente é um filme belíssimo e muito diferente da maioria dos filmes de guerra!!






 

De Mayerling a Sarajevo

Dando início ao ciclo de postagens sobre a primeira e a segunda guerras mundiais, vamos falar um pouco sobre as origens.

Como se iniciou a Primeira Guerra Mundial? Quais foram as causas e o ponto de partida? Na verdade, foram vários os motivos, como as disputas por colônias, a formação de alianças, etc,  mas houve uma fagulha... 
 
E é desse estopim que se trata o filme “De Mayerling a Sarajevo”, do diretor francês, de origem alemã, Max Ophüls
 
A obra, de 1940 , retrata o romance entre o Arquiduque Franz Ferdinand, da poderosa família Habsburgo, herdeiro do Império Austro-Húngaro e sobrinho do então Imperador Francisco José I, com aquela que seria sua esposa num casamento morganático, a Condessa Sophie Chotek, da Tchecoslováquia, desde o momento em que se conheceram até o assassinato de ambos, por Gavrilo Princip, em Saraievo, Bósnia, no dia do 14o aniversário de casamento.
 
Esse evento deflagraria então a primeira grande guerra, pondo um fim à "paz armada" que perdurava até então.


Antes desse episódio, a região dos Bálcãs havia sido dominada durante anos pelo Império Turco Otomano, até que o poder fosse tomado pela Sérvia (capital Belgrado), a qual foi em seguida dominada pela Áustria-Hungria (capital Viena).
 
Franz Ferdinand e Sophie Chotek

 

Imperador Francisco José I

E essa opressora dominação austro-húngara causou muita revolta e descontentamento sobre as nações subjugadas, como a Sérvia, Bósnia e Albânia.
 
Dessa insatisfação com a Áustria-Hungria surgiu na Sérvia a sociedade secreta militar Mãos Negras, uma organização terrorista, anarquista radical, que tinha o objetivo de derrubar o governo e estabelecer a Iugoslávia.
 
O jovem atirador Gavrilo Princip, nascido na Bósnia, onde perdera tudo que tinha devido às guerras, fazia parte dessa organização.

Gavrilo Princip

A Europa daquela época estava dividida em dois blocos:

- Tríplice Aliança: Alemanha / Itália / Áustria-Hungria (com o apoio dos Turcos Otomanos)

- Tríplice Entente: Rússia  / França / Reino Unido

Uma guerra entre quaisquer desses países envolveria todos os outros.

Indignado com a morte do sobrinho, o Imperador Francisco José I decidiu declarar guerra à Sérvia, mas sabia que essa poderia ter o apoio da Rússia, um inimigo que ele não poderia combater sozinho.

O Imperador então pediu o apoio do Kaiser Guilherme II, da Alemanha, também pertencente à  família Habsburgo. Esse ficou ao seu lado sem dar muita importância aos fatos e sem medir as consequências, concluindo que aquele seria mais um conflito dos Balcãs e que logo as desavenças entre a Áustria-Hungria e a Sérvia estariam resolvidas.

Mas não foi o que aconteceu. A Rússia realmente ficou do lado da Sérvia, assim com o a França, e ambas começaram a se mobilizar para a guerra. A Alemanha então, vendo que essa seria inevitável, preferiu antecipar os fatos e, em agosto de 1914, declarou guerra aos dois países.

A Inglaterra, até então neutra e sem nenhum motivo direto para entrar na guerra, pois não tinha nenhuma simpatia pela Sérvia, viu que não poderia ficar de fora por muito mais tempo. Ela possuia muitas colônias na África e na Ásia, além de rotas comerciais, e precisava do apoio russo para garantir a estabilidade do seu vasto império. Além disso, ela não poderia permitir que a Alemanha obtivesse o controle dos mares. Dessa forma, ela entrou na guerra ao lado da Rússia e da França.

Assim iniciou-se a Primeira Guerra Mundial.





Pearl Harbor / Conspiração Xangai

Na postagem de estreia desse espaço vamos falar dos 72 anos do ataque surpresa realizado pelo Japão à base naval norte-americana de Pearl Harbor, ocorrido em 7 de dezembro de 1941, marcando a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial.

Para isso vamos usar dois filmes: Pearl Harbor (2001)Conspiração Xangai (2010)





O primeiro é aquele típico filme de Hollywood, com romances açucarados e um nacionalismo exacerbado, mas é muito bem feito, com excelentes efeitos especiais e é um ótimo entretenimento. Mas o que importa mesmo é que ele retrata bem o contexto americano em relação à Segunda Guerra Mundial antes e depois do ataque, mostrando como ocorreu a investida japonesa.

Já o segundo filme, Conspiração Xangai, está ambientado na cidade que dá nome ao título, já invadida pelos japoneses, e se passa num período de poucos meses antes do ataque à base americana, quando havia um mistério em torno da localização da frota japonesa no Pacífico, que viria a promover o bombardeio.


Entendendo todo o contexto:

- O cenário era a Segunda Guerra Mundial.

- Os EUA não estavam na guerra e não queriam participar dela, mas sabiam que em algum momento isso seria inevitável.

1931 - Japão invade a Manchuria (hoje nordeste da China), acreditando estar liberando os chineses do colonialismo e porque precisava dos recursos naturais da região.

1937 - Japão invade Xangai e Nanquim, na China.

1940 - Presidente dos EUA, Franklin Roosevelt, decide transferir a frota de navios americana da base naval de San Diego, na Califórnia, para a base naval de Pearl Harbor, no Havaí, acreditando que lá ela estaria mais protegida.

Presidente Franklin Roosevelt

20/09/1940 - Japão invade a Indochina Francesa, região que hoje compreende o Vietnã, o Laos e o Camboja.

27/09/1940 - Japão alia-se à Alemanha e à Itália, formando o bloco do Eixo.

- Japão possui forte dependência da importação de petróleo dos EUA.

- Após as invasões japonesas, os EUA congelam os bens japoneses em território americano e suspendem o fornecimento de petróleo, exigindo a sua saída imediata da Indochina. 

- Japão não cede às exigências americanas e declara guerra aos EUA.

- o Imperador Hirohito juntamente com o Primeiro Ministro Tojo e o Comandante Yamamoto, planeja o ataque minuciosamente, e os militares japoneses treinam exaustivamente a operação.

 Imperador Hirohito

 Comandante Yamamoto

Primeiro Ministro Tojo


Eles desenvolvem uma adaptação de madeira para os torpedos, uma espécie de barbatana, tornando-os mais eficazes em águas rasas, típicas em Pearl Harbor.

A intenção era atingir com um golpe certeiro o maior número de recursos bélicos americanos, atrasando assim a entrada do rival na guerra efetivamente.


07/12/1941 - Numa típica e tranquila manhã de domingo, dia em que normalmente havia mais navios atracados, o Japão ataca violentamente a base de Pearl Harbor, provocando severas perdas para a armada americana no Pacífico, despertando "o gigante adormecido", naquele que ficou conhecido como "o dia da infâmia".

No entanto, o Japão não consegue destruir os tanques de petróleo, as oficinas e os porta-aviões americanos que não estavam na base no dia do ataque, permitindo que os EUA pudessem se recuperar no ano seguinte. 

Os porta-aviões eram o ativo mais importante para ambos os lados na guerra do Pacífico.

08/12/1941 - O Presidente Roosevelt, com o apoio do povo americano e dos militares, declara guerra ao Japão. 

18/04/1942 - É posto em prática o Ataque Doolittle, articulado pelo Tenente-Coronel James H. Doolittle, o qual contou com 16 aviões B-25, com dois motores, que comportavam uma carga maior de bombas e que podiam ser lançados de porta aviões, porém não podiam estar equipados com muitas armas de defesa, para que seu peso fosse o mais reduzido possível. 

Tenente-Coronel Doolittle

Após intenso treinamento, os aviões finalmente realizaram os bombardeios sobre as áreas industriais, militares e locais de armazenamento de petróleo nas cidades de Tóquio e Nagoya, com a intenção de pousar na costa leste chinesa. 

Nem tudo saiu como esperado durante a conclusão da missão, mas esse ataque serviu para elevar o moral do povo americano e enfraquecer o oponente nas batalhas que viriam a seguir.


Localizando o evento no tempo:

Introdução

Olá! Bem vindo ao "Filmes Históricos", um espaço criado para trocarmos informações sobre os filmes que retratam fatos importantes e interessantes da nossa história.

Pretendo aqui, com a ajuda dos meus colaboradores, explorar esses fatos de maneira bem simples e objetiva.

Espero que esse passeio pela história através dos filmes seja tão divertido e fascinante para você como tem sido para mim.

Até mais,

Lizandra