1983 - 007 Contra Octopussy

"007 Contra Octopussy" é o 13º filme da franquia James Bond, lançado em 1983, 6º estrelado por Roger Moore como 007.

A história envolve contrabando de joias, a ameaça de um ataque nuclear na Alemanha Ocidental durante a Guerra Fria e uma misteriosa mulher chamada Octopussy, que lidera uma irmandade de mulheres em sua ilha particular na Índia.

James Bond investiga a morte de um agente britânico em Berlim Ocidental que carregava um valioso ovo de Fabergé. Isso leva 007 a descobrir um esquema de contrabando internacional ligado a Kamal Khan, um príncipe exilado que trabalha com o general soviético Orlov.

Orlov pretende detonar uma bomba nuclear em uma base da OTAN na Alemanha Ocidental. O plano é fazer parecer um acidente com armas americanas, o que forçaria a Europa a exigir o desarmamento nuclear dos EUA — deixando o caminho livre para a expansão soviética.

Bond descobre que Khan trabalha em parceria com Octopussy, uma mulher misteriosa que chefia um grupo de mulheres em uma ilha privada na Índia. Ela inicialmente acredita em Khan, mas depois se alia a Bond. No clímax, 007 consegue impedir a explosão do artefato nuclear dentro de um circo em uma base da OTAN, salvando milhões de vidas.

O filme reflete as tensões da Guerra Fria nos anos 80:

  • O general Orlov representa a ala dura do Exército Vermelho, desejando expandir o domínio soviético sobre a Europa.

  • A bomba atômica na Alemanha Ocidental mostra o medo de um conflito nuclear acidental, tema recorrente na época.

  • O contrabando de joias e obras de arte também faz alusão ao tráfico de riquezas no Oriente e à cooperação entre elites corruptas do Leste e do Sul global.


O que foi o Pacto de Varsóvia?

  • Criado em 1955, em resposta à entrada da Alemanha Ocidental na OTAN.

  • Era uma aliança militar entre a União Soviética e seus países satélites do Leste Europeu (Polônia, Alemanha Oriental, Hungria, Tchecoslováquia, Bulgária, Romênia e Albânia – que saiu em 1968).

  • O objetivo era garantir defesa coletiva caso algum membro fosse atacado e manter a influência soviética sobre o bloco socialista.

  • Dissolvido em 1991, junto com o fim da URSS

O general Orlov, vilão soviético, reflete exatamente o espírito militarista dentro do Pacto de Varsóvia:

  • Ele acredita que o Ocidente é fraco e que a União Soviética deve expandir-se.

  • Seu plano (detonar uma bomba nuclear em uma base da OTAN na Alemanha Ocidental e fazer parecer acidente) mostra o medo real da época: que um incidente nuclear forçasse a Europa Ocidental a exigir o desarmamento dos EUA, desequilibrando a balança de poder e deixando a Europa vulnerável ao Pacto de Varsóvia.

  • A disputa entre os “falcões” (linha dura militar, como Orlov) e os “moderados” soviéticos (como o resto da liderança no filme) também reflete as discussões internas do bloco socialista nos anos 70-80.

O filme foi lançado num momento de renovada tensão da Guerra Fria (era Reagan vs. URSS).

  • Orlov (general soviético) → representa a ala “falcão” do Pacto de Varsóvia: queria expandir o território socialista para além do que o equilíbrio militar permitia.

  • Bomba na Alemanha Ocidental → OTAN tinha armas nucleares na região. O plano de Orlov era fazer parecer um acidente da OTAN, enfraquecendo a confiança da Europa nos EUA.

  • Consequência → se a Europa Ocidental pressionasse os EUA a retirar suas armas nucleares, a balança de poder OTAN x Pacto de Varsóvia se romperia em favor do bloco soviético.

  • Mensagem política do filme → A liderança soviética oficial (mostrada nos generais que repreendem Orlov) não queria a escalada nuclear, refletindo o realismo dos anos 80, mas dentro do sistema sempre havia o risco de radicais como Orlov.

O nome “Octopussy” é o codinome de uma mulher misteriosa, interpretada por Maud Adams, atriz sueca com 38 anos no filme.

Ela é filha de um oficial britânico desonrado que, anos antes, foi poupado por James Bond em vez de ser entregue à justiça. Por isso, guarda certo respeito e dívida moral em relação a 007. 

No presente, Octopussy lidera uma irmandade de mulheres (as “Octopus Cult”), que vivem numa ilha privada na Índia, onde praticam artes marciais, contrabando e negócios ilícitos.

Ela se envolve com Kamal Khan, vilão que trabalha junto ao general soviético Orlov. 

Inicialmente, acredita em Khan, mas depois descobre sua traição e se alia a Bond.

O codinome “Octopussy” vem de um polvo, que ela usa como símbolo pessoal (inclusive tem um octópode de estimação em sua residência).

O nome também aparece em um conto de Ian Fleming (Octopussy and The Living Daylights, 1966), onde é explicado que “Octopussy” era o apelido carinhoso dado por seu pai a ela.

Octopussy representa a ambiguidade do Oriente no filme: luxo, mistério, mas também ligação com o crime internacional.

Diferente de outras “Bond girls”, ela não é apenas romance ou apoio: é líder de uma organização, com poder e recursos próprios.


Ovo de Fabergé


São joias em forma de ovo criadas pelo joalheiro Peter Carl Fabergé e sua oficina em São Petersburgo, Rússia, entre 1885 e 1917.

Foram encomendados principalmente pelos czares Alexandre III e Nicolau II como presentes luxuosos de Páscoa para a família imperial russa.

Cada ovo é feito com ouro, esmalte, pedras preciosas e contém uma “surpresa” no interior (miniaturas, relógios, figuras, etc.).

Tornaram-se símbolo da opulência dos Romanov e, depois da Revolução Russa de 1917, raríssimos objetos de coleção.


Os Romanov foram a família imperial da Rússia até a Revolução de 1917.

Eles possuíam um dos maiores tesouros de joias e obras de arte do mundo, incluindo os famosos ovos de Fabergé.

Após a revolução bolchevique, muitas dessas peças foram confiscadas, vendidas clandestinamente ou contrabandeadas para o Ocidente, alimentando o mercado negro de arte e luxo.

No filme, um ovo de Fabergé verdadeiro é roubado e substituído por uma cópia falsa.

Esse detalhe leva James Bond a investigar um esquema de contrabando internacional, envolvendo joias e obras de arte.

O ovo é a pista inicial que conecta a trama de Londres → Índia → Alemanha, até chegar ao plano nuclear do general Orlov.

Além de ser um artefato precioso, o ovo simboliza a mistura de luxo, espionagem e corrupção internacional — um tema comum nos filmes da Guerra Fria.


O filme começa justamente com o contrabando de joias raras (como os ovos de Fabergé), que remetem ao tesouro perdido dos Romanov.

A trama mostra como peças imperiais russas — símbolos de riqueza e decadência czarista — acabam nas mãos de criminosos internacionais.

Isso serve de metáfora da Guerra Fria:O uso de um ovo de Fabergé como peça-chave da investigação conecta o passado imperial russo com as intrigas políticas e militares do presente soviético (representado pelo general Orlov).

O luxo imperial russo transformado em objeto de crime reflete a corrupção e instabilidade do Leste.

Assim, as joias funcionam como ponto de partida para a espionagem: o tráfico de arte leva Bond a descobrir a conspiração nuclear.

No filme, a cena do leilão em Londres mostra um ovo de Fabergé verdadeiro sendo vendido na casa Sotheby’s. O dono do ovo no filme é o Governo Britânico (através do MI6), que coloca a peça no leilão como parte de uma operação de vigilância.

O objetivo era atrair e observar quem faria lances pelo ovo, já que havia suspeita de que uma cópia falsa estava circulando no mercado.

Durante o leilão, James Bond percebe a jogada do vilão Kamal Khan, que dá lances inflados para recuperar o ovo (pois ele já havia se envolvido no esquema de contrabando com as cópias falsas).

Bond, para confirmar suas suspeitas, entra no jogo: ele faz lances e até substitui o ovo verdadeiro pela réplica sem que ninguém perceba.

Ou seja, no filme, o “dono” formal do ovo é o tesouro britânico (sob custódia da Sotheby’s), mas a trama mostra como ele vira peça de espionagem para expor o esquema de Khan e Orlov.

ovo verdadeiro é revelado como uma distração. O que realmente importa é o que está escondido dentro do ovo, e o leilão é usado como cobertura para o contrabando de materiais nucleares.


Khan e Orlov manipulam o mercado de arte e joias para financiar seus planos bélicos e garantir que suas armas nucleares sejam entregues ao seu destino final.


Khan é contratado por Orlov para atuar como intermediário: ele fornece logística, transporte e cobertura para o contrabando de joias e ouro que financiará a operação nuclear.

A famosa operação do circo (onde a bomba é escondida em um vagão) depende da rede de Khan, que controla movimentação de pessoas e objetos entre a Índia e a Alemanha Ocidental.

Orlov e Khan não são iguais em poder: Orlov dá ordens, Khan executa, mas também tenta tirar proveito próprio (ganância).

No clímax, Khan trai Orlov, porque quer lucrar sozinho, mas Bond consegue impedir tanto o plano nuclear quanto os esquemas de Khan.

Orlov = cérebro militar soviético, com objetivos geopolíticos.

Khan = executor e intermediário, com objetivo financeiro pessoal.

Bond se infiltra nesse elo entre poder político e crime internacional, descobrindo como os dois vilões se conectam.


Orlov, o general soviético, representa a linha dura do Pacto de Varsóvia e, ao longo do filme, faz comentários que refletem a visão soviética da época:

  1. Ocidente como fraco e corrupto

    • Orlov acredita que a Europa Ocidental e os EUA estão politicamente divididos e moralmente decadentes.

    • Ele vê os líderes ocidentais como incapazes de manter a ordem e proteger seus interesses, o que, na visão dele, abre espaço para ações ousadas da União Soviética.

  2. Dependência de armas nucleares

    • Ele ironiza a dependência do Ocidente em deterrentes nucleares, sugerindo que eles confiam em tecnologia e ameaças ao invés de coragem ou estratégia militar real.

    • Seu plano de fingir que a bomba nuclear foi da OTAN é uma crítica indireta: mostra que o Ocidente não percebeu seus próprios riscos, deixando-se manipular.

  3. Interesse próprio sobre diplomacia

    • Orlov vê a política ocidental como egoísta e cheia de interesses econômicos, sem visão de longo prazo.

    • Ele se apresenta como alguém que tem clareza estratégica e coragem de agir, contrastando com o que ele considera inércia ocidental.


O filme usa Orlov para mostrar a percepção soviética da fragilidade ocidental durante a Guerra Fria.

Não é apenas vilania: há um subtexto político, sugerindo que o Ocidente, apesar da superioridade tecnológica, poderia ser vulnerável à astúcia e audácia soviética.

Esse discurso reforça o clima de tensão e paranoia nuclear típico dos anos 80.


Papel da União Soviética moderadora

  1. Controle sobre oficiais radicais

    • Orlov age de maneira extrema, querendo detonar uma bomba nuclear para ganhar vantagem política.

    • Outros líderes soviéticos, porém, não apoiam essa escalada. Eles repreendem Orlov e mostram preocupação com as consequências internacionais.

    • Isso reflete a realidade histórica: mesmo dentro da URSS, havia divisões entre radicais e realistas sobre a Guerra Fria.

  2. Imagem de poder racional

    • O filme sugere que a União Soviética “oficial” não busca guerra aberta desnecessária.

    • O objetivo deles é proteger interesses estratégicos sem provocar conflito nuclear direto, contrastando com a audácia imprudente de Orlov.

  3. Equilíbrio narrativo

    • Cinematograficamente, essa postura serve para evitar caricaturar toda a União Soviética como vilã absoluta.

    • Mostra que o perigo real vem da ambição individual de Orlov, não de todo o bloco soviético.


No filme, a União Soviética moderadora funciona como freio moral e estratégico: permite que o espectador veja que Orlov é um radical, não a representação total do bloco socialista, e reforça a tensão entre ação individual imprudente e política de Estado calculada.


Papel de Gogol em Octopussy

  1. Supervisão de Orlov

    • Gogol acompanha Orlov e outros oficiais soviéticos, lembrando-os das regras políticas e estratégicas.

    • Ele representa a linha oficial do governo soviético, que prefere manter o equilíbrio e não arriscar uma guerra nuclear.

  2. Mediador diplomático

    • Sempre tenta reduzir tensões e evitar ações precipitadas que possam prejudicar a imagem ou os interesses da União Soviética.

    • Serve como lembrete de que nem todos os soviéticos no filme são radicais ou vilões como Orlov.

  3. Função narrativa

    • Gogol cria um contraste com Orlov: enquanto Orlov é audacioso e perigoso, Gogol mostra que há racionalidade e política por trás do bloco soviético.

    • Esse contraste aumenta a tensão e a complexidade política do filme.


O General Gogol é o moderador soviético, a “voz da razão” que lembra o espectador que Orlov age por iniciativa própria, e que a União Soviética oficial não apoia terrorismo nuclear.


Orlov age por ambição pessoal e radicalismo militar, enquanto Gogol representa a voz da razão e da política oficial soviética, tentando impedir que Orlov provoque um desastre internacional.


Sátira ao socialismo latino-americano

  • No prólogo, o país é uma caricatura de uma ditadura comunista caribenha, lembrando Cuba sob Fidel Castro.

  • O exército é mostrado como pomposo, desorganizado e facilmente enganado por Bond.

  • O humor está no contraste entre a astúcia e improviso britânicos (Bond) e a ineficiência do regime socialista local.

  • Há também uma crítica velada: esses regimes eram vistos como extensões da influência soviética nas Américas, e o filme os retrata como alvos fáceis da inteligência ocidental.

Na sequência inicial do filme, Bond se infiltra em uma base militar de um país latino-americano fictício, inspirado em Cuba. Ele utiliza o Acrostar, que está disfarçado como um cavalo em um trailer, para escapar de uma perseguição. A cena é famosa por mostrar Bond pilotando o avião em manobras ousadas, incluindo voar através de um hangar e destruir um míssil com uma manobra habilidosa.

O Acrostar não apenas impressionou os fãs de James Bond, mas também se tornou um ícone da aviação. Ele apareceu em diversos comerciais, programas de televisão e até mesmo em outros filmes da franquia, como Die Another Day (2002), onde aparece em pedaços no laboratório de Q. O Acrostar original usado em Octopussy foi pilotado pelo piloto de acrobacias J.W. "Corkey" Fornof e está em exibição no Pima Air & Space Museum, em Tucson, Arizona.


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1981 - Apenas Para Seus Olhos

 "Apenas Para Seus Olhos" (For Your Eyes Only), de 1981, décimo segundo da série James Bond e quinto filme do ator britânico Roger Moore no papel principal, então com 54 anos, traz agora a direção de John Glen. Após o estrondoso sucesso de Moonraker, a franquia retorna à sua essência, tratando de assuntos geopolíticos.

É baseado no oitavo livro publicado por Ian Fleming, que trata-se de um livro de contos. O filme foi baseado em dois desses contos: For your Eyes Only e Risico.

Porém, antes de entrarmos na trama do filme, há um acerto de contas que precisa ser resolvido. James Bond visita o túmulo de sua esposa, Teresa Bond, ou a condessa Teresa di Vicenzo, morta em 1969 por Blofeld, no 6o filme da franquia, “007 A Serviço Secreto de sua Majestade”. Na lápide está a frase “Nós temos todo o tempo do mundo”.

Logo depois Bond irá confrontar seu velho inimigo Blofeld, que está em uma cadeira de rodas, consequência do último encontro entre os dois rivais. O vilão não aparece diretamente, mas a cena deixa claro que se trata do chefe da Spectre. Bond tem a chance de se vigar e não a deixa passar. Em 2015 teremos uma reviravolta com esse personagem.

Após esse embate nas primeiras cenas, entramos então na história do filme, que está situada na região dos Balcãs, mais precisamente, no mar Jônico, entre a Albânia e a Grécia.

No mar Jônico, o barco de pesca St. George' Valleta é atingido por uma mina naval. Na verdade tratava-se o de um navio espião britânico de reconhecimento e que estava equipado com o sistema A.T.A.C, uma tecnologia que vem a ser o elemento central da trama.

ATAC significa Automatic Targeting Attack Communicator (em português: Comunicador Automático de Ataque e Mira).


Ele é um dispositivo de controle usado pela Marinha Real Britânica para transmitir ordens de ataque a submarinos armados com mísseis Polaris. Se caísse em mãos inimigas, permitiria que esses submarinos fossem controlados remotamente — ou que seus mísseis fossem redirecionados contra alvos aliados.


A história do filme gira em torno da corrida entre James Bond e os soviéticos para recuperar o ATAC após o afundamento de um navio britânico que o transportava.


No final de “For Your Eyes Only”, James Bond consegue recuperar o ATAC antes dos soviéticos. Porém, quando está prestes a entregá-lo, o General Gogol (KGB) chega de helicóptero para reivindicar o dispositivo.


Bond então pega o ATAC e, diante de Gogol, o arremessa contra as pedras, destruindo-o completamente. Esse gesto foi bastante sábio, pois se Bond entregasse o ATAC aos britânicos, poderia gerar uma escalada de tensão com os soviéticos,  e se caísse nas mãos da KGB, seria uma enorme ameaça ao Ocidente.  Ao destruí-lo, Bond elimina a possibilidade de qualquer lado obter vantagem, evitando uma crise internacional em plena Guerra Fria.

Esse final é simbólico porque mostra 007 agindo não só como agente britânico, mas também como alguém que busca o equilíbrio de poder, impedindo que a tecnologia militar desestabilize o mundo

O casal de arqueólogos Havelock, contratados pelo MI6 para localizar o navio afundado, é assassinado por ordem de um contrabandista grego chamado Aris Kristatos. A filha deles, Melina Havelock, sobrevive e busca vingança.


Bond investiga e cruza o caminho de Melina, que já matou o assassino dos pais com sua besta. Eles acabam se unindo, mesmo que inicialmente com objetivos diferentes.


Bond recebe informações contraditórias: Kristatos finge ser aliado dos britânicos e acusa o rival Milos Columbo (conhecido como “O Pombo”) de estar a serviço dos soviéticos

Mais tarde, Bond descobre que Kristatos é o verdadeiro traidor e Columbo, na verdade, um aliado inesperado.

Bond viaja pela Grécia, Itália e Albânia em várias missões de investigação e ação.

Inclui a famosa cena de esqui, perseguições de carros (Bond dirigindo um humilde Citroën 2CV), e o ataque em Cortina.

Ele também enfrenta a patinadora Bibi Dahl, patrocinada por Kristatos, que tenta seduzi-lo, mas Bond recusa.

Bond e Melina descem ao navio afundado para recuperar o ATAC. Eles conseguem, mas são capturados por Kristatos.

Kristatos não os mata de imediato. Ele os amarra e os arrasta por trás do barco (a famosa cena da tortura marítima com tubarões e corais).

Eles conseguem escapar graças à determinação de Melina.

Kristatos leva o ATAC para entregar ao general soviético Gogol.

Bond, Melina e Columbo escalam um mosteiro nos penhascos de Meteora em uma sequência de alpinismo cheia de suspense.

Há a luta final: Columbo mata Kristatos, Bond recupera o ATAC.

Quando Gogol chega de helicóptero, Bond joga o ATAC contra as pedras, destruindo-o, e ironicamente diz:

“Diga ao seu chefe que a détente ainda funciona.”

Gogol sorri e vai embora, reconhecendo o equilíbrio mantido.

Bond e Melina têm seu momento romântico final no iate dela.

Moneypenny e o Primeiro-Ministro britânico acompanham a cena através de uma ligação em vídeo (com humor típico da série).

Bond impede que o dispositivo ATAC caia em mãos soviéticas, vinga os Havelock junto de Melina e restaura o equilíbrio de poder destruindo o aparelho.


O filme reflete e comunica indiretamente algumas tensões geopolíticas e estratégicas ligadas à região dos Balcãs, especialmente se contextualizado com a Guerra Fria.

A localização da Grécia no Mediterrâneo, próxima a países do Pacto de Varsóvia (como a Albânia), reforça sua posição geopolítica estratégica.

O fato de o aparelho ATAC ter caído em águas próximas da Grécia e da Albânia sugere o papel da região como ponto de tensão entre o Ocidente (OTAN) e o Bloco Soviético.

A Grécia havia passado por uma ditadura militar (1967–1974) e vivia, nos anos 1980, uma fase de reconstrução democrática. Embora o filme não explore isso diretamente, a presença de intrigas políticas, corrupção e figuras ambíguas (como Kristatos, que coopera secretamente com a KGB) pode ser lida como uma crítica velada à vulnerabilidade política do país.

A rivalidade entre Kristatos e Columbo (personagens gregos com ligações internacionais) mostra como potências externas influenciavam e operavam dentro da Grécia através de agentes locais.

O uso de paisagens icônicas gregas (como Meteora, Corfu e Atenas) reforça o imaginário ocidental da Grécia como berço da civilização, mas também como um lugar de mistério e conflito moderno, contrastando tradição e instabilidade contemporânea.

O papel da Grécia na Guerra Fria foi estratégico e bastante relevante, mesmo sendo um país pequeno, por causa da sua posição geográfica no sudeste europeu, vizinha dos Bálcãs, da Turquia e próxima ao Oriente Médio. 


1. Guerra Civil Grega (1946–1949)

  • Foi um dos primeiros conflitos da Guerra Fria, logo após a Segunda Guerra Mundial.

  • De um lado, o governo grego, apoiado pela Grã-Bretanha e depois pelos Estados Unidos.

  • Do outro, os comunistas gregos, apoiados pela Iugoslávia, Albânia e, em parte, pela Bulgária.

  • A vitória das forças governistas, graças à ajuda norte-americana, consolidou a Grécia como parte do bloco ocidental.


2. Doutrina Truman (1947)

  • O caso da Grécia foi fundamental para o lançamento da Doutrina Truman, pela qual os EUA declararam que ajudariam países ameaçados pelo comunismo.

  • A ajuda econômica e militar dos EUA à Grécia (e à Turquia) marcou o início da política de contenção contra a expansão soviética.


3. Alinhamento ao Ocidente

  • A Grécia ingressou na OTAN em 1952, junto com a Turquia.

  • Sua posição estratégica no Mediterrâneo oriental foi vista como essencial para conter a influência soviética nos Bálcãs e no Oriente Médio.


4. Tensões Internas e Golpe Militar (1967–1974)

  • O país sofreu forte instabilidade política.

  • Em 1967, um golpe militar instaurou a chamada "Ditadura dos Coronéis", apoiada de forma tácita pelos EUA por ser anticomunista.

  • Esse regime durou até 1974, quando caiu após a crise de Chipre.


5. Questão de Chipre

  • A disputa entre Grécia e Turquia sobre Chipre gerou tensões dentro da própria OTAN.

  • Em 1974, a Turquia invadiu a ilha após uma tentativa de golpe apoiado por nacionalistas gregos. Isso criou um atrito entre dois aliados estratégicos do Ocidente.


6. Integração Europeia

  • Depois da ditadura, a Grécia caminhou para a democracia e buscou maior integração com a Europa Ocidental.

  • Em 1981, entrou na Comunidade Econômica Europeia (CEE), reforçando seu alinhamento ao bloco capitalista.


Em resumo: a Grécia foi um dos primeiros palcos da Guerra Fria, servindo como teste da política de contenção dos EUA. Sua posição geográfica e disputas regionais (sobretudo com a Turquia e em Chipre) deram ao país um papel estratégico muito maior do que seu tamanho sugeriria.

Quer que eu monte um mapa com as regiões de influência e pontos estratégicos da Grécia na Guerra Fria para visualizar melhor?

1. Localização estratégica da Grécia

  • O filme destaca a importância geopolítica do Mediterrâneo oriental.

  • A Grécia aparece como palco de disputas entre Ocidente e Oriente durante a Guerra Fria, em especial no Mar Egeu, ponto crucial para o controle de rotas marítimas e de comunicação da OTAN.


2. Tecnologia militar sensível

  • O enredo gira em torno da disputa pelo sistema ATAC (Automatic Targeting Attack Communicator), um dispositivo de controle de submarinos nucleares britânicos.

  • A trama mostra a preocupação de que esse tipo de tecnologia caísse em mãos soviéticas, refletindo o clima de espionagem e de corrida tecnológica/militar típico da época.


3. Ecos da história recente da Grécia

  • O filme foi lançado poucos anos após o fim da Ditadura dos Coronéis (1967–1974), um regime militar apoiado pelo Ocidente por seu caráter anticomunista.

  • Ao situar parte da ação em mosteiros da Grécia e no mar grego, o filme transmite uma ideia de “fronteira do Ocidente”, onde se trava a luta contra a infiltração soviética.


4. A rivalidade com a União Soviética

  • O vilão, que busca vender o ATAC aos soviéticos, reforça o imaginário da época: a Grécia como um território de espionagem e influência, cobiçado pelo bloco comunista.

  • Isso ecoa o papel da Grécia real durante a Guerra Fria: embora fosse membro da OTAN, era considerada vulnerável à pressão soviética e às instabilidades políticas internas.


5. Simbolismo cultural e político

  • O uso de locais icônicos gregos (como Meteora e o Mar Egeu) não é só estético: simboliza a Grécia como um ponto de encontro entre tradição e modernidade, mas também entre democracia ocidental e ameaças externas.

  • No filme, a Grécia aparece como espaço de resistência contra agentes que tentam enfraquecer a segurança do Ocidente.


Em resumo: For Your Eyes Only comunica, através da ação e do cenário, a percepção da Grécia como fronteira estratégica do mundo ocidental na Guerra Fria, um território onde se jogavam disputas tecnológicas, militares e políticas entre OTAN e URSS.



1. Localização estratégica da Grécia

  • O filme destaca a importância geopolítica do Mediterrâneo oriental.

  • A Grécia aparece como palco de disputas entre Ocidente e Oriente durante a Guerra Fria, em especial no Mar Egeu, ponto crucial para o controle de rotas marítimas e de comunicação da OTAN.


2. Tecnologia militar sensível

  • O enredo gira em torno da disputa pelo sistema ATAC (Automatic Targeting Attack Communicator), um dispositivo de controle de submarinos nucleares britânicos.

  • A trama mostra a preocupação de que esse tipo de tecnologia caísse em mãos soviéticas, refletindo o clima de espionagem e de corrida tecnológica/militar típico da época.


3. Ecos da história recente da Grécia

  • O filme foi lançado poucos anos após o fim da Ditadura dos Coronéis (1967–1974), um regime militar apoiado pelo Ocidente por seu caráter anticomunista.

  • Ao situar parte da ação em mosteiros da Grécia e no mar grego, o filme transmite uma ideia de “fronteira do Ocidente”, onde se trava a luta contra a infiltração soviética.


4. A rivalidade com a União Soviética

  • O vilão, que busca vender o ATAC aos soviéticos, reforça o imaginário da época: a Grécia como um território de espionagem e influência, cobiçado pelo bloco comunista.

  • Isso ecoa o papel da Grécia real durante a Guerra Fria: embora fosse membro da OTAN, era considerada vulnerável à pressão soviética e às instabilidades políticas internas.


5. Simbolismo cultural e político

  • O uso de locais icônicos gregos (como Meteora e o Mar Egeu) não é só estético: simboliza a Grécia como um ponto de encontro entre tradição e modernidade, mas também entre democracia ocidental e ameaças externas.

  • No filme, a Grécia aparece como espaço de resistência contra agentes que tentam enfraquecer a 


📌 Contexto da Guerra Civil Grega (1946–1949)

  • Após a Segunda Guerra Mundial, a Grécia mergulhou em uma guerra civil entre:

    • Monarquistas/governistas (apoiados por Reino Unido e, a partir de 1947, pelos EUA);

    • Comunistas (com apoio indireto da Iugoslávia, Albânia e Bulgária).

  • Essa guerra foi considerada o primeiro grande “conflito por procuração” da Guerra Fria — ou seja, um confronto indireto entre EUA e URSS.

  • A vitória do governo grego (com massiva ajuda americana) foi vista como um sucesso da política de contenção do comunismo.

📌 Efeitos duradouros na imagem da Grécia:

  • A Grécia passou a ser considerada um “bastião” do Ocidente nos Bálcãs.

  • Seu território e política interna foram vigiados de perto pelas potências ocidentais (especialmente durante e após a Ditadura dos Coronéis – 1967–74).

  • A OTAN valorizava a posição da Grécia como ponto de vigilância do flanco sudeste europeu.

📽️ Ligação com For Your Eyes Only (1981)

Agora, pulamos para o filme. Embora For Your Eyes Only seja uma ficção, ele está carregado de mensagens políticas implícitas, refletindo a mentalidade da Guerra Fria:

  1. Grécia como campo de disputa estratégica:

    • O filme mostra agentes tentando recuperar o sistema ATAC antes que caia em mãos soviéticas.

    • Essa narrativa remete ao clima pós-Guerra Civil Grega: a constante vigilância e o medo de que tecnologias, informações ou territórios gregos pudessem ser usados pela URSS.

  2. Paisagens simbólicas e locais históricos:

    • As cenas filmadas nos monastérios de Meteora têm um forte peso simbólico.

    • Representam a espiritualidade, a antiguidade e a resistência grega — contrapondo-se à “ameaça moderna” da dominação comunista ou estrangeira.

    • Isso ecoa o papel da Grécia na Guerra Civil como defensora da “civilização ocidental” contra o avanço do comunismo.

  3. Presença ocidental:

    • James Bond, como agente britânico, simboliza o envolvimento do Ocidente na proteção da Grécia — da mesma forma que britânicos e depois americanos se envolveram militarmente no país nos anos 1940.

    • A mensagem é clara: o Ocidente continua vigilante na região, assim como esteve desde a Guerra Civil.

🎯 Conclusão:

A ligação entre a Guerra Civil Grega e For Your Eyes Only está na maneira como ambos projetam a Grécia como um espaço disputado entre forças ocidentais e ameaças externas (no caso do filme, a URSS). O cinema de espionagem atua como uma extensão da geopolítica: reforça a ideia de que a Grécia, mesmo décadas após sua guerra civil, ainda é uma peça-chave no “tabuleiro da Guerra Fria”.

🎬 1. A cena final — Margaret Thatcher no telefone

No encerramento do filme, após James Bond destruir o sistema ATAC (para evitar que caia em mãos soviéticas), o governo britânico tenta parabenizá-lo por telefone. Do outro lado da linha está... a primeira-ministra, representada por uma atriz imitando Margaret Thatcher.

Ela aparece em sua residência oficial (10 Downing Street), falando ao telefone com Bond, enquanto seu marido Denis Thatcher (também satirizado) está ao lado.

Mas Bond não atende pessoalmente — em vez disso, ele manda um papagaio responder. A cena termina com a primeira-ministra parecendo tola, mandando "beijinhos" ao telefone.

🎭 2. Interpretação da cena

Embora cômica, essa cena tem múltiplos sentidos:

- Crítica sutil à imagem pública de Thatcher:
O filme satiriza a figura de Thatcher como alguém fora de sintonia com o que realmente está acontecendo em campo. Isso pode ser visto como uma crítica à sua postura rígida, autoritária ou teatral.

- 🕵️‍♂️ Reforço da independência de Bond:
James Bond, como símbolo do herói britânico, rejeita o formalismo político e age por conta própria — mesmo quando isso significa contrariar as ordens do governo. Ao ignorar a ligação de Thatcher, o filme mostra que Bond está acima da política.

- 🗺️ Reflexo do papel britânico na Guerra Fria:
A Grã-Bretanha, sob Thatcher, buscava reafirmar sua relevância internacional. A cena brinca com essa tentativa de “comandar” uma situação que, no fim das contas, está sendo resolvida por agentes em campo.

🧊 3. Thatcher e o clima da Guerra Fria

Embora a aparição de Thatcher seja breve e caricatural, ela reforça a ambientação do filme:

  • O vilão do filme tem laços com a KGB.

  • A disputa pelo ATAC envolve a supremacia militar entre Leste e Oeste.

  • A figura de Thatcher simboliza o Reino Unido alinhado firmemente com os EUA contra a União Soviética.

✅ Resumo

  • Margaret Thatcher aparece em For Your Eyes Only como uma personagem satírica no final do filme.

  • A cena serve como alívio cômico, mas também como comentário político: sobre o papel da liderança britânica, a autonomia dos agentes secretos e o estilo autoritário de Thatcher.

  • Ao mesmo tempo, reforça o pano de fundo da Guerra Fria e a preocupação com o equilíbrio de poder entre os blocos.






1979 - Moonraker - 007 Contra o Foguete da Morte

 "007 Contra o Foguete da Morte" (Moonraker), de 1979 é um dos filmes mais rentáveis da franquia, é o décimo primeiro da série e quarto filme do ator britânico Roger Moore no papel principal, então com 52 anos, trazendo novamente a direção de Lewis Gilbert.




É baseado no terceiro livro de Ian Fleming, de 1955, quando as terríveis lembranças da segunda guerra mundial eram muito recentes e ainda assombravam o imaginário coletivo.



Após o enorme sucesso do filme anterior, "007 - O Espião que me Amava", a ideia inicial era filmar em seguida "For Yours Eyes Only". Porém, com a febre de ficção científica provocada pelo lançamento, em 1977, de "Star Wars: Uma Nova Esperança", os produtores entenderam que comercialmente seria mais interessante trazer um filme com James Bond também no espaço.




Com o tradicional estilo que ocila entre o sombrio e o debochado, o filme começa com o roubo de um dos foguetes Moonraker, que estava sendo emprestado dos EUA para a Inglaterra. A princípio suspeitou-se de um acidente aéreo, ja que a nave estava sendo transportada sobre um avião que havia caído.

Como não foram encontrados destroços do foguete no local do acidente, apenas do avião, James Bond foi então chamado para investigar o que estava acontecendo.

E ele começa visitando as instalações do fabricante do foguete, na Califórnia, o bilionário Hugo Drax, dono das Indústrias Drax, uma empresa de tecnologia que fabrica ônibus espaciais. Bond se surpreende com a imponência da residência do empresário, um castelo no estilo francês na Califórnia mas que foi todo trazido da França. Ali ele mantem um local de treinamento para jovens astronautas.

James Bond é levado até o local por um helicóptero de Drax pilotado pela bela Corinne Dufour, com quem Bond terá o primeiro envolvimento romântico, porém motivado por interesses por informações. Outra funcionária de Drax  é a cientista e astronauta Holly Goodhead, que também é uma agente disfarçada da CIA, e que é vivida pela atriz norte americana Lois Chiles. Ela irá despertar em Bond um interesse maior e os dois irão trabalhar em parceria na investigação, algo muito semelhante ao filme anterior.

Bond descobre informações sigilosas relacionadas a uma fábrica de vidros em Veneza, na Itália, para onde segue com as investigações, sempre perseguido pelos capangas de Drax que preparam armadilhas para matá-lo. 

Em Veneza, após muita perseguição e aventura, Bond chega até um laboratório clandestino onde um gás letal está sendo produzido e transportando para o Rio de Janeiro em esferas de vidro. O Brasil torna-se o próximo destino de Bond e também de Holly, com que Bond une forças. 

Um detalhe que não passa despercebido, é que o sinal sonoro da senha que dá acesso ao laboratório é o mesmo toque do filme "Contatos Imediatos do Terceiro Grau", lançado no ano anterior, em 1978, também um enorme sucesso e no gênero sci-fi. 




Bond chega ao Brasil em um modelo do avião Concorde, da Air France, o supersônico francês foi tirado de operação em 2003. 

Após uma passagem pelo carnaval carioca e por todos os estereótipos brasileiros, em investigações no bondinho  do Pão de Açucar, Bond enfrenta o capanga Jaws, o mesmo do filme anterior, "007 - O Espião que me Amava", que agora trabalha para  Drax. 

Já no Rio Grande do Sul Bond encontra com a equipe do MI6, "M" e "Q", que iniciam a Operação Orquídea, já que o gás é produzido a partir de uma orquídea rara encontrada na floresta amazônica, para onde o espião segue para continuar as investigações.

Já na floresta e novamente perseguido de lancha por Jaws e os outros capangas de Drax, Bond escapa em um inesperado vôo de asa delta sobre uma queda d'água altíssima, que foi filmada nas Cataratas do Iguaçu. O esporte de asa delta também estava se popularizando na década de 70.

Ainda nas profundezas da floresta Bond encontra a base de Drax em uma pirâmide antiga (localizada na Guatemala) onde o vilão está preparando o lançamento do foguete Moonraker que seguirá, assim como outras unidades, para uma cidade espacial que está fora dos radares.

Para essa cidade também estão indo aqueles jovens e belos astronautas (homens e mulheres) em pares, 

No livro Drax é um suposto ex militar britânico que perdeu a memória e que agora desenvolve tecnologia militar para a segurança da Inglaterra. O Moonraker no livro não é um foguete e sim um míssil nuclear. No entanto, Drax é um ex nazista disfarçado que quer se vingar e continuar com o propósito de criar uma raça superior.

No filme essa temática foi mantida. Drax, um psicopata aficionado pelo espaço. O jovens astronautas, belos rapazes e moças, na verdade seriam levados em pares de casais para habitarem uma estação espacial e ali se reproduzirem enquanto a terra é destruída pelo gás tóxico que seria espalhado por Drax em esferas lançadas do espaço e destruiria toda a humanidade.

O planeta seria então repovoado pelos filhos desses tripulantes, formando uma raça superior, em uma versão distorcida da Arca de Noé.

Capturados na cidade espacial, Bond e Holly são salvos por Jaws, que também havia encontrado uma companheira. Manipulado por Bond, Jaws conclui que ele e parceira jamais se enquadrariam na tal "sociedade perfeita" que Drax pretendia criar, e por isso ele se volta contra o super vilão.

Nesse filme foram usados muitos anúncios comerciais com Seven Up, British Air Lines, Malboro e outras marcas, o que ficou bastante visível na cena da ambulância passando por uma estrada cheia de outdoors.

Ultima aparição do ator original de "M", Bernard Lee.

A música de abertura também se chama Moonraker, e foi a terceira canção da franquia interpretada pela cantora Shirley Bassey.