Difícil encontrar quem não tenha se inspirado com a expressão "Carpe Diem", proferida professor John Keating interpretado pelo falecido ator Robin Williams no filme "Sociedade dos Poetas Mortos", de 1989, dirigido pelo australiano Peter Weir, ambientado no ano de 1958.
Tudo bem que depois de uma certa vivência a gente desenvolve um olhar mais desconfiado para esse chamado a "aproveitar o momento" e a "viver o agora", mas ainda assim o tema não deixa de render ótimos debates.
E é esse o filme escolhido para ilustrar o texto abaixo, de Vitor Grané Diniz da página "Noites de Cinema" (Facebook e Instagram), sobre o riquíssimo cinema dos anos 80.
Anos 80
O cinema dos anos 80 resgatou gêneros clássicos como o musical em produções como All that jazz –
o show deve continuar (1979), Flashdance – em ritmo do embalo (1983),
Footloose – ritmo louco (1984) e Dirty Dancing – ritmo quente (1987);
consagrou astros e filmes de ação como Harrison Ford com a franquia Indiana
Jones, Arnold Schwaznegger com O exterminador do futuro (1984), Mel
Gibson com as franquias de sucesso Mad Max e Máquina mortífera,
Sylvester Stallone com seus icônicos Rocky e Rambo, e Bruce
Willis com a série Duro de matar; produziu comédias de grande sucesso
como em Apertem os cintos, o piloto sumiu (1980), Tootsie (1982),
Clube dos cinco (1985), Curtindo a vida adoidado (1986), Antes
só do que mal acompanhado e Harry e Sally – feitos um para o outro (1989);
lançou superproduções como E.T. – o extraterrestre (1982), De volta
para o futuro (1985), Top Gun – ases indomáveis (1986), Nascido
em 4 de Julho e Batman (ambos de 1989). Além, é claro, de
filmes atemporais que se tornariam verdadeiros clássicos, como Touro
indomável (1980), Carruagens de fogo (1981), Scarface (1983),
A cor púrpura (1985), Platoon (1986), Veludo azul (1986), Rain
man (1988), Sociedade dos poetas mortos (1989), dentre tantos e
tantos outros.
Em 1980, surge no cinema uma nova e inusitada
“premiação”, a Framboesa de Ouro, criada a partir da imaginação fértil do
publicitário John Wilson, que após a cerimônia do Oscar de 1980, parou para
refletir sobre quais haviam sido os piores filmes do ano, lhe chamava a atenção
a baixíssima qualidade dos recém lançados Xanadu e O cantor de jazz (o
remake). Como uma brincadeira informal entre amigos, Wilson se reuniu com
demais convidados e realizaram a primeira edição da Framboesa de Ouro, o
resultado agradou tanto os votantes, que eles resolveram divulgar o que tinham
feito na imprensa, e desde então a “premiação” é realizada anualmente. Contrariando
a sofisticação e glamour do Oscar, a Framboesa de Ouro se pauta pelo escracho,
que inclui até mesmo o prêmio físico, uma framboesa de plástico pintada com
spray dourado sobre uma base também de plástico. As categorias variam do básico
(pior filme, pior diretor, pior ator, atriz, coadjuvante e roteiro) a
exclusividades criativas, como pior sequência, pior refilmagem e pior dupla, e
mais: um ator homem pode ser indicado a pior atriz
caso ele esteja vestido de mulher, e vice-e-versa, o prêmio de pior dupla pode
ser aplicado ao “ator e seu bigode” ou a “atriz e seu par de seios” ou ao “ator
e qualquer colega de cena”, e por aí vai.