Milão, 1838. O jovem maestro Giuseppe Verdi chega à cidade com sua bela esposa Marguerita e seu pequeno filho Gino, muito animado com uma oportunidade de apresentar seu trabalho para os grandes teatros em busca de um contrato.
Giuseppe Verdi nasceu em 1813, na província de Parma, região da Emilia-Romanha, no norte da Itália, morrendo em 1901, aos 88 anos de idade. O norte da Itália era dominada pelo Império Austríaco.
No início de sua carreira, ainda em Parma, ele foi financiado pelo empresário Antônio Barezzi, pai de Marguerita, que pagou por suas aulas de música e pelas suas necessidades básicas de vestimenta para o frio e para frequentar as altas rodas sociais do mundo música.
Barezzi contratou Verdi para ser professor de música de sua filha, Marguerita Barezzi. Os dois, que praticamente cresceram juntos, apaixonaram-se e se casaram. Ela era uma grade apoiadora de seu trabalho como músico.
Quando tinha 25 anos deixa sua cidade natal e vai com sua jovem esposa e seu pequeno filho para Milão. Lá a família passa por muitas dificuldades, enfrentando fortes privações financeiras, pois Verdi não consegue encontrar logo um teatro que queira montar sua primeira ópera.
Porém, seu trabalho cai nas graças de uma famosa e influente soprano, Giuseppina Strepponi, que convence seu protetor e dono do teatro Scalla a patrocinar a primeira montagem, que foi “Oberto”. A ópera foi muito bem recebida e Verdi foi contratado para fazer a melodia de uma ópera bufa, ou seja, cômica, e que não trouxesse abordagens políticas que gerassem conflitos com a Áustria.
Nesse momento o pequeno filho do casal vem a falecer e Verdi, por causa do luto e da tristeza, não tinha nenhuma inspiração para compor algo alegre e engraçado. Porém, por precisar do dinheiro do contrato, ele escreve a ópera "Un Giorno de Regno" (Um Dia de Rei), que foi um verdadeiro fracasso.
Para aumentar ainda mais o momento infeliz da vida de Verdi, sua esposa Marguerita também perde sua vida. Ele desiste de tudo e cai em profunda crise emocional e financeira, passando fome e frio.
Novamente aparece em sua vida o verdadeiro anjo que foi a sua admiradora Giuseppina Strepponi, e lhe oferece o libreto daquela que foi a grande oportunidade de sua vida: "Nabuco", sobre a história do rei Nabucodonosor e o cativeiro dos hebreus na Babilônia.
Os dois iniciaram um breve romance, mas foram separados pelas circunstâncias. Porém, a partir daí, sua carreira teve uma ascensão meteórica, apesar de ter incomodado politicamente o Império Austríaco, pois o tema "Va Pensiero" da obra Nabuco, tornou-se um verdadeiro hino do nacionalismo italiano.
Em 1851 escreveu a ópera "Rigoletto", inspirada na peça de Victor Hugo e em 1853, compõe "La Traviata" (A Dama das Camélias ou Camille), em 1853, baseada no livro de Alexandre Dumas.
Em um segundo momento de sua vida reencontra Giuseppina Strepponi em os dois se casam em 1859 e permanecem juntos por 38 anos, até a morte da esposa.
Durante todos esses anos compôs diversas obras, entre elas: "Macbeth", de Shakespeare, em 1847, ''Aida", em 1871, sobre o Egito Antigo, "Otello", também de Shakespeare, em 1887, e finalmente "Falstaff", mais uma de Shakespeare, em 1893, sua última obra antes de seu falecimento, em 1901.
O diretor Gabiele D’Annunzio escreveu um poema sobre sua morte.